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terça-feira, 7 de abril de 2009

IPANGUAÇU DE HOJE


Aqui terá fotos de Ipanguaçu como esta hoje.
aguardem...

IPANGUAÇU DE ANTES


Aqui terá fotos de Ipanguaçu antigamente. 
aguardem...

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MAIS SOBRE O MUNICÍPIO

• ECONOMIA DO MUNICÍPIO DE IPANGUAÇU

Em Ipanguaçu, como nos demais municípios dos estados do nordeste brasileiro, a agricultura e a pecuária vêm historicamente participando da produção e organização de suas regiões, uma vez que o mesmo sofreu influência do binômio pecuária e agricultura.

A princípio a extração vegetal era feita através da cera de carnaúba e do fruto da oiticica. Nas atividades agrícolas a mais importante era a cultura do algodão, que encontrava nessa região ambiente dos mais favoráveis para prosperar.

Com o crescente processo de modernização da agricultura e da irrigação, com o investimento de capitais, nossas áreas produtivas vêm se destacando em diversas culturas, especialmente na de frutas tropicais. No decorrer dos últimos dez anos sua relevância fica a cada ano, mais significativa, tornando-nos um dos maiores produtores do Brasil. Essas áreas, denominadas de “ilhas de modernidade” destacam-se das demais áreas de cultivo tradicional, devido os investimentos tecnológicos. Com este quadro o município sedia a primeira empresa produtora e exportadora de Banana e a quinta de Manga no ranking nacional, vindo em segundo lugar o mercado interno.

Em decorrência deste processo de modernização agrícola, estão ocorrendo mudanças substanciais na zona rural do município. A construção da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, mais conhecida como Barragem do Açu, o aporte de grandes grupos nacionais e multinacionais atuando como agentes transformadores mudam a cada dia o perfil do município. Com a chegada desses grupos, se tem uma racionalização da produção a nível local, com grande aumento da produtividade.

A mangueira é uma fruta exótica, originária da Índia, de onde foi trazida pelos portugueses no século XVI, especificamente para a Bahia, sendo cultivada em todas as regiões tropicais do Brasil. Hoje faz parte da nossa paisagem. A espécie cultivada é uma variedade conhecida como “TOMMY ATKINS”.

A banana desponta com grande relevância na economia, abastecendo os mercados americano e europeu, neste, especialmente a Grã-bretanha, Holanda, Itália e também o mercado interno brasileiro. As variedades pacovan e maçã são as mais produzidas.


Presente, também, de forma significativa, a cultura do algodão de fibra longa, destinado ao mercado interno. O coco da Bahia e o caju, além de servirem para consumo in natura, abastecem as indústrias de transformação, para a comercialização de polpas e castanha. O milho, o feijão e o tomate ocupam um espaço significativo. As plantas ornamentais e mudas de frutíferas estão, de forma incipiente, abrindo um novo nicho na economia.

Pelas estradas e ruas do nosso município, trafegam os contêineres de uma das maiores empresas mundiais de transporte e logística. Levando os nossos produtos para os Estados Unidos e Europa, via porto de Fortaleza.

A pecuária se faz presente na economia através de seus rebanhos de bovinos, ovinos, caprinos, suínos, eqüinos, asininos e muares. Os produtos de origem animal, leite e ovos também.


Canto da Emancipação
Colegas com orgulho,
Somos ipanguaçuenses,
Foi o major Montenegro
Quem livrou dos Santanenses.
Hoje Ipanguaçu já é cidade,
Foi o major Montenegro quem deu liberdade.
Qual é o dever do povo da cidade,
É pedir para ele a felicidade.

Autora: Eliza Ribeiro

• ESCUDO E BANDEIRA MUNCIPAL


ESCUDO


BANDEIRA



O VERDE Representa as fontes de riquezas naturais do município, a carnaubeira e os arbustos de algodão;
O DOURADO Traz a presença da cidadania portuguesa. A coroa representa na heráldica foros de cidadania como as paliçadas portuguesas.

O VERMELHO Simboliza o sangue derramado pelo herói ipanguaçuense, Luiz Gonzaga de Souza, que com sua bravura e coragem defendeu nossa pátria.

O BRANCO Representa a paz , nossa maior riqueza. Vem embelezando a bandeira com um laço que traz consigo a inscrição “23 de dezembro de 1948”, data da Emancipação política de Ipanguaçu.

Os morros são as pequenas elevações do lugar. A faixa verde e amarela representam as cores nacionais.

