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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Resgate dos mineiros deve começar à zero hora de quarta-feira no Chile


Túnel pelo qual eles vão subir já foi revestido de metal e está pronto.

Os 33 operários estão presos em mina desde 5 de agosto.

Giovana SanchezDo G1, na Mina San José
O resgate dos 33 mineiros presos deve começar à zero hora local (mesmo horário de Brasília) desta quarta-feira (13), disse o ministro da Mineração do Chile, Laurence Golborne.
Segundo o ministro, já foram iniciados os testes das cápsulas que serão utilizadas para resgatar individualmente os mineiros.
A cápsula já desceu 610 metros, 12 metros antes de chegar ao local ao qual os mineiros têm acesso, e os resultados foram muito positivos, disse ele em entrevista na Mina San José, próximo à cidade de Copiapó.

"A cápsula se comporta muito bem dentro do duto, se adapta ao movimento com o revestimento e sem ele. Não existe movimento de bamboleio dentro da cápsula. Não caiu nem pó dentro do duto", disse.
O teste ocorreu na madrugada desta segunda, logo depois de terminado o revestimento metálico do túnel.
Trabalhos de resgate continuam nesta segunda-feira (11).Trabalhos de resgate continuam nesta segunda-feira (11). (Foto: AFP)
O teste foi realizado na madrugada desta segunda, depois que registrado um defeito no sistema de revestimento com tubos metálicos, o que obrigou a reduzir o número de metros revestidos dos 96 iniciais a 56 metros.
"Devido a esta situação (o defeito), decidiu-se realizar um teste o mais real possível com a cápsula Fênix um, chegando até os 610 metros de profundidade", explicou ainda.
Os mineiros ficarão presos na cápsula por cintos de segurança.
A cabine pode chegar à superfície em 12 minutos, mas o tempo estimado para cada resgate é de cerca de uma hora.
capsula mineiroscapsula mineiros (Foto: Arte G1)
A cápsula tem luz no teto e quatro tanques de oxigênio estão disponíveis no chão. Durante a subida, os mineiros irão se comunicar com as equipes de resgate com microfones instalados no capacete. Eles também precisarão usar óculos escuros, porque estão há muito tempo sem ver a luz do dia.
O sobe-e-desce da cabine de resgate pode ser perigoso. Se as paredes do buraco não estiverem firmes, terra e pedras podem cair em cima de quem está sendo resgatado. Por isso foi decidido pelo revestimento do túnel na parte de cima, onde está mais instável.
"Vamos colocar um mineiro sozinho em uma cápsula estreita e fazê-lo subir num elevador como se fosse da base ao topo do Pão de Açúcar", disse neste domingo (10) o ministro da Saúde do Chile, Jaime Mañalich.
Mañalich disse que as maiores dificuldades da retirada são a profundidade e a inclinação (de dez graus) que há na subida – que tampouco tem uma superfície lisa. Tudo a uma velocidade de 1m/s.
Os riscos são de embolia pulmonar, nausea e vômitos. No contato com a superfície, o problema é a claridade. "Lá embaixo nós simulamos o dia, mas não é muita iluminação. É como um cinema. Aqui é muito mais iluminado."
Mapa localiza Copiapó, no Chile.Mapa localiza Copiapó, no Chile. (Foto: Arte G1)
Nas últimas horas antes de subir, os mineiros deverão se preparar com atividades físicas cardiovasculares e uma dieta especial para evitar que sintam náuseas durante o trajeto.
Jean Romagnoli, um dos médicos que integra a equipe de resgate, explicou nesta segunda-feira que um sistema de monitoramento dos sinais vitais será instalado na cápsula, para que os mineiros sejam monitorados diretamente durante a subida.
"O objetivo é que possamos ler as constantes vitais, para que eles mesmos façam o controle em tempo real de seus sinais vitais", acrescentou - o que, além da utilidade óbvia, dará aos mineiros algo para fazer e se concentrar, o que ajuda a reduzir a ansiedade e o medo.
Quatro membros da equipe de resgate descerão pelo duto para ajudar os mineiros, disse o ministro da Saúde. 
"O primeiro socorrista vai ser um socorrista mineiro, depois um enfermeiro, seguidos por outro mineiro e enfermeiro", detalhou.
Antes, havia sido informado que este trabalho seria realizado apenas por dois socorristas, um mineiro e outro paramédico da marinha chilena.
O aumento no número de socorristas que vão ajudar os mineiros foi decidido porque a operação de içar os mineiros durará de uma a dois dias e será necessário fazer turnos de trabalho.
O ministro informou ainda que não será divulgada uma lista com a ordem de saída dos mineiros porque isso só será definido no momento que tiver o início o resgate.
Dois helicópteros, vagas nos hospitais e 150 pessoas estarão à disposição para dar apoio.
Conversas com as famílias
As famílias conversaram com os mineiros no sábado e no domingo.
"Eles choravam e se abraçavam" ao saber sobre a proximidade do resgate, contou à France Presse Alberto Segovia, irmão de Darío Segovia.
Alguns expressaram seu nervosismo com a etapa final de sua odisseia. "Ele está muito feliz, mas muito, muito nervoso", disse Alberto.
Carolina Narváez, esposa do mineiro Raúl Bustos, relatou que seu marido "está feliz, e a única coisa que quer é sair de lá".
* Com informações de agências internacionais

