Ilustração: César Augusto
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Ou seja, por aqueles que agreguem carisma, para conquistar votos, e dinheiro, para ajudar no financiamento da campanha. Na visão dos políticos em geral, o suplente ideal deve ter ainda o respaldo da composição partidária, para evitar divisões entre os aliados. Mas encontrar pessoas com esse perfil e disposição de enfrentar uma campanha não parece tarefa fácil. Acompanhe a desarrumação na procura pelos nomes que vão ocupar a primeira e segunda suplências dos seis pré-candidatos ao Senado.

Ao justificar o porquê de não seguir com a amiga Wilma, Azevedo aproveitou para sugerir o nome do presidente do Sindicato Ceramista do Rio Grande do Norte, Terceiro Melo, para a suplência. Questionada se havia aceitado a sugestão, Wilma, por meio de sua assessoria de imprensa, declarou que “está em fase de definição e vai esperar o momento certo para se pronunciar oficialmente”.
Enquanto o “momento certo” não chega, a pré-candidata ao Senado vai mantendo conversas. Numa dessas, ela se reuniu com Flávio Azevedo e Terceiro Melo nesta semana. Melo, segundo o presidente da Fiern, conta com a aprovação do setor empresarial potiguar. Para completar o quadro da pré-candidatura do PSB, o nome do ex-secretário de Planejamento e Gabinete Civil, Vágner Araújo, está mais que cotado para a segunda suplência.

A primeira suplência de Garibaldi teria sido ofertada ao PV, que, oficialmente, ainda não definiu um nome para ocupar a vaga. A ex-secretária de Trabalho e Assistência Social de Natal (Semtas), Rosy de Sousa, e o deputado estadual Paulo Davim sonham com a vaga de suplente. Na disputa interna, Davim conta com o respaldo do segmento médico, enquanto Rosy com a preferência da irmã e presidente da legenda, Micarla de Sousa.
“Queria levar opiniões e poder contribuir verdadeiramente, e não só ocupar o cargo”, declarou o parlamentar, acrescentando que “é necessário colocar alguém capacitado para, caso necessário, assumir”. O parlamentar se disse preparado para assumir a vaga. “Jamais pleitearia um cargo maior do que eu”, assegurou.
O senador Garibaldi Filho, por meio de sua assessoria, declarou que “ainda não se reuniu para definir as suplências”, que devem contemplar os aliados. Nos próximos doze dias a definição será anunciada oficialmente, uma vez que a convenção do PMDB está agendada para 19 de junho.
Se a primeira suplência do PMDB é do PV, a segunda, pela lógica, seria do PR. Mas lógica não parece ser a melhor palavra para o cenário político que se evidencia. Incerteza, essa sim, é a melhor definição para o indefinido. O governador Iberê Ferreira de Souza (PSB) trabalha para levar oficialmente o PR de João Maia para o seu lado, na disputa pelo comando do Governo do Estado. Se aceitar a proposta de Iberê, o parlamentar pode, inclusive, indicar o vice-governador.
Caso isso se torne realidade, especula-se que o PSDB de Rogério Marinho poderia substituir o PR, formando, assim, a aliança PMDB, PV e PSDB. Neste caso, ao PR não caberia mais indicar o suplente de Garibaldi. A depender das negociações, talvez os republicanos pudessem sugerir nomes para as suplências já quase definidas de Wilma, dentro de um arco de aliança PSB, PR e PT.

“As conversas estão acontecendo, porém não há ainda decisão tomada. Só vamos definir nas proximidades das convenções”, declarou o líder do Democratas, José Agripino, adiantando que “supõem-se que os partidos que compõem a aliança sejam contemplados”. Supor, ao invés de assegurar que os aliados sejam contemplados é a estratégia agripinista para avisar que as vagas estão em aberto, assim como as negociações com os interessados.
Mas o senador vai logo avisando, “o suplente ideal seria aquele que agrade a composição partidária que compõem a aliança”. Para o líder do DEM política se faz com soma, por exemplo, de atributos. “O ideal é que ele [o suplente] reúna condições de assumir, quando necessário”, ressaltou.

A lista pode até não existir, mas o presidente da legenda no Estado, Eraldo Paiva, adiantou que, caso os nomes a serem escolhidos sejam dos quadros do PT, os prováveis indicados seriam o vereador Fernando Lucena e o presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores - José Rodrigues. Porém, Eraldo não descarta a possibilidade de indicação de nomes de outras legendas.
“Tudo vai depender dos acordos que estão sendo finalizados”, frisou. Até o momento, o PT está firme na aliança com o PSB, no apoio a Wilma e Iberê.

Para o presidente da legenda, Antenor Roberto, as vagas de suplentes cabem apenas ao PCdoB, já que o PDT está ocupando as vagas de pré-candidato a governador e a vice-governador, respectivamente, com os nomes do ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves e do deputado estadual Álvaro Dias. “As vagas são nossas, eles [do PDT] já ocupam toda majoritária. Então, esse é um espaço do PCdoB. Só ficaria em aberto se houvesse outros partidos na aliança”, defendeu a tese.
Antenor adiantou que no dia 17 de junho os comunistas se reúnem para preparação da convenção partidária do PCdoB, que acontece no dia 26 de junho. Além de definir nomes para a suplência de senador, o PCdoB vai deliberar sobre a coligação proporcional. “O perfil do suplente ainda não está concluído. Tudo vai depender de como vamos arrumar a chapa proporcional”, explicou.

Interessante observar que o PHS estaria, segundo a ex-governadora, na base aliada em torno do nome do governador Iberê Ferreira de Souza, que tem como pré-candidata ao Senado Wilma de Faria. Quanto ao PP, Joanilson explica que os contatos estão sendo feitos com o vereador progressista de Parnamirim Sérgio Andrade.
Como vimos, os seis pré-candidatos ao Senado no Estado ainda não definiram as suplências e os espaços estão abertos às negociações.
FONTE: No minuto.com
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