A bifurcação das águas representa o encontro dos rios Pataxó e Piranhas (Açu), fazendo jus ao nome indígena de Ipanguaçu, que significa (Ilha Grande).

A idealização foi do Deputado João Batista Borges Montenegro, tendo sido sancionada pela Lei nº. 18/73, de 19 de novembro de 1973, pela então prefeita, Sra. Maria Eugênia Marceira Montenegro.


• HINO OFICIAL

Manteremos tal qual no princípio,
Uma idade novel juvenil.
Consagrou-nos, a Lei município
Integrante do amado Brasil

ESTRIBILHO
São municípios e cidades
Vizinhos da intensa luz
Que emana da claridade
Junto ao Natal de Jesus

Sua várzea de extensa planura
Ubertosa na quadra estival,
Se reveste com a linda urdidura
De um lençol do viçoso algodoal.

Carnaubal majestoso drapeja,
Com seus leques de palmas preciosas
Um convite a incessante peleja
Nas cearas, gentis dadivosas.

A natura, com seus amavios
Que sugerem fulgor, maravilha
Neste abraço febril de dois rios
Nos brindou, com a afeição de uma ilha.
Quando em outra comuna integrados,
O destino, em conduta pressaga,
Registrou, entre os nossos legados,
A bravura do herói Luiz Gonzaga.


Letra: Dr. Mariano Coelho
Música: Maestro Waldemar de AlmeidaSancionado através da Lei nº18/73 em 19.11.1973 pela Prefeita Municipal Sra. Maria Eugênia Montenegro

• HERÓ DA INTENTONA COMUNISTA

Luiz Gonzaga, jovem ipanguaçuense, filho de Manoel Gonzaga de Souza e Maria Gonzaga de Souza, residentes no Sítio Veneza, deixou na sua história um exemplo de civismo e amor à pátria. Seu nome passou para a história do Rio Grande do Norte, de um simples soldado à Herói Luiz Gonzaga. A mão que marcava a Bandeira do Município, significava seu sangue derramado, quando se deu a Intentona Comunista em nosso país, após um mês de sua incorporação no Quartel da Polícia Militar do Rio Grande do Norte em 1935.Em sua homenagem, foi criado em 1973 o Grupo de Escoteiros Herói Luiz Gonzaga. Seu objetivo: amor a Deus, ao próximo e a Pátria.Em sua lápide, consta a frase do Presidente Getulio Vargas:

“Para defender uma Pátria, nem sempre é preciso matar, basta às vezes que se saiba morrer”.

• LOCALIZAÇÃO

Ipanguaçu está localizada na micro-região homogênea Açu/Apodi, à margem direita do Rio Piranhas ou Açu. Está inserida na meso-região Oeste Potiguar.Ao Norte e a Leste, limita-se com os municípios de Afonso Bezerra e Angicos. Ao Sul com Itajá e a Oeste com o Rio Piranhas /AçuO município é composto de dois Distritos – Pataxó e Arapuá. Conta, ainda, com 26 comunidades e 16 localidades.Liga-se à Capital e Mossoró através da BR 304. A Açu e Macau pela RN 118.

• HISTÓTICO

Em 1815, o Coronel Ovídio Montenegro instalou na região uma fazenda de gado e os primeiros habitantes começaram a surgir, formando um pequeno núcleo populacional, nascendo então o povoado Sacramento. O nome Sacramento refere-se a estória contada pelos antigos, sobre um vaqueiro que na luta para derrubar uma rês, caiu do cavalo levando um tombo fatal. À beira da morte, o vaqueiro é visitado por um sacerdote que coincidentemente passava pelo local e finda recebendo o sacramento da extremunção. O povoado de Sacramento foi se desenvolvendo através de suas férteis terras, boas para a agricultura e para a criação de gado. Nos idos de 1925, a população reivindicava a autorização do município de Santana do Matos, para que Sacramento tivesse uma feira livre. A reivindicação foi aceita e o povoado passou a ter, nos domingos, sua feira livre. No dia 23 de dezembro de 1948, pela Lei no 146, Sacramento desmembrou-se de Santana do Matos e passou a ser município de Ipanguaçu. A palavra Ipanguaçu é uma referência ao termo indígena ipã-guaçu, ilha grande, nome de um pajé e guerreiro potiguar que decisivamente auxiliou a fixação colonizadora dos portugueses na região do Potengi, possibilitando a paz e subseqüente fundação da cidade de Natal, no ano de 1599.

