A reação do eleitorado à razoável estabilidade da economia brasileira e o precoce trabalho de corpo a corpo do PT — encampado principalmente pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — no debate sobre candidaturas para prefeito em 2012 fizeram ligar o sinal de alerta no PMDB.
Apesar da meta audaciosa de elevar de 1.175 para 1,3 mil o número de prefeituras comandadas pela legenda no próximo ano, a cúpula do partido teme perder espaço no pleito. E vê no PT o principal motivo para sua preocupação. “Já será difícil manter o tamanho atual do partido nos municípios, que dirá conquistar prefeituras”, admite um cacique peemedebista que pediu para não ser identificado. “O problema é que o PT fez o dever de casa e capitalizou os avanços do governo anterior. O PMDB falhou em não fazer o mesmo.”
As regiões avaliadas como mais problemáticas são o Nordeste, onde a aceitação ao PT é alavancada pelos altos índices de aprovação ao governo do ex-presidente Lula, e o Sul, muito por conta dos rachas ocorridos na legenda na campanha presidencial de 2010. Nos três estados da região, o PMDB se dividiu entre as candidaturas de Dilma Rousseff e José Serra ao Palácio do Planalto. E, agora, paga a fatura.
- Publicado por Robson Pires,
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