Dos demais poderes aos servidores, reclamação da dificuldade de dialogar com o Governo Rosalba é quase unânime
Chegando ao fim do nono mês de gestão, uma das principais dificuldades que o governo de Rosalba Ciarlini (DEM) enfrenta é a de dialogar. Dos servidores estaduais ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), o Executivo não tem conseguido conciliar seus objetivos com as pretensões das categorias de trabalhadores e tampouco manter uma convivência institucional com os demais poderes sem maiores percalços. Nos principais debates travados até o momento, houve reclamações das partes. Apesar de não entrar na linha de frente do desgaste, a governadora enfrenta o desafio de retirar a pecha de administração autoritária volta e meia levantada por interlocutores.
Primeiro, vieram as greves de nove categorias de servidores estaduais, que duraram meses, em negociações pouco proveitosas. Apesar de as greves terem sido sanadas, as categorias já ameaçam paralisar novamente. Em seguida, o governo sofreu a primeira derrota na Assembleia Legislativa (AL), com a rejeição do Proimport, projeto de autoria do Executivo que concedia isentivos fiscais para importações do Porto de Natal, na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Casa. O projeto, inclusive, provocou insatisfação da classe empresarial potiguar. Agora, a governadora precisa ter jogo de cintura para enfrentar as negociações que terá pela frente.
O governo vive uma crise institucional criada com o Ministério Público (MP) e o TJRN em torno do Orçamento Geral do Estado (OGE) 2012. Além disso, ainda não conseguiu articular a união da sua base na Assembleia Legilativa (AL) para aprovar a autorização do empréstimo de U$$ 540 milhões junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). Para piorar, a governadora deverá enfrentar nova revolta dos servidores estaduais, devido ao não cumprimento dos Planos de Cargos, Carreira e Salários (PCSS) deles.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Indireta (Sinai), Santino Arruda, o acordo realizado em julho com o governo previa o pagamento da primeira parcela do valor remanescente do PCCS na folha de pagamento de setembro, mas o governo sinalizou que o pagamento não será realizado por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). "Nós temos um documento assinado pelo chefe do Gabinete Civil e agora eles dizem que o pagamento só será efetuado quando o estado saísse das dificuldades em relação à LRF. Ou seja, eles não estão cumprindo o que ficou acordado em documento oficial", reclama Santino.
Para o deputado estadual Fernando Mineiro (PT), falta diálogo do Executivo com os mais diversos setores da sociedade, antes de tomar as decisões. De acordo com o parlamentar, a gestão de Rosalba centraliza demais as decisões e esquece de dialogar não só com os outros poderes como com a população. "O governo é muito autocrático. Essa é a cara do governo. Ninguém pode discutir nada", criticou. O petista informou que os próprios deputados estaduais da base governista reclamam nos bastidores da "falta de diálogo" da gestão do DEM emrelação a eles. "Essa é uma característica do governo. Não ouve ninguém. Nem entre os secretários, percebemos um entrosamento. Tudo é centralizado entre dois ou três", criticou.
Rosalba conseguiu maioria na Assembleia somente após a adesão do PMDB ao governo. Mesmo assim, ela não terá vida fácil para aprovar os projetos do seu interesse. Até os mais fervorosos defensores do seu governo seu mostram decididos a debater todas as propostas enviadas à Casa. Os deputados do PMDB que aderiram ao governo - Nélter Queiroz, Gustavo Fernandes, Hermano Morais e Poti Júnior - também disseram, ao confirmarem a mudança de posição, que analisarão casa projeto governista à luz de suas respectivas convicções.
Rosalba Ciarlini tenta evitar desgaste, mas administração leva fama de autoritária Foto: Ana Amaral/DN/D.A Pres |
O governo vive uma crise institucional criada com o Ministério Público (MP) e o TJRN em torno do Orçamento Geral do Estado (OGE) 2012. Além disso, ainda não conseguiu articular a união da sua base na Assembleia Legilativa (AL) para aprovar a autorização do empréstimo de U$$ 540 milhões junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). Para piorar, a governadora deverá enfrentar nova revolta dos servidores estaduais, devido ao não cumprimento dos Planos de Cargos, Carreira e Salários (PCSS) deles.
Depois de maior paralisação dos últimos anos, servidores ameaçam greve geral Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press |
Para o deputado estadual Fernando Mineiro (PT), falta diálogo do Executivo com os mais diversos setores da sociedade, antes de tomar as decisões. De acordo com o parlamentar, a gestão de Rosalba centraliza demais as decisões e esquece de dialogar não só com os outros poderes como com a população. "O governo é muito autocrático. Essa é a cara do governo. Ninguém pode discutir nada", criticou. O petista informou que os próprios deputados estaduais da base governista reclamam nos bastidores da "falta de diálogo" da gestão do DEM emrelação a eles. "Essa é uma característica do governo. Não ouve ninguém. Nem entre os secretários, percebemos um entrosamento. Tudo é centralizado entre dois ou três", criticou.
Rosalba conseguiu maioria na Assembleia somente após a adesão do PMDB ao governo. Mesmo assim, ela não terá vida fácil para aprovar os projetos do seu interesse. Até os mais fervorosos defensores do seu governo seu mostram decididos a debater todas as propostas enviadas à Casa. Os deputados do PMDB que aderiram ao governo - Nélter Queiroz, Gustavo Fernandes, Hermano Morais e Poti Júnior - também disseram, ao confirmarem a mudança de posição, que analisarão casa projeto governista à luz de suas respectivas convicções.
Por Allan Darlyson Diário de Natal, Leia mais (AQUI)
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