Fonte: IDEMA

• DADOS DEMOGRÁFICOS
Emancipação
- Lei de criação: nº 146 Data; 23.12.1948
- Desmembramento: Santana dos Matos

População
13 855 – Fonte IBGE – 2010
- Índice de desenvolvimento humano – 0,613 
- Esperança de vida ao nascer – 63,601

Caracterização física
- Área: 374, Km2, equivalente a 0,71% da superfície estadual
- Altitude: 16m em relação ao nível do mar
- Coordenadas geográficas: - latitude -5°29’54” sul
- longitude -36º5’18” oeste
- Distância em relação à capital 214km
- Limites : Norte - Afonso Bezerra e Açu
Sul - Itajá
Leste - Angicos e Afonso Bezerra
Oeste – Açu

Clima
- Tipo – Semi-árido muito seco
- Temperaturas médias anuais: - máxima 33,0ºC
- médias 27,9ºC
- mínimas 21,0ºC
- Período chuvoso : fevereiro a maio
- Precipitação pluviométrica anual (2006 ) - normal 582,9
- observada 588,5
- desvio 5,6(mm)
- Umidade relativa média anual – 70%
- Horas de insolação – 2.400

Solos
Os latossolos predominantes no município são de textura arenosa sendo:- Aluviais Eutróficos com alta fertilidade natural- Vermelho Amarelo Eutrófico com fertilidade média alta

Aspectos Geológicos e Geomorfológicos Geologicamente o município abrange terrenos pertencentes ao Embasamento Cristalino e Bacia Potiguar. A sede municipal situa-se sobre depósitos aluvionares compostos de areia e cascalhos com intercalações pelíticas, associados aos sistemas fluviais atuais, formando uma planície fluvial, área plana resultante da acumulação fluvial sujeita a inundações periódicas. Tal depósito recobre localmente os arenitos e conglomerados da Formação Açu, com idade do Cretáceo Inferior, 100 milhões de anos, composta de arenitos finos e grossos, localmente conglomeráticos, de cor cinza claro, amarelada ou avermelhada.
Vegetação

A vegetação é rica em variedades, distinguindo-se duas associações bem características: os carnaubais e, de outra, a caatinga, apresentando as cactáceas, xiquexique, coroa-de-frade, cardeiro, macaíba, palmatória, etc.

• FATOS MARCANTES DO MUNICÍPIO

Bairro Maria Romana Em 1927 ocorreu uma tragédia que marcou a história de nossa cidade. A Sra. Maria Romana, jovem íntegra e trabalhadora, foi degolada com uma navalha pelo seu marido, embaixo de um pé de juazeiro. Em 1974 e 1975 foi construída uma capela pela Sra. Edilma de Lajeiro através de doações, cumprindo assim uma promessa. Desde lá o local é muito visitado por devotos, que acreditando em seus milagres também acendem velas e oram. Esse bairro também ficou conhecido como “Morro da Salvação”. Em 1964 quando ocorreu uma das muitas enchentes que por vezes assolam o município, o pequeno povoado ficou quase que totalmente coberto pelas águas. Casas estavam sendo inundadas e as pessoas da comunidade em pânico, sem ter para onde ir, aliviadas ficaram quando alguém viu um monte seco – o lixão. Os homens cobriram o local de mata-pasto para eliminar os insetos e todos lá passaram a noite, até as 12hs do dia seguinte, quando foram resgatados pelas canoas do Sr. José Cachina.Ao baixar as águas era expectativa de todos reverem o local que surgiu como o ”Morro da Salvação”. Anos mais tarde este local foi oficializado pelo Prefeito José de Deus Barbosa Filho, em seu primeiro mandato, como Bairro Maria Romana.

Enchentes ocorridasComo a cidade de Ipanguaçu está situada no centro de uma ilha formada de aluvião, acumulado no decorrer de séculos, muitas áreas são áreas de risco, com incidência periódica de desastres naturais, como enchentes e conseqüente flagelo de seus moradores. Estas calamidades ocorreram nos anos de 1924, 1947, 1964, 1974, 1985, 1996 e 2004.Em fevereiro de 2004 ocorreu a maior enchente de nossa história. A comunidade de Baldum foi a mais atingida, desabrigando centenas de pessoas com dezenas de casas destruídas. A prefeitura Municipal, suas Secretarias e toda a sociedade uniram-se, não medindo esforços e trabalho. A solidariedade aos atingidos prontamente transformou-se em ação.A proporção da tragédia foi de tal intensidade que a governadora Wilma de Faria, acompanhada pelo então Ministro das Cidades, Sr. Olívio Dutra, visitaram o local. Este fato precipitou em tempo recorde, a transferência das famílias atingidas.O Prefeito José de Deus Barbosa Filho e suas Secretarias, em uma ação firme e rápida, identificaram o distrito de Pedrinhas como uma área elevada e segura para a implantação e implementação do Programa Municipal de Habitação, numa parceria entre a Prefeitura Municipal e a Caixa Econômica Federal.Hoje o Conjunto Habitacional José de Deus Barbosa, abriga 273 famílias, com toda a infra-estrutura necessária, formando o Distrito de Pedrinhas, que proporciona aos seus moradores uma moradia digna, resgatando sua auto-estima e livrando-os da exclusão social, tornando-os verdadeiros cidadãos ipanguaçuenses.

