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sábado, 30 de abril de 2011

Prefeitura continua com ações para atender as famílias

O coordenador estadual de Defesa Civil, tenente coronel Josenildo Acioli, esteve na manhã deste sábado (30), na Secretaria Municipal de Assistência Social, sede da Defesa Civil local para uma conversa sobre as ações prioritárias que devem ser realizadas no município de Ipanguaçu.

O coronel Acioli frisa que a população deve seguir as orientações da Defesa Civil para que ocorra tudo nos parâmetros exigidos para a segurança dos moradores das áreas inundadas, ou que possam ser afetadas. “É importante que ocorra o respeito e a comunicação entre a população e a defesa civil” disse o coronel.

Ele informa que membros do Corpo de Bombeiros Militares estarão durante esse final de semana, e uma equipe poderá vim ainda esta semana para o auxilio no atendimento as vítimas que tiveram suas casas alagadas pelas chuvas.

Segundo a defesa civil do município já a mais de 100 famílias alojadas em prédios públicos ou em casa de amigos e parentes. “As famílias estão recebendo assistência da prefeitura e da Defesa Civil, benefícios que vão de cestas básicas à assistência de saúde. Estamos preparados para servir à população da melhor forma possível”, disse o prefeito Leonardo.

Bairro Maria Romana.
As águas do Açude Pataxó, que chegam a algumas localidades da cidade e invadem um número crescente de casas desde a última segunda-feira (25). Os bairros atingidos até esta manhã são três: Maria Romana, Ubarana e Manoel Bonifácio e isolando treze comunidades (Santa Quitéria, Barra, São Miguel, Luzeiro, Cuó, Lagoa de Pedra, Itú, Picada, Porto, Salinas, Deus nos Guie, Sacramentinho e Pau de Jucá). São muitos os danos humanos, materiais e ambientais, além dos prejuízos à economia local, ainda não contabilizados.

A maioria das famílias que precisaram deixar suas casas optou por abrigar-se em casas de parentes, em áreas não alagadiças ou em municípios vizinhos. “A prefeitura e a Defesa Civil realizou o transporte de várias famílias nestas ultimas horas para os abrigos municipais ou para as casas de seus parentes, bem como retiramos de suas casas os seus móveis e demais pertences, todos devidamente armazenados até que esta situação se resolva”, informou Joildo Lobato, vice-presidente da Defesa Civil local.

Limpeza ainda continua 

 
A Prefeitura do município iniciou na manhã de ontem (29) a limpeza do leito do Rio Pataxó, no trecho localizado na propriedade da empresa Finobrasa Agroindustrial SA. Duas máquinas (PC 320) estão no local removendo a vegetação. Desde 2009 que o prefeito Leonardo Oliveira tentava obter junto ao governo do Estado a permissão necessária para realizar esta operação, já que a área é de preservação ambiental. No entanto, apenas na tarde de quinta-feira (28), o Idema enviou ofício com a autorização, em caráter emergencial.

O constante agravamento da situação fez com que o prefeito Leonardo Oliveira acatasse recomendação da Defesa Civil do município e decretasse Estado de Emergência em Ipanguaçu. Dessa forma, a prefeitura pode pedir recursos ao governo federal para ajudar no reparo aos estragos. “Nossos recursos são limitados. Com recursos próprios nós estamos dando assistência a varias famílias, dando suporte às comunidades isoladas e pagando o aluguel dessas duas máquinas que estão trabalhando no Rio Pataxó. Para podermos fazer mais, é necessário contarmos com a ajuda dos governos Estadual e Federal”, disse Leonardo.


Na manhã de hoje, dia 30, tratores e retro escavadeiras reforçaram a estrutura de uma parede no leito do rio pataxó que foi construída com recursos próprios e que desvia mais de 90% das águas do Pataxó que tentam invadir o município. “Sem essa parede a água já teria invadido o bairro Frei Damião que fica na entrada da cidade, removendo um numero ainda maior de famílias” afirma Leonardo. 


Jornais do RN destacam situação do municipio de Ipanguaçu

Edição de sábado, 30 de abril de 2011 
Diário de Natal:
Sangria do Pataxó desabriga 60 famílias
Chuvas também já fizeram a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves exceder sua capacidade máxima

As chuvas já começaram a causar estragos no Vale do Açu. No município de Ipanguaçu, 60 famílias estão desabrigadas e 13 comunidades estão isoladas devido à "sangria" do açude Pataxó. Ontem, o reservatório estava com uma sangria de 17 centímetros de lâmina d'água, o que preocupa a população ribeirinha. O acumulado de chuvas do ano no município de Ipanguaçu chegou nesta semana a 637,8 milímetros, segundo a Emater. As precipitações também já fizeram a maior barragem do Estado, Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, exceder sua capacidade máxima.