PT questiona silêncio de Serra sobre calote de “homem-bomba” em campanha tucana

Partido cobra explicações sobre desvio de R$ 4 milhões de campanhas do PSDB
Nelson Antoine/Agência Estado
Dilma e Serra trocaram farpas durante primeiro debate do segundo turno da corrida presidencial
Do R7
Após a ofensiva da candidata Dilma Rousseff (PT) sobre o adversário José Serra (PSDB) no debate deste domingo (10), a militância petista passou a cobrar explicações do tucano sobre o suposto “calote” de R$ 4 milhões cometido pelo engenheiro Paulo Vieira de Souza. Conhecido como Paulo Preto, ele era homem de confiança do PSDB e foi diretor da Dersa (empresa de transportes do Estado de São Paulo). Abordado pela candidata durante o encontro, o assunto foi ignorado por Serra e ficou sem resposta.
Nesta segunda-feira (11), pelo Twitter (serviço de microblogs), membros da coordenação da campanha de Dilma questionavam o silêncio do ex-governador paulista diante da ofensiva. O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, quer saber por que Serra não pediu direito de resposta à TV Bandeirantes quando Dilma lembrou o caso. “Dilma disse claramente que um assessor do Serra fugiu com R$ 4 milhões da campanha dele. Por que será que ele não pediu direito de resposta?”, afirmou Dutra.
O caso veio à tona quando Dilma, ao ser questionada sobre a criação do Ministério da Segurança Pública, bandeira de Serra, lembrou as suspeitas de corrupção que envolvem o homem de confiança tucano.
- É bom você lembrar, eu fico indignada com a questão da Erenice [Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil que deixou o ministério após ver seu filho envolvido em denúncias de tráfico de influência], mas você devia lembrar também o Paulo Vieira de Souza, seu assessor que fugiu com R$ 4 milhões.
Serra não respondeu à pergunta e não voltou ao assunto. Assessores e pessoas próximas ao candidato tucano estranharam as críticas de Dilma e o tom da presidenciável petista.
Edinho Silva, presidente do PT-SP e coordenador da campanha de Dilma no Estado, também estranhou o fato de o candidato tucano não ter respondido à questão. “Não é que o tal do Paulo Preto existe e apareceu na campanha. E agora? [...] Nada de Paulo Preto na fala do Serra”, questionou.
O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também chamou a atenção na web para a “fuga” de Serra do assunto. Porém, ele e Dutra disseram acreditar que o caso deve ganhar dimensões maiores na campanha após o encontro de ontem, como disse o líder petista: “Tenho certeza de que os repórteres investigativos de todos os jornais vão atrás dessa estória do assessor do Serra que sumiu com a grana”.
R7 procurou integrantes da coordenação da campanha de Serra para comentar o assunto nesta segunda-feira (11), mas nenhum tucano respondeu às ligações da reportagem. Pelo Twitter, os tucanos não falaram sobre o assunto.
Entenda o caso
Em agosto, reportagem da revista IstoÉ trouxe a denúncia do calote e informou ainda que Paulo Preto tem uma relação estreita com Aloysio Nunes, tucano que acabou de obter uma vaga no Senado por São Paulo e era chefe da Casa Civil de Serra. Não por acaso, o senador recém-eleito deixou o debate de domingo entre os segundo e terceiro blocos e saiu falando ao telefone evitando falar com jornalistas.