A enchente que assolou o município nos dias 03,04,05 e 06 de abril foi consequência dessas altas precipitações que fizeram com que a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves atingisse a uma cota de sangria de 4,22 de altura, provocando danos humanos, materiais e ambientais e os consequentes prejuízos econômicos e sociais.

Segundo Levantamento feito pela Comissão Municipal de Defesa Civil foram alagadas as seguintes áreas: Bairro Ubarana, Bairro Manoel Bonifácio, Bairro Maria Romana, Bairro Pinheirão, Bairro Frei Damião, Cohab, Olho D´água, Baldum, Base Física, Japiaçu, Sacramentinho, Pau de Jucá, Rua Projetada na travessa Veneza, Rua 23 de Dezembro, Rua São João, Rua Segundo Mestre, Bairro Nossa Senhora da Conceição, Rua Projetada na Travessa Itu.

Ficaram ilhadas as seguintes áreas: Luzeiro, Cuó, Itu, Picada, Porto, Lagoa de Pedra e Capivara.

Devido ao estado precário das principais estradas vicinais do município, ficaram sem acesso à sede as comunidades de Língua de Vaca, Canto Claro, Angélica, Serra do Gado, Tirafogo, Agrovila Tabuleiro Alto, Agrovila Olho D´água, São Miguel, Barra e Croa.

A enchente ocorrida fez com que o município ficasse numa situação de extrema gravidade e contabilizasse 1.199 famílias desabrigadas num total de 4.059 pessoas. Foram utilizados 42 locais de abrigos públicos, além dos abrigados em casas de parentes, amigos e alugados.
Os danos materiais foram imensos, 350 casas foram danificadas, 100 foram destruídas, 02 Escolas públicas foram bastante danificadas, pavimentações e estradas vicinais também foram danificadas e o abastecimento d´água e de energia foram comprometidos em algumas comunidades.

No tocante à agricultura os prejuízos foram incalculáveis nas culturas de subsistência, fruticultura e pecuária. 298 agricultores declararam suas perdas na EMATER – Unidade Local de Apoio ao Produtor Rural, num total de 650 há perdidos nas culturas acima relacionadas. É bom salientar que 93 agricultores declararam suas perdas com equipamentos e insumos agrícolas.

O prefeito Municipal da Gestão 2008 José de Deus Barbosa Filho decretou SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA através do Decreto nº 004, de 03 de abril de 2008, posteriormente evoluiu para ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA através do Decreto Executivo nº 005, de 08 abril de 2008. De acordo com a Resolução nº 3 do Conselho Nacional de Defesa Civil – CONDEC, a intensidade deste desastre foi dimensionada como de NIVEL GRANDE (NÍVEL 3).

Diante do estado de sofrimento de famílias desabrigadas, O Poder Público Local tomou todas as providências necessárias para amenizar tal situação. As famílias foram retiradas das áreas de risco, colocadas em abrigos, atendidas com Cestas Básicas, colchões, distribuição de água potável, disponibilização de equipes medicas para os abrigos e distribuição de medicamentos básicos, dentre outras providencias.

A solidariedade como via capaz de transformar realidade se fez presente no município de Ipanguaçu. Foram nossos parceiros com a doação de cestas básicas, roupas, lençóis, colchões, legumes, verduras, mel, etc: EMATER/ Programa Compra Direta, PETROBRAS, Igreja Nossa Senhora de Lourdes, Arquidiocese de Natal, Grupo de Escoteiros Guy de Larigaudie de Macau, Governo de Estado de Rio Grande do Norte, Lions Clube, Termoaçu, II Grupamento de Bombeiros Mirins de Caicó, GIBA Escoteiros de AR Caicós e Armazem Paulina.