As famílias desalojadas foram transferidas para abrigos temporários da prefeitura e para a residência de parentes e amigos. De acordo com tenente-coronel Acioli, coordenador estadual da Defesa Civil, se as chuvas persistirem e o nível do açude continuar a subir, o número de famílias desabrigadas pode chegar a 320. "Amanhã estarei em Ipanguaçu para verificar a situação in loco. Mas já solicitamos ao Comando do Corpo de Bombeiros o envio de militares para auxiliar a população", disse. Segundo ele, a Defesa Civil também está levando para o município embarcações para auxiliar as famílias que estão nas comunidades que foram isoladas pelas chuvas.

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Jornal de Fato
Barragem Armando Ribeiro sangra e preocupa municípios do Vale

A previsão se confirmou e a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, localizada no município de Itajá, sangrou na manhã dessa sexta-feira, 29.

Entre a tarde de quinta-feira, 28, e às 11h30 de ontem, momento da sangria, o volume de água da barragem subiu os 16 centímetros que ainda restavam para o sangramento. Na tarde de ontem, a lâmina de água já era de 4 centímetros. A previsão era que a barragem amanhecesse esse sábado com uma sangria de 10 a 15 centímetros.

"A sangria foi apressada por uma forte chuva que caiu na noite de quinta-feira no município de Santana do Matos, fazendo com que muita água chegasse até a barragem", informou o técnico do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), responsável pelo monitoramente da Armando Ribeiro Gonçalves, Geraldo Magela.

Desde que foi inaugurada, em 1983, essa é a 13ª vez que a barragem sangra. A primeira sangria, em 1985, foi a maior já registrada, chegando a 4,5 metros. Em 2008, o sangramento chegou bem perto do recorde: 4,32 metros.

Muita gente foi até a barragem para ver o momento em que a água suplantou as barreiras de concretos. A expectativa é que a partir de agora centenas e até milhares de pessoas viagem até Itajá para conferir o que é chamado de espetáculo.
Por enquanto, o acesso de veículos até a Armando Ribeiro Gonçalves está liberado, mas será proibido caso a sangria alcance dois metros.

A Armando Ribeiro Gonçalves é a maior barragem do Rio Grande do Norte, com capacidade para armazenar 2,4 bilhões de metros cúbicos de água.

Uma riqueza que promove desenvolvimento, mas também causa bastante preocupação.
A partir da sangria da barragem, vários municípios da região do Vale do Açu entraram em alerta.

Porém, com exceção de Ipanguaçu, os demais municípios ainda demonstraram tranquilidade.
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Famílias desabrigadas já somam 80

A cada hora e a cada dia que passa mais famílias sofrem com a enchente no município de Ipanguaçu. Na tarde dessa sexta-feira, 29, o número de famílias desabrigadas ou desalojadas já passava de 80, quase o dobro do registrado no dia anterior.

A Prefeitura de Ipanguaçu interrompeu as aulas na Escola Municipal Presidente Lula, no bairro Presidente Lula, para abrigar as famílias que foram expulsas de casa pela água e que não têm para onde ir.

Durante toda sexta-feira, 29, a Prefeitura concentrou forças no trabalho de limpeza do rio Pataxó num trecho de preservação localizado dentro da empresa Finobrasa.
A limpeza foi autoriza pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (IDEMA), mas as máquinas não conseguiram fazer muita coisa por conta do grande volume de água.

O prefeito de Ipanguaçu, Leonardo Oliveira, pediu ajuda à governadora Rosalba Ciarlini, solicitando mais duas máquinas para ajudar na limpeza do rio.

