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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Vice-governador se reúne em Ipanguaçu com prefeitos do Vale do Açu para discutir soluções para as enchentes que repetidamente atingem a região


O vice-governador do Rio Grande do Norte e secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), Robinson Faria, se reuniu esta manhã (05) na Câmara dos Vereadores de Ipanguaçu com o prefeito do município, Leonardo Oliveira, e com os prefeitos de Assú, Itajá, Carnaubais e Alto do Rodrigues com o objetivo de planejar soluções definitivas para as enchentes não só de Ipanguaçu, mas de diversos municípios da região do Vale do Açu. A audiência foi aberta ao público e atraiu dezenas de moradores.

“Não vim aqui hoje fazer discurso, vim para trabalhar, para discutir com os prefeitos e vereadores o que podemos fazer a partir de hoje para resolver de vez esse problema das enchentes nessa região tão rica. O povo não quer paliativos, mas uma solução definitiva, que ainda não está pronta. Vamos ouvir vocês (prefeitos e vereadores) e trabalhar numa solução”, afirmou Robinson Faria.

Integraram a comitiva do governo do Estado, além do vice-governador, membros da equipe do IDEMA e da SEMARH, que fizeram explanações sobre o projeto de macrodrenagem do Rio Pataxó, que é dividido em duas etapas: a primeira prevê a limpeza e dragagem desse rio, pe a segunda a construção de diques não só no Pataxó, mas também no Rio Assú/Piranhas. De acordo com os técnicos, os R$ 7,3 milhões prometidos ontem pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Coelho, contemplam a primeira etapa. Aliás, o vice-governador disse que não pode precisar quando serão liberados esses recursos federais. “O prazo depende exclusivamente da União”, esclareceu.

Para o prefeito de Ipanguaçu, Leonardo Oliveira, a hora é de assumir compromissos. “Estamos aqui na ambição de solucionar o problema. O que queremos é um compromisso contínuo e empenho, para que possamos partir rapidamente para as realizações que contribuam para o bem estar da população. Hoje os agricultores de Ipanguaçu ao invés de comemorar um bom período chuvoso, ficam com medo e essa situação não pode continuar assim”, disse o prefeito.

Na visão do prefeito do Assú, Ivan Lopes Júnior, as enchentes são um problema que vão além dos transtornos sociais que causa. “Acreditamos que dessa vez o governo do Estado vai tomar as medidas para resolver esse problema, que ameaça a nossa economia, o crescimento econômico e a segurança social da nossa região. Não queremos que vire um costume nos reunirmos em todas as épocas de chuvas para que sejam tomadas ações paliativas”, avaliou.

Ao final da reunião, Robinson Faria conheceu in loco a situação vivida em Ipanguaçu, indo à algumas comunidades e às margens do Rio Pataxó com os prefeitos, vereadores e as equipes da SEMARH e do IDEMA.

Números atualizados no final da tarde de hoje (05) dão conta de que 578 pessoas (163 famílias) estão fora de suas casas, vivendo em abrigos sob assistência da prefeitura de Ipanguaçu ou em casas de parentes. Cinco bairros foram atingidos pelas águas, Maria Romana, Ubarana, Manoel Bonifacio, Frei Damião e Pinheirão. Além disso, na zona rural, cerca de 2340 pessoas estão nas 13 comunidades isoladas, onde só se chega através de canoas. São elas: Santa Quitéria, Barra, São Miguel, Luzeiro, Cuó, Lagoa de Pedra, Itú, Picada, Porto, Salinas, Deus nos Guie, Sacramentinho e Pau de Jucá. A comunidade de Olho D' água também já apresenta alguns pontos inundados.

O vice-governador foi ainda ao Alto do Rodrigues, à convite do prefeito Eider Medeiros.


Fotos:





 

* Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Ipanguaçu 

Dragagem do rio Pataxó terá R$ 7,3 mi


A governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, anunciou nessa quarta-feira, 4, que o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, garantiu a liberação de recursos para realizar as obras de dragagem do rio Pataxó para contenção das cheias no Vale do Açu. Segundo a assessoria de comunicação do Governo do Estado, a promessa foi feita durante reunião realizada no início da tarde de quarta-feira (4), no Ministério da Integração Nacional, em Brasília, e que contou com a presença de toda bancada do Rio Grande do Norte e do ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho.

A assessoria de comunicação do Governo do Estado não soube informar o montante dos recursos a serem liberados. O mesmo ocorreu com a assessoria de comunicação do Ministério da Integração Nacional, que não acompanhou a reunião entre o ministro e a governadora.

O prefeito de Ipanguaçu, Leonardo Oliveira, comemorou a notícia e agradeceu a sensibilidade da governadora.

Ele informou que o projeto da obra está pronto desde 2009 no Governo do Estado e foi feito através de uma emenda, de R$ 1 milhão, da deputada federal Fátima Bezerra. "O projeto já existia, mas estava engavetado. Por esse motivo, quero agradecer à governadora Rosalba que mostrou ao ministro a importância dessa obra para Ipanguaçu e toda região do Vale do Açu", ressaltou o prefeito.

A dragagem do rio Pataxó é a parte principal de um projeto que tem o objetivo de acabar com as inundações no Vale do Açu, especialmente no município de Ipanguaçu.

Leonardo informou que o ministro assegurou R$ 7,3 milhões e acrescentou que acredita que a obra será feita em caráter emergencial, assim que a água do rio baixar. "Espero que a obra seja feita ainda em 2011 para devolver a paz à população. Para devolver a essas famílias o direito de se morar bem", salientou o prefeito.

Pataxó reduz e Armando estabiliza
Depois de muito corre-corre, a quarta-feira, 4, foi relativamente tranquila em Ipanguaçu. A sangria do Açude Pataxó, localizado em Ipanguaçu, reduziu ainda mais, chegando a 12 centímetros na tarde de ontem, enquanto que o sangramento da barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, localizada em Itajá, estava estabilizado na tarde de quarta-feira, com 59 centímetros desde o período da manhã.

Porém, a previsão é que as sangrias voltem a crescer hoje, já que choveu bastante em toda a região que contempla o açude e a barragem.

A estimativa do Dnocs é que a barragem amanheça essa quinta-feira com uma sangria em torno de 74 centímetros.

Seis novas famílias foram desabrigadas, somando agora 156, sendo mais de 500 pessoas fora de suas casas.

MAGNOS ALVES Da Redação do Jornal de Fato

 
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