Uma grande teia de parceiros foi sendo construída ao longo da enchente. Agora também os parceiros dos parceiros e a sociedade civil são mobilizados para ampliar os efeitos das ações da Comissão Municipal de Defesa Civil e do Poder Público Local porque reconstruir é tarefa difícil, porém necessária, juntar pedaços, unir forças, sonhos, desejos e ações, são sem sombra de dúvida dedicar-se a um projeto. Projeto compartilhado por aqueles que acreditam na reconstrução do que ficou destruído ou danificado, essa reconstrução tão necessário ao reconhecimento da cidadania como aspecto distinto do povo ipanguaçuense.

• VULTOS DE NOSSA HISTÓRIA

-OVÍDIO MONTENEGRO
A tradicional família Montenegro é originária da Espanha, pertence à quarta ramificação de imigrantes que chegaram ao Brasil instalando-se na Ilha de Itamaracá – Pernambuco. Em 1822, o Imperador designou para ocupar a 2ª Comarca do Assú Estado do Rio Grande do Norte, como primeiro tabelião, Ovídio de Melo Montenegro. Em 1835, Ovídio de Melo Montenegro, arrendou do Senhor Cristóvão da Rocha Pita a propriedade denominada Itú, uma sesmaria de 6 (seis) por 6 (seis), léguas.Em 1845 comprou a propriedade e construiu a residência da família Montenegro. Ovídio Montenegro nasceu na Fazenda Itú a 16 de novembro de 1835. Em 1893 tornou-se 1º Deputado Constituinte do Rio Grande do Norte. Notável líder político, com prestígio em toda região, residiu na casa grande da Picada. Casou-se com Dona Amélia Caldas. Dessa união nasceram dois filhos. Maria Beatriz de Melo Montenegro e Manoel de Melo Montenegro. O título de Coronel foi concedido pela Guarda Nacional.Deputado por várias legislaturas, mas ao romper relações políticas com o Governador Pedro Velho renunciou a seu cargo de Deputado. Intendente por duas vezes e também prefeito constitucional, do município de Santana dos Matos. Foi Presidente da Assembléia Legislativa na gestão do Governador Mário Câmara. Por ser considerado como um homem íntegro e austero tornou-se um dos chefes político mais respeitado no Vale do Açú.

Sua residência era uma verdadeira fortaleza democrática, por onde circulava personalidades expressivas da política estadual e nacional. E se deliciavam em banquetes oferecidos a governadores e políticos que visitavam o Vale do Açú em campanhas políticas democráticas e memoráveis. Uma característica marcante e conhecida de todos era o fato de não haver distinção de classes por parte da família Montenegro. Do mais humilde trabalhador da fazenda a grandes personalidades, todos eram tratados da mesma maneira.

-MANOEL DE MELO MONTENEGRO
Nasceu no dia 25 de setembro de 1894 na Fazenda Itú, município de Santana dos Matos. Por uma fatalidade do destino ficou órfão aos sete anos de idade, teve três tutores, mas ficou aos cuidados da avó materna Dona Marola Caldas. Aos 23 de setembro de 1913, casou-se com a Maria Cândida Borges, uma mossoroense e com ela teve os 10 filhos: Maria Consuelo (faleceu ainda criança, José e Antonio faleceram jovens), Nelson Montenegro, Ovídio Montenegro, Edgard Montenegro, Manoel Montenegro Junior, João Batista Montenegro, José Montenegro e Antonio de Pádua Montenegro. Como era comum naquela época comprou o titulo de major da Guarda Nacional, passando a ser conhecido como Major Montenegro. Era tão respeitado que sua palavra valia por uma sentença judicial. Foram inúmeros os casos litigiosos que resolveu. Costumava trocar produtivas correspondências com grandes expoentes da política norte-riograndense e mantinha saudável amizade com: Juvenal Lamartine, João Câmara, Dinarte Diniz e Aluisio Alves. Pela sua forte liderança política foi um grande articulador para o desmembramento da Vila de Sacramento, hoje Ipanguaçu do Município de Santana dos Matos. Residindo na Fazenda Itú (Picada), como grande proprietário de terras dedicou-se a agricultura e a pecuária, criando a MASA – Montenegro Agropastoril S. A.Seu senso de cidadania e civismo levou-o a votar para eleição de prefeito de Ipanguaçu aos 95 anos de idade.

Manoel Montenegro falesceu em 1991 na capital pernambucana aos 97 anos de idade, lúcido e ativo. Profetizou sua própria morte ao declarar. “Vou morrer no dia do meu aniversario”.

