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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Em Ipanguaçu, Seminário sobre o fortalecimento de Comunidades Negras e Minorias atrai gestores municipais de diversas regiões


Atraindo espectadores de diversas regiões do Estado, o I Seminário de Fortalecimento das Comunidades Negras do RN reuniu mais de 500 pessoas no entorno e no interior da Câmara Municipal de Ipanguaçu, na região do Vale do Açu. O evento, iniciativa da Prefeitura de Ipanguaçu e da ONG Valer, informou e promoveu discussões à gestores públicos e à população acerca dos direitos e das políticas públicas de benefício às minorias no Brasil.

Estiveram presentes, além das autoridades do município anfitrião – o prefeito Leonardo Oliveira, secretários, vereadores e lideranças – representantes dos municípios de Assú, Currais Novos, Afonso Bezerra, Carnaubais, Messias Targino, Upanema, Alto do Rodrigues e Pendências. Também compareceram representantes dos governos federal e etadual, da Petrobras, da Caixa Econômica Federal, do Sebrae/RN e das universidades Estadual e Federal do Rio Grande do Norte.

Antes da abertura do seminário, houve apresentações culturais, inclusive da comunidade ipanguaçuense de Picada, na zona rural, recentemente reconhecida pelo governo federal como remanescente de quilombo. “Este evento é parte de um espetacular projeto de resgate cultural. Podemos ter Picada como um exemplo em todo o Rio Grande do Norte, pelo suporte que recebe da prefeitura”, afirmou a coordenadora de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do RN (COEPPIR), Clyvia Saraiva.


De fato, Ipanguaçu tem investido bastante em políticas de resgate cultural e de fortalecimento de minorias. Em reconhecimento a essa postura, o prefeito Leonardo Oliveira recebeu dos moradores da comunidade Picada uma comenda. No entanto, a despeito desta postura, de acordo com Maria Aparecida Dantas, da ONG Valer, o RN se encontra muito aquém do restante do país no que diz respeito à esse tipo de iniciativa. “Este evento, que contou com a participação de tantos municípios, pode ser o início de uma mudança. Ainda há muitas dúvidas por parte dos gestores sobre quais são os direitos, os deveres e até onde se pode ir”, revelou Aparecida.

Segundo a Coordenadora da União de Negros pela Igualdade, Graça Lucas, é fundamental encontrar gestores sensíveis para trabalhar essas questões, que se preocupem em tirar as leis do papel. “Acredito com muita esperança, que o RN sairá da lanterna nas questões éticas raciais, não só as questões negras, mas população de ciganos, indígena entre outras”, afirmou.

Para o antropólogo Geraldo Barbosa, que ministrou a palestra sobre “Desafios e perspectivas das comunidades quilombolas do RN”, disse que nem mesmo esperava que o seminário fosse ser tão concorrido. “O município e o seu gestor estão de parabéns. Não imaginava que seria tão bom. Estou estarrecido. Nunca aconteceu nada igual no Rio Grande do Norte”, analisou o Doutor.

A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou o ano de 2001 como sendo o Ano Internacional para Descendentes de Africanos. Para o prefeito Leonardo Oliveira, as políticas de benefícios aos negros são uma forma de corrigir uma distorção histórica no Brasil. “O Brasil só será um país justo quando todos tivermos as mesmas oportunidades, independente de credo, de cor da pele ou de qualquer outro fator. É assim que pensamos a nossa gestão em Ipanguaçu. É por isso que tanto lutamos para resgatar a identidade cultural e social da comunidade de Picada. Este evento é parte desse esforço. Muito mais ainda faremos”, declarou.



Escolas públicas "reprovadas"

Essas instituições são maioria entre as que ficaram com nota abaixo da média nacional no Enem
Brasília - Responsáveis por 88% das matrículas do ensino médio do país, as escolas públicas são maioria entre as que ficaram com nota abaixo da média nacional no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010. Entre os estabelecimentos de ensino que tiveram desempenho inferior à média nacional na prova objetiva (511,21 pontos), 96% são públicos. Esse dado descarta os colégios que tiveram participação inferior a 2% ou com menos de 10 alunos inscritos e, por esse motivo, não recebem uma nota final.
Segundo Fernando Haddad, a distância entre os resultados é "intolerável" Foto: Paulo de Araújo/CB/D.A Press.
No total, 63% das escolas que participaram do Enem no ano passado ficaram com desempenho inferior à média nacional. Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, a distância entre os resultados é "intolerável" e precisa ser reduzida. Ele avalia, entretanto, que muitas vezes o baixo desempenho está relacionado não apenas às condições da escola, mas de seu entorno.