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Tribuna do Norte



60 famílias estão desabrigadas em Ipanguaçu

Valdir Julião - repórter

Uma tragédia anunciada: mal começou o inverno deste ano, a população de Ipanguaçu, a 215 quilômetros de Natal, já está em polvorosa com a possibilidade das cheias do rio Pataxó. O município passou quatro inundações nos últimos sete anos: em 2004, 2008 e 2009. As chuvas que vêm na região do Vale do Açu já preocupam a população local, principalmente no município de Ipanguaçu, onde 60 famílias já estão desabrigadas e, atualmente, estão alojadas em três abrigos públicos, em casas de parentes, amigos ou cedidas
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Junior SantosO maior reservatório do Rio Grande do Norte, a Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Golçalves, começouu a sangrar. Apesar da beleza do espetáculo, a cheia preocupa cidades ajustanteO maior reservatório do Rio Grande do Norte, a Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Golçalves, começouu a sangrar. Apesar da beleza do espetáculo, a cheia preocupa cidades ajustante
Segundo informações da Secretaria de Ação Social do município, 13 comunidade já estão ilhadas: Pau de Jucá, Lagoa de Pedra, Itu, Picada, Porto, Cuó, Luzeiro, São Miguel, Barra, Salinas, Deus Nos Guie, Santa Quitéria e Passagem. Pelo menos 2.200 pessoas já estão afetadas pelas inundações das águas pluviais vinda do rio Pataxó.

Na zona urbana, três bairros já estão tomados pelas águas - Maria Romana, Ubarana e Manoel Bonifácio. Segundo o prefeito Leonardo Oliveira, a situação pode se tornar ainda pior, porque ontem à noite a lâmina de água na sangria do açude Pataxó, a 25 quilômetros da cidade, já tinha 45 centimetros de espessura. “Nós estamos em sinal de alerta”.

A prefeitura contratou duas retroescavadeiras para fazer a limpeza do leito do rio Pataxó, onde existem matas nativas, que contribuem para impedir o fluxo das águas. “A gente conseguiu uma autorização do Idema para entrar fazenda, que é uma empresa privada e a gente não podia entrar”, disse o prefeito.

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Açude Pataxó está perto da sangria e já assusta moradores da região

Comparável à barragem Armando Ribeiro Gonçalves, que armazena 2,4 bilhões de metros cúbicos de água, o açude Pataxó, localizado no distrito homônimo 'é um petisco d'àgua". Mesmo assim, com seus 15 milhões de metros cúbicos, o reservatório é considerado o terror para a população ribeirinha de Ipanguaçu. "Com 35 centímetros de lâmina d'água de sangria, a cidade já pede socorro", diz o agricultor João Batista Barbosa, nascido em São Rafael, mas desde os três anos de idade reside no Pataxó.

Junior SantosAçude PataxóAçude Pataxó
João Barbosa conta que na noite de sexta-feira, dia 29, a sangria do açude Pataxó chegou a quase  50 centímetros de lamina de água. às 9 hboras de ontem, a sangria havia baixado para 40 centímetros. Ele disse que a sangria do açude sangra desde o dia 7 de abril, mas só ontem alcançou a maior lãmina devido a sangria de açudes situados nos municípios de Angicos e Fernando Pedroza, que são tributários do rio  Pataxó.

Outro morador do Vale do Açu, João Batista do Nascimento Filho, disse que nasceu e se criou no sitio Baldum, em Ipanguaçu, mas depois de 'não aguentar mais com tantas cheias" ao longo de sua vida, resolveu morar na cidade do Assu: "Cresci a água entrando por uma porta e saindo por outra".

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O mossoroense

Ipanguaçu inicia limpeza do leito do rio Pataxó

A Prefeitura de Ipanguaçu iniciou na manhã de ontem a limpeza do leito do rio Pataxó, no trecho localizado na propriedade da empresa Finobrasa Agroindustrial SA. 

Duas máquinas (PC 320) estão no local removendo a vegetação. Desde 2009 que o prefeito Leonardo Oliveira tentava obter junto ao Governo do Estado a permissão necessária para realizar essa operação, já que a área é de preservação ambiental. No entanto, apenas na tarde do dia 28, o Idema enviou ofício com a autorização, em caráter emergencial.

O trabalho é de difícil execução, já que a área está alagada e a vegetação é bastante densa. Uma das máquinas, inclusive, atolou no final da tarde, sendo o trabalho realizado desde então com apenas uma. Além disso, o aluguel das máquinas, por hora, tem valor elevado. "Já se nota uma sensível melhora no escoamento da água nos pontos onde a vegetação está sendo removida. O trabalho é difícil, lento, mas será feito, dia e noite. Independentemente do tempo que demore para ser concluído, nós vamos até o fim", afirmou o prefeito, em entrevista concedida no local.

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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Açude Pataxó alcançou 50 cm nesta noite

Situação da Ubarana na noite de hoje(29). Foto: Júnior Santos
A sangria do açude Pataxó alcançou uma lâmina de 50 cm por volta das 20h30.