-JOSÉ LÚCIO DE MEDEIROS
A família Medeiros é oriunda de Portugal, que teve em Rui Gonçalves de Medeiros o seu mais antigo e ilustre antepassado. Foi membro do Conselho Real de Dom Afonso III, 1º Conde de Verlongo. Recebeu seu Brasão de Armas em 1285.Mesmo antes do descobrimento do Brasil, muitos membros da família Medeiros emigraram para as ilhas portuguesas de Açores e Madeira. Lá se estabeleceram, partindo ao longo de três séculos para a Ásia e América do Sul e do Norte.Há cerca de 200 anos, parte da família veio para o Brasil. Alguns membros foram para o Rio Grande do Sul e mais tarde outros membros emigraram para a região do Seridó, estabelecendo-se no Rio Grande do Norte e Paraíba.Filho de João da Mata de Araújo Melo e Enedina C. de Medeiros Neta, nasceu em 15 de abril de 1888 em Vila Nova, atualmente Pedro Velho.Faleceu em 17 de julho de 1953.Em 1905 José Lúcio Medeiros ou, simplesmente José Medeiros, chegou em nossa cidade em companhia da família vislumbrando dias melhores.Em 1908, munido de coragem e ambição, abdicando da segurança familiar, partiu para a Amazônia em busca de trabalho e fortuna.Aos vinte e sete anos, retornou a Açú, após ter perdido o que havia ganho e também a saúde, vítima de beri-beri, doença neurológica causada pela falta de vitamina “B”, quase paralítico e pobre.Graças ao clima e a boa alimentação, José Medeiros aos poucos recuperou a saúde. No comércio encontrou uma atividade possível e, assim, em 1915 abriu uma bodega – A Paulistinha- que rapidamente cresceu , transformando-se em ponto de encontro obrigatório da cidade.Em 15 de abril de1919, José Medeiros casa-se com Maria Francisca Caldas de Medeiros, filha do patriarca de Sacramento, e tiveram dois filhos João Moacir de Medeiros em 1921 e Maria Zaira em 1928.No mesmo ano, muda-se com a esposa para o pequeno povoado que aqui existia com o nome de Sacramento, passando a residir na casa que depois a família herdaria do seu sogro e que na época era a sede da propriedade agrícola “Veneza de Baixo”. Era o início de suas atividades agrícola e participação na construção de nossa Evolução Histórica

-JOÃO GONÇALVES CACHINA
Nasceu em Viana do Castelo em Portugal e aos 12 anos emigrou para o Brasil. Desembarcou no Rio de Janeiro, foi para Recife e algum tempo depois veio morar no Vale do Açu, na Ilha de São Francisco, no município de Macau.Fixou residência na Fazenda Arapuá, na época município de Santana dos Matos onde, em 1932 construiu sua residência em estilo português, relembrando sua origem. Instalou uma oficina de descaroçamento de algodão, gerando mão-de-obra agrícola. Fabricava também para exportação, matéria-prima para cera de carnaúba.Casou-se com Maria Madalena da Fonseca Montenegro e tiveram oito filhos. Com o falecimento de sua esposa, contraiu novas núpcias que geraram mais quatro filhos.

Faleceu em Açu em 1981, deixando um legado de trabalho e amor ao país que adotou como seu.

-TIBÚRCIO FREIRE DA SILVEIRA
Vindo de Apodi, chegou à Vila de Sacramento em 1930. De imediato, percebeu a necessidade de uma assistência melhor na área da saúde. Procurou estudar prática farmacêutica por correspondência. Em 1938, na epidemia de impaludismo foi um lutador, visitando todas as casas do povoado a cavalo. Implantou um socorro farmacêutico, atendendo a todos sem distinção.

EVOLUÇÃO DA HISTÓRICA

Em 1919 chega a Sacramento José Lúcio de Medeiros, o pioneiro da irrigação e eletrificação rural do Vale. Em 1920 começa a despontar o desenvolvimento de Sacramento, pertencente ao município de Santana do Matos.

A vinda de José Medeiros mudou a vida do pequeno povoado, que se formara ao longo de muitos anos a partir de duas modestas fileiras de casas, (três de tijolo e telha e quatro de taipa) na estrada que ainda hoje liga Macau a Açu.

Essa estrada era inicialmente, a via de escoamento do sal de Macau (transportado em carro de bois), e posteriormente dos demais produtos do Vale do Açu e Pataxó: algodão, cera de carnaúba, gado, queijos, peixes e demais alimentos de subsistência.

José Lúcio de Medeiros logo percebeu que Sacramento reunia todas as condições para se tornar um centro de desenvolvimento de comércio. Em 1922, conseguiu a instalação da Fazenda de Sementes do Ministério da Agricultura, hoje conhecida como Base Física do DNOCS, e atualmente, sede do Centro de Formação Tecnológico - CEFET.

Em 1923, empenhou-se na construção de casas, estimulando cada proprietário a construir uma residência de alvenaria, iniciando, assim, a fundação de nossa cidade.

A posição geográfica do povoado colocava-o no centro de várias rotas que se cruzavam entre as Lagoas de Ponta Grande e do Piató, eqüidistantes do rio Pataxó e Açu. Suas vazantes propiciavam terra boa para trabalhar, o barro nas pequenas lagoas e os “barreiros” (matéria-prima do tijolo e da telha), bem como a criação de animais domésticos e de serviço garantia a carne, o leite, a coalhada e o queijo.

Em 1925, houve um movimento para a instalação de uma feira livre aos domingos, tendo recebido apoio do presidente da Intendência Municipal e Prefeito, o Sr. Manoel de Melo Montenegro.

A pequena feira que reunia produtores, comerciantes e compradores da região, aos domingos, debaixo de uma “latada” coberta de palhas de carnaúba no meio de sua única rua, era um indicador dessa possibilidade e começou a alimentar o sonho de ver o vilarejo crescer e de um dia vir a construir um Mercado Público.

Em 1926, José Lúcio de Medeiros, conseguiu com o então prefeito, no Governo de José Augusto, um contrato para a construção do Mercado Público, no mesmo local do atual, com a concessão de explorá-lo por vinte anos, doando-o depois à Prefeitura.

Esta foi a primeira revolução pacífica e popular em benefício de Ipanguaçu, realizada com recursos próprios de José Lúcio de Medeiros que transformou a Feira de Sacramento, numa das mais concorridas e famosas do Estado. Atraia uma verdadeira multidão de comerciantes, vendedores e compradores de todos os gêneros de mercadorias vindos dos municípios e das cidades vizinhas desde Macau à Mossoró, de Açu a Angicos e Santana do Matos.

Homens, mulheres, crianças, cantadores, repentistas, ciganos, mágicos e bêbados! Impossível acreditar que nas épocas de safra matavam-se e vendiam-se por feira de 20 a 30 bois! Era um sucesso, uma festa popular: cavalos e carroças ocupando todos os espaços, amarrados nas cercas ou debaixo das árvores. Panelas, potes, tachos, alguidares, etc., eram feitos manualmente pelas louceiras locais, verdadeiras artesãs.

Mais tarde, os primeiros “Fordes de Bigodes” e os caminhões “GMC” despertavam imensa curiosidade. Era também, a oportunidade de ter notícias de parentes e amigos, saber das novidades e ouvir o “causos”.

O comércio começou a ser impulsionado com a instalação de uma casa comercial de tecidos por José Lúcio de Medeiros e posteriormente, com a fundação de uma usina de beneficiamento de algodão em caroço, adotando também, a compra de cera de carnaúba.

Em 1927, José Lúcio de Medeiros conseguiu trazer uma Agência dos Correios e um Posto de Telefonia, oferecendo de graça a casa para sua instalação e doando os postes.

Dedicado também, ao meio ruralista, fundou, em 1930 um sítio de fruteiras, o primeiro da região do Baixo - Açu. Com uma visão adiantada dos meios técnicos a serviço da produção agrícola, empregou a energia elétrica na irrigação da terra, captando água do nosso lençol freático, tornando-se assim, o pioneiro da eletrificação e irrigação rural do Vale.

A criação de um oásis verdejante de árvores frutíferas em meio à terra seca, mediante o uso de bombas elétricas, colocou em evidência o nome de José Lúcio de Medeiros e o nome do povoado de Sacramento no mapa do Rio Grande do Norte, porque foi este, sem dúvida, o fato mais relevante a revolucionar e impulsionar a produção agrícola naquela época, setenta anos atrás. Sequer sonhávamos com a grande barragem Armando Ribeiro Gonçalves. A água e o peixe das lagoas e açudes eram privilégios de poucos.

Em 23 de dezembro de 1948, o povoado de Sacramento desmembra-se de Santana do Matos e passa a ser sede do município denominado Ipanguaçu, por ato governamental do Dr. José Augusto Varela, pela Lei Estadual nº146. Dia que terminava a grande luta do Major Manoel de Melo Montenegro emancipando a terra que lhe serviu de berço. No dia 1º de Janeiro de 1949 foi instalado o Município de Ipanguaçu.