“As relações de Aloysio e Paulo Preto são antigas e extrapolam a questão política. Em 2007, familiares do engenheiro fizeram um empréstimo de R$ 300 mil para Aloysio. No final do ano passado, o ex-chefe da Casa Civil afirmou que usou o dinheiro para pagar parte do apartamento adquirido no bairro de Higienópolis e que tudo já foi quitado”, diz a reportagem da IstoÉ.
A revista diz que “segundo dois dirigentes do primeiro escalão do PSDB, o engenheiro arrecadou “antes e depois de definidos os candidatos tucanos às sucessões nacional e estadual”. Os R$ 4 milhões seriam referentes apenas ao valor arrecadado antes do lançamento oficial das candidaturas, "o que impede que a dinheirama seja declarada, tanto pelo partido como pelos doadores”, relata a revista.
A IstoÉ diz ainda que “até abril, Paulo Preto ocupou posição estratégica na administração tucana do Estado de São Paulo”. Foi diretor de engenharia da Dersa, estatal responsável por obras como a do Rodoanel, “empreendimento de mais de R$ 5 bilhões, e a ampliação da marginal Tietê, orçada em R$ 1,5 bilhão – ambas verdadeiros cartões-postais das campanhas do partido”. Mas, segundo a reportagem, “Paulo Preto foi exonerado da Dersa oito dias depois de participar da festa de inauguração do Rodoanel”.
A portaria, publicada no Diário Oficial em 21 de abril, não explica os motivos da demissão, “mas deputados tucanos ouvidos por IstoÉ asseguram que foi uma medida preventiva. O nome do engenheiro está registrado em uma série de documentos apreendidos pela Polícia Federal durante a chamada Operação Castelo de Areia, que investigou a construtora Camargo Corrêa entre 2008 e 2009".
A reportagem da revista ouviu tucanos que o acusaram de ter arrecadado os tais R$ 4 milhões em nome do PSDB para as campanhas eleitorais deste ano e de não ter levado o dinheiro ao caixa do comitê do presidenciável Serra. A IstoÉ também ouviu Paulo Preto, que nega a arrecadação de recursos e diz que virou “bode expiatório”.
O engenheiro não é filiado ao PSDB, mas tem uma longa trajetória ligada aos governos tucanos. A revista conta que ele ocupou cargos no segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso e, em São Paulo, atuou na linha 4 do Metrô, no Rodoanel e na marginal Tietê.
Outra acusação que pesa sobre o “homem-bomba” tucano, segundo definição da revista Veja, é o envolvimento do seu nome na operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, que investigou a empreiteira Camargo Corrêa entre 2008 e 2009. Embora não tenha sido indiciado, Paulo Preto é citado em uma série de documentos. Um dos papéis indica que o ex-diretor da Dersa teria recebido quatro pagamentos mensais de pouco mais de R$ 400 mil, o que ele nega.
Paulo Preto foi exonerado da diretoria da Dersa em abril deste ano, quando Alberto Goldman assumiu o governo de São Paulo no lugar de Serra. Em entrevista à IstoÉ, o ex-diretor diz que até hoje não foi informado sobre o motivo da demissão.

Fonte: R7

Brasil bate a Ucrânia, e Mano quebra escrita de 18 anos na Seleção


Técnico consegue terceira vitória em três jogos e é o primeiro desde Parreira, em 1992, a atingir o feito. Daniel Alves e Pato voltam a marcar


Por Márcio IannaccaDireto de Derby, na Inglaterra
Brasil subiu mais um degrau na renovação implantada pelo técnico Mano Menezes. Nesta segunda-feira, a Seleção venceu a Ucrânia por 2 a 0, em Derby, na Inglaterra, e manteve 100% de aproveitamento sob o comando do treinador, que assumiu logo após o fracasso da equipe de Dunga na Copa do Mundo. Os gols foram marcados por Daniel Alves e Alexandre Pato. Com o resultado, o atual comandante chegou à terceira vitória nos três primeiros jogos, quebrando uma escrita que durava mais de 18 anos.
Entre outubro de 1991 e fevereiro de 1992, Carlos Alberto Parreira estreou com uma sequencia de vitórias sobre Iugoslávia (3 a 1), Tchecoslováquia (2 a 1) e os Estados Unidos (3 a 0). Na era Mano Menezes, além da Ucrânia, o time canarinho também derrotou os americanos (2 a 0) e o Irã (3 a 0), na última quinta-feira, em Abu Dhabi. A equipe de Mano ainda tem outro ponto positivo a seu favor: não sofreu nenhum gol até agora.
A Seleção Brasileira voltará a campo apenas em novembro para o seu compromisso mais complicado sob o comando de Mano: dia 17, a equipe encara a Argentina, no Qatar. E já pensando no confronto com os hermanos, o treinador vai permanecer na Europa após a vitória sobre a Ucrânia para ver jogos de Real Madrid (Marcelo), Tottenham (Sandro e Gomes), Milan (Thiago Silva, Robinho, Pato e Ronaldinho Gaúcho) e Inter de Milão (Julio César, Lúcio, Thiago Motta, Mancini, Maicon e Philippe Coutinho).
alexandre pato brasil gol ucrâniaPato comemora seu terceiro gol com a Seleção sob o comando de Mano: artilheiro (Foto: Getty Images)
Contra os ucranianos, que não contaram com o ídolo Shevchenko, Mano escalou o volante Elias como titular e deixou Philippe Coutinho no banco. A Seleção começou melhor a partida, tomando a iniciativa do jogo. A entrada de Elias na vaga de Philippe Coutinho surtiu efeito, e o time dominava as ações. Além do jogador do Corinthians, os laterais Daniel Alves e André Santos e os volantes Lucas e Ramires apareciam com destaque na partida. Carlos Eduardo, escalado como referência do meio-campo, não tinha uma boa atuação.E foi em uma boa jogada de Elias que o Brasil abriu o marcador aos 24 minutos do primeiro tempo. O volante roubou a bola no meio-campo e tocou para Robinho. O Rei das Pedaladas tabelou com Alexandre Pato e recebeu pelo lado esquerdo da grande área. De canhota, o ex-santista de canhota cruzou e Daniel Alves acertou um belo chute de primeira para fazer 1 a 0 para a Seleção Brasileira. Um golaço.
Após sofrer o gol, a Ucrânia acordou para o jogo. A equipe europeia passou a trabalhar mais no campo ofensivo, tentando pressionar o Brasil. Mas foi justamente ao tentar controlar o jogo que a equipe quase levou o segundo gol. Tymoshuk errou o passe e deixou Alexandre Pato no mano a mano com um defensor. O camisa 9 balançou o corpo para se livrar do zagueiro, ficou de frente para o goleiro e chutou na trave. Na sobra, com o gol vazio, Carlos Eduardo finalizou por cima do travessão.
daniel alves robinho brasil gol ucrâniaDaniel Alves recebe o abraço do capitão Robinho: cruzamento do ex-santista, gol do lateral  (Foto: Reuters)
Mesmo melhor, o Brasil quase sofreu o gol de empate já no fim do primeiro tempo. Aos 42, Gusev passou por André Santos pelo lado esquerdo, se enrolou com Lucas e cruzou para área. Aliyev recebeu o passe e soltou a bomba para empatar. O árbitro assinalou falta no primeiro lance e anulou o gol de forma equivocada. Curiosamente, na vitória brasileira sobre o Irã por 3 a 0, na última quinta-feira, os rivais da Seleção também tiveram um gol mal anulado pelo trio de arbitragem.
Logo com cinco minutos do segundo tempo, a Ucrânia assustou Victor novamente: Rotan arriscou de fora da área, a bola tocou em Ramires e bateu na trave direita do goleiro brasileiro. A resposta do time de Mano veio aos 13, com Robinho. O camisa 7 driblou pela direita na área e bateu cruzado, mas a bola saiu sem perigo.
O segundo gol do Brasil saiu aos 18: Carlos Eduardo cruzou da direita, Pato dominou na área, rodou com a bola dominada e bateu sem chance para Dykan. Belo gol do artilheiro da era Mano Menezes com três em três jogos.
Logo após o gol, o treinador tirou Carlos Eduardo, que havia melhorado na etapa final, e Ramires para as entradas de Giuliano e Sandro. Aos 32, Giuliano fez boa jogada na entrada da área e foi derrubado por Tymoshuk, quase na linha. Daniel Alves cobrou colocado e a bola passou rente o travessão. Em seguida, Mano fez mais mudanças (apenas Victor, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Lucas atuaram os 90 minutos) e a equipe criou menos chances.
 
BRASIL 2 X 0 UCRÂNIA
Victor, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e André Santos (Adriano); Lucas, Ramires (Sandro), Elias (Wesley) e Carlos Eduardo (Giuliano); Robinho (André) e Alexandre Pato (Nilmar)Dykan, Kucher, Mandziuk, Fedetskiy e Romanchuk; Tymoshuk, Rotan, Polovyi (Gay), Gusiev (Khudobyak) e Aliyev; Milevski (Seleznyov)
Técnico: Mano MenezesTécnico: Yuri Kalitvintsev
Gols: Daniel Alves, aos 24 minutos do primeiro tempo; Alexandre Pato, aos 18 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Ramires (Brasil); Tymoshuk, Kusher (Ucrânia)
Árbitro: Martin Atkinson (Inglaterra). Auxiliares: Simon Beck (Inglaterra) e Steve Child (Inglaterra)












Fonte: G1

 
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