"Às vezes, as condições socioeconômicas das famílias explicam muito mais o resultado de uma escola do que o trabalho do professor e do diretor. E, muitas vezes, as escolas são sobrecarregadas com responsabilidades que não são 100% delas. É muito diferente uma escola de um bairro nobre de uma região metropolitana de classe média, cujo investimento por aluno é dez vezes o investimento por aluno da rede pública, de uma escola rural que atende a filhos de lavradores que não tiveram acesso à alfabetização", pondera o ministro.

O Instituto Nacional de Estudos e Pequisas Educacionais (Inep) divulgou ontem as notas de todas as 23,9 mil escolas que participaram do Enem em 2010. O órgão decidiu alterar o formato de divulgação do resultado por escola, que agora levará em conta o percentual de estudantes daquela unidade de ensino que participaram do exame. A mudança pretende reduzir distorções na divulgação dos resultados no caso de escolas em que a participação dos alunos é pequena.

Considerando apenas as escolas com alto índice de participação no Enem (mais de 75% dos alunos), apenas uma pública está entre as 20 melhores do país: o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (UFV). A média obtida pela escola mineira foi 726,42 pontos, levando em conta a média entre a prova objetiva e a redação.

Para Mozart Neves Ramos, membro do Conselho Nacional de Educação (CNE) e do Conselho de Governança do movimento Todos Pela Educação, a ausência de escolas públicas entre as melhores do Enem não é novidade e deriva da desigualdade de acesso a oportunidades educacionais no país.

"Esse quadro é um reflexo do próprio apartheid (regime de segregação racial na África do Sul), causado por uma educação que não é oferecida no mesmo patamar a todos desde a alfabetização. As avaliações mostram que essa desigualdade (da qualidade do ensino oferecido por públicas e particulares) começa lá atrás e vai se acentuando ao longo do percurso escolar. O jovem da escola particular chega ao nível de formação e aprendizado esperados quando termina o ensino médio, mas o da escola pública chega com três ou quatro anos de déficit na aprendizagem. A luta é desigual", avalia. 



Fonte: Diário de Natal

Campanha do Desarmamento entra na segunda fase no RN

- Publicado por Robson Pires,
Campanha Nacional do Desarmamento 2011 – Tire uma arma do futuro do Brasil entrou nesta segunda-feira (12/9) em sua segunda fase. Novas peças publicitárias – filmes para TV e internet, site, spots de rádio, cartazes, mobiliário urbano – foram baseadas em depoimentos reais de pessoas que perderam familiares. O objetivo é ampliar o diálogo com a sociedade para sensibilizar do perigo de ter armas e assim mobilizar cidadãos a entregarem as suas.

Nos quatro primeiros meses de Campanha (6 de maio a 9 de setembro),  foram recolhidas 22,2 mil armas no Brasil. O número supera em mais de 20 vezes o total recebido, de janeiro a abril deste ano, pela Polícia Federal, órgão responsável por acolher as entregas voluntárias de armamentos fora das mobilizações.

Os revólveres são quase metade das entregas, com 10.828. Juntamente com 1.862 pistolas e outras armas fecham o grupo pequeno porte – 18.489. Medida dos bons resultados alcançados na mobilização é a entrega das armas de grande porte – o balanço da campanha contabiliza 3.734.

MEC estuda ampliar número de dias letivos, diz ministro

O Ministério da Educação (MEC) quer aumentar o número de dias letivos do calendário escolar, passando de 200 para 220 dias. A ideia é ampliar gradualmente o tempo das crianças e adolescentes na escola, atingindo o patamar de 220 dias em quatro anos.
O plano do MEC foi tornado público nesta terça-feira pelo ministro Fernando Haddad (Educação), que fez uma palestra na abertura do congresso internacional "Educação: uma Agenda Urgente", promovido pelo Movimento Todos pela Educação.
De acordo com o ministro, o plano ainda está em fase inicial, pois será preciso formar consenso antes de enviar um projeto de lei sobre assunto ao Congresso Nacional.

Fonte: Alderi Dantas

 
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