Não podermos deixar de reconhecer a JOSÉ LÚCIO DE MEDEIROS na história de nosso município, por seu idealismo, sua visão de progresso e um empreendedor nato, explorando os potenciais da terra e incentivando sua gente.

ORIGEM

Seu primeiro nome, SACRAMENTO, provém de uma fazenda de gado de propriedade, naépoca, do Cel. Antonio da Rocha Pita e que em 1845 foi vendida a Manoel de Melo Montenegro.

Segundo os moradores mais antigos, a origem do nome Sacramento deu-se em conseqüência de um acidente ocorrido na referida fazenda, no atual Bairro Maria Romana.

Certa vez um vaqueiro campeando uma novilha em seu cavalo, caiu acidentalmente por sobre uma estaca que lhe furou o pescoço. Quis Deus que naquele momento passasse um padre vindo da cidade de Macau e que ao deparar com tamanha tragédia, vendo o vaqueiro agonizante, deu-lhe o sacramento da extrema-unção. Aos presentes o padre perguntou o nome daquele lugar, tendo como resposta tratar-se de uma fazenda de gado. Naquele momento, o sacerdote declarou que aquele lugar passaria a se chamar Sacramento. Esta terra que anos depois com a chegada do Cel. Ovídio Montenegro passou a ser vila, povoado e distrito foi, segundo seus ancestrais, habitada pelos índios das tribos janduís e potiguares.

Seu nome atual – IPANGUAÇU foi escolhido pelo historiador Nestor dos Santos Lima, que atendendo ao pedido do Sr. Manuel de Melo Montenegro deu o nome à nova cidade. “Este, em resposta ao mesmo, disse:” Major, o seu Sacramento é uma grande ilha, que em tupi guarani significa Ipanguaçu. IPAN = ilha + GUAÇU = grande” Este era também o nome de um pajé, chefe das tribos janduís, com muito prestígio junto aos colonizadores, e que colaborou com a fixação dos portugueses nos fins do século XVI

A cidade é cercada por dois rios, o Piranhas ou Açu e Pataxó, que em seu trajeto natural, brindou-nos com esta maravilhosa e hospitaleira ilha. 

PERFIL

O blog Ipanguaçu News teve inicio no ano de 2008, tem como objetivo informar os internautas que vivem na cidade e principalmente os que residem em outras partes do estado e do Brasil.

Á pagina web traz noticias de tudo que acontece na cidade e em sua volta. Com noticias relacionadas à saúde, educação, esporte, cultura, turismo, política, utilidade pública e muito mais.

Espero que gostem, caso queira sugeri deixe um comentário.
Abraço,
Keyson Cunha.
Diretor do Ipanguaçu News

INSCRIÇÕES PARA O COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA AÇU/PIRANHAS SEGUEM ATÉ O DIA 17 DE ABRIL

O calendário de inscrições para participar do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas-Açu aqui na região do Vale do Açu, segue até o dia 17 de abril. Todos os que se inscreverem irá passar por um processo de eleição para a escolha dos integrantes do Comitê da Bacia Hidrográfica. Em Assu, as inscrições estão sendo feitas na sede da unidade administrativa do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), nos períodos da manhã e tarde. Podem se inscrever candidatos de cada um dos segmentos que terão direito à representatividade no Comitê: ou seja; usuários, sociedade civil e o poder público. Os que forem eleitos serão empossados por intermédio de uma assembléia geral e, depois, serão escolhidos os diretores do Comitê da Bacia. Após a instalação de uma secretaria executiva, o Comitê começará a tratar dos diversos problemas que existem na bacia do rio Piranhas-Açu. O Rio Grande do Norte manterá apenas dois postos de inscrição instalados nas cidades sendo esse já instalado em Assu e o outro na cidade de Caicó. Porém, qualquer pessoa, de qualquer município localizado dentro da área de jurisdição da Bacia Hidrográfica do rio Piranhas-Açu, poderá participar. Os interessados em informações podem acessar o formulário de inscrição na internet por meio dos endereços eletrônicos do Comitê da Bacia Hidrográfica do Piranhas-Açu (www.piranhasacu.cbh.com.br), da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (www.semarh.rn.gov.br) e do Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (www.igarn.rn.gov.br). É importante lembrar que a participação no Comitê não é remunerada, uma vez que os participantes a fazem de forma voluntária, razão qual deverão ter o suporte de uma entidade ou instituição que possa ter assento no colegiado.

 
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