Quem informou foi a Defesa Civil do município. Várias comunidades estão isoladas, e cerca de 75 casas já foram inundadas nos bairros Maria Romana, Ubarana e Manoel Bonifácio.

A Defesa Civil do município junto a Prefeitura já estar retirando moradores de localidades que podem ser inundadas pelo aumento da sangria, na manhã de sábado(30).

O coordenador estadual de Defesa Civil, tenente coronel Josenildo Acioli, estará no município amanhã (30), para acompanhar as ações desenvolvidas pela coordenadoria municipal de Defesa Civil e pelo Corpo de Bombeiros Militar, no atendimento as vítimas que tiveram suas casas alagadas pelas chuvas.

O coronel também participara de uma reunião com autoridades para traçar ações prioritárias a serem desenvolvidas nos próximos dias no município.


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Plantão da Defesa Civil de Ipanguaçu: (84) 3335-3901

Prefeitura inicia limpeza do leito do Rio Pataxó em trecho liberado ontem pelo Idema

Cidade vive Estado de Emergência. Mais de 60 famílias foram desabrigadas e treze comunidades rurais estão isoladas.

A prefeitura do município de Ipanguaçu iniciou na manhã de hoje a limpeza do leito do Rio Pataxó, no trecho localizado na propriedade da empresa Finobrasa Agroindustrial SA. Duas máquinas (PC 320) estão no local removendo a vegetação. Desde 2009 que o prefeito Leonardo Oliveira tentava obter junto ao governo do Estado a permissão necessária para realizar esta operação, já que a área é de preservação ambiental. No entanto, apenas na tarde de ontem (28), o Idema enviou ofício com a autorização, em caráter emergencial.

O trabalho é de difícil execução, já que a área está alagada e a vegetação é bastante densa. Uma das máquinas, inclusive, atolou no final da tarde, sendo o trabalho realizado desde então com apenas uma. Além disso, o aluguel das máquinas, por hora, tem valor elevado. “Já se nota uma sensível melhora no escoamento da água nos pontos onde a vegetação está sendo removida. O trabalho é difícil, lento, mas será feito, dia e noite. Independentemente do tempo que demore para ser concluído, nós vamos até o fim”, afirmou o prefeito, em entrevista concedida no local.

O transbordamento do Açude Pataxó, que se iniciou no último dia 12 de abril, tem elevado o nível do Rio Pataxó, provocando a inundação de mais de 73 casas em três bairros da cidade (Maria Romana, Ubarana e Manoel Bonifácio) e isolando treze comunidades (Santa Quitéria, Barra, São Miguel, Luzeiro, Cuó, Lagoa de Pedra, Itú, Picada, Porto, Salinas, Deus nos Guie, Sacramentinho e Pau de Jucá). São muitos os danos humanos, materiais e ambientais, além dos prejuízos à economia local, ainda não contabilizados.

O constante agravamento da situação fez com que o prefeito Leonardo Oliveira acatasse recomendação da Defesa Civil do município e decretasse Estado de Emergência em Ipanguaçu. Dessa forma, a prefeitura pode pedir recursos ao governo federal para ajudar no reparo aos estragos. “Nossos recursos são limitados. Com recursos próprios nós estamos dando assistência a mais de 73 famílias, dando suporte às comunidades isoladas e pagando o aluguel dessas duas máquinas que estão trabalhando no Rio Pataxó. Para podermos fazer mais, é necessário contarmos com a ajuda dos governos Estadual e Federal”, disse Leonardo.

Governadora Rosalba ligou para prestar solidariedade
A governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, telefonou esta tarde para o prefeito de Ipanguaçu para prestar sua solidariedade. Leonardo Oliveira aproveitou a oportunidade para cobrar ajuda. “Solicitei que o governo do Estado nos ajude, a prefeitura tem um orçamento bastante limitado. Solicitei ainda que o governo envie pelo menos mais duas máquinas para ajudar na remoção da vegetação do Rio Pataxó. A governadora ficou de nos dar uma resposta e eu espero muito que seja positiva”, contou o prefeito.

Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Ipanguaçu

Mais de 50 famílias estão desabrigadas

O inverno deste ano já ganhou proporção de enchente no município de Ipanguaçu. A cada chuva que cai na região do Vale do Açu cresce o tamanho da lâmina de água da sangria do Açude Pataxó e a água avança sobre as casas de centenas de famílias que moram em éreas de risco.

Até a tarde dessa quinta-feira, 28, o número de famílias desabrigadas pela enchente somava mais de 50. A previsão era que mais famílias fossem expulsas de casa por conta do sangramento do Açude Pataxó, que já chegava a 34 centímetros, ainda no dia de ontem.

Três localidades já foram atingidas pela água que desce do Açude. Inicialmente, foi o bairro de Maria Romana, mas nas últimas horas o alagamento também chegou aos bairros de Ubarana e Manoel Bonifácio.

A reportagem do Jornal de Fato esteve no bairro Ubarana e constatou que para sair e entrar em casa as famílias precisam colocar os pés na lama.
Muitas famílias já deixaram suas residências e foram para abrigos ou casas de amigos e parentes.

Quem está insistindo em ficar, sabe que a qualquer momento pode ter que sair também.
É o caso do casal de aposentados Francisco Joaquim da Costa e Anália Bento da Silva.
A água já chegou ao portão da casa deles e se continuar chovendo eles serão os próximos a serem expulsos.

Situação a qual o casal já está acostumado. "Faz nove anos que moramos aqui e enfrentamos sempre o mesmo problema quando tem inverno, relatou Joaquim, criticando, logo na sequência, a falta de atitude do poder público para acabar com os alagamentos em Ipanguaçu".

Anália lembrou que todos os anos são feitas promessas para resolver o problema, "mas nunca é feito nada", lamentou.

A casa dos dois aposentados já está pronta para o pior. Eles resolveram "pendurar" todos os móveis antes mesmo que a água chegue. "No último inverno perdemos vários móveis, que deram um trabalho danado para serem comprados novamente. Por isso, nos preparamos dessa vez", salientou Joaquim.

A enchente expulsa, mas também faz muita gente ficar dentro de casa. Uma dezena de localidades de Ipanguaçu, como Itu, Porto e Água de Pedra, estão ilhadas. Entrar ou sair desses locais só através de canoas.

O agricultor Raimundo de Lima Tavares mora numa parte alta de Ipanguaçu, mas ele também não está livre dos efeitos da enchente. A casa e a propriedade dele estão ilhadas. Para entrar em casa, que fica à beira da RN-118, só encarando a lama. "Olhe (apontando), na minha casa não entra água, mas tem essa dificuldade para entrar e sair por conta dessa água (apontando novamente) que cerca a propriedade", explicou o agricultor, enquanto estava do outro lado da pista.

Neste ano, até o último dia 28, choveu 460.5 milímetros em Ipanguaçu, de acordo com informações da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN).

Moradores fecham RN-118 em protesto
Um protesto de moradores dos bairros alagados pela água que desce do Açude Pataxó em Ipanguaçu interrompeu por toda a manhã dessa quinta-feira, 28, o trânsito na RN-118, que liga Ipanguaçu a municípios como Alto do Rodrigues e Pendências.

Os moradores bloquearam a entrada e saída da cidade, queimando pneus e troncos de árvores, e se utilizando também de um trator, motos e carros.
Foi impedida a passagem de todos os tipos de veículos, que formaram uma longa fila à espera da liberação da pista.

O protesto teve o objetivo de forçar a limpeza do rio Pataxó no trecho localizado em terras pertencentes à empresa Finobrasa.

O agricultor Raimundo de Lima Tavares denunciou que dentro da propriedade da Finobrasa existe uma parede no rio Pataxó formada pela mata ciliar que contribui para o alagamento dos bairros que ficam nas proximidades. "A água que desce do Açude Pataxó não segue o trajeto natural por conta dessa barreira e acaba correndo para dentro das casas", relatou o agricultor.

Os moradores bateram boca com diversos motoristas que queriam furar o bloqueio e chegaram a ser irresponsáveis ao impedir que um veículo com um bebê recém-nascido seguisse viagem.

O bebê ficou exposto ao sol quente e somente seguiu viagem depois que a sua avó conseguiu carona em uma motocicleta.
O protesto foi encerrado às 13h, depois que os moradores ficaram sabendo que o Idema iria avaliar a situação do rio.

Prefeito decreta estado de emergência
O prefeito de Ipanguaçu, Leonardo Oliveira, decretou no final da tarde dessa quinta-feira Estado de Emergência no município. Leonardo declarou que já existiam justificativas suficientes para tomar tal decisão. Ele citou as famílias desabrigadas, as localidades alagadas e ilhadas, além de todos os prejuízos já causados como motivos para assinar o decreto. "Temos que lembrar, por exemplo, que pequenos agricultores perderam suas plantações de milho e feijão, sendo que eles só podem receber o seguro Garantia Safra se a Prefeitura declarar estado de emergência", destacou o prefeito.

Leonardo ressaltou também que o Município precisa do decreto para receber ajuda do Governo Federal.

O prefeito reconheceu a situação difícil vivida por Ipanguaçu, mas observou que medidas adotadas pela prefeitura evitaram que a situação já estivesse ainda pior. "Realizamos ações, como a limpeza do rio e a construção de uma barreira, que impediram que a água chegasse com mais densidade e a alguns bairros, livrando cerca de 400 famílias dos alagamentos", ressaltou.

Leonardo informou que a limpeza do rio foi feita do sítio Itu até a Finobrasa. "Não concluímos a limpeza pela necessidade de termos autorização do Idema", explicou, referindo-se à área de proteção ambiental localizada dentro da Finobrasa.

Um técnico do Idema era aguardado para avaliar o que poderia ser feito para limpar o rio nessa área.

Fonte: MAGNOS ALVES
Da Redação do Jornal de Fato

Barragem Armando Ribeiro atinge cota máxima e começa a sangrar

Foto: Itajá Acontece 

Agora há pouco, por volta das 11h30, o nível da barragem Armando Ribeiro Gonçalves atingiu sua cota máxima: 55,00



As informações de Jailson, funcionário da empresa que presta serviços ao Dnocs, são de que em alguns pontos “a água já está lavando a parede”.

Ainda durante o dia estaremos trazendo novas informações sobre a sangria do reservatório.

Fonte: Rabiscos de Samuel Júnior 

Defesa Civil e Corpo de Bombeiros auxiliam vítimas de alagamentos em Ipanguaçu

O  município de Ipanguaçu, no interior do Estado do RN, passou a enfrentar novos problemas de inundações por causa das chuvas dos últimos dias. O acumulado de chuvas do ano na cidade, situada na região do Vale do Açu, chegou a 637,8 mm segundo o posto pluviométrico da Emater.

O volume de água acumulado no açude Pataxó, com capacidade para 15 milhões de metros cúbicos, já preocupa a população ribeirinha. Nesta sexta-feira, 29, o  açude Pataxó está com uma sangria de 17 centímetros de lâmina d’água.

Segundo informações da Defesa Civil Estadual, trinta residências já foram inundadas e famílias estão desalojadas, sendo conduzidas para casas de parentes e amigos. Outras cinco famílias encontram-se em abrigos temporários cedidos pela Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Ipanguaçu. Os bairros de Maria Romana, Manoel Bonifácio e Ubarana são os mais atingidos pelas chuvas.

O Corpo de Bombeiros Militar foi acionado e está deslocando militares para auxiliarem as vítimas que tiveram suas residências alagadas. De acordo com o Tenente Coronel Josenildo Acioli, Coordenador Estadual da Defesa Civil, uma guarnição do Corpo de Bombeiros permanecerá de plantão no município de Ipanguaçu durante todo o fim de semana para avaliar a situação e oferecer o socorro às vítimas.

“Já repassamos ao Coordenador Municipal de Defesa Civil de Ipanguaçu, Luis Alberto da Silva, todas as orientações de como proceder a “Declaração de Estado de Emergência” e a “Declaração de Calamidade Pública” caso seja necessário. O Governo do Estado, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros permanecerão em alerta para oferecer todo o suporte logístico e de socorro necessário a população de Ipanguaçu, bem como aos demais municípios atingidos pelas chuvas”, disse o Tenente Coronel Acioli.

O cidadão que desejar acionar a Defesa Civil do Estado deve telefonar para o 193.


Fonte: Tribuna do Norte

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Prefeitura de Ipanguaçu consegue autorização emergencial do governo para limpar leito do rio Pataxó em área de preservação ambiental

Águas já desabrigaram quase 60 famílias e isolaram 11 comunidades

A prefeitura de Ipanguaçu conseguiu no início da tarde de hoje (28) junto ao governo do Estado, em caráter emergencial, permissão para, enfim, realizar a limpeza de trecho do Rio Pataxó localizado em propriedade particular e em área de preservação ambiental. O prefeito Leonardo Oliveira recebeu o ofício com a autorização através de fax, após contatos com assessores do secretário estadual de Recursos Hídricos, o vice-governador Robinson Faria, e com a direção do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema).

No entanto, a autorização não garante que o serviço será realizado de imediato. O acúmulo de água na área talvez impossibilite a realização do trabalho neste momento. “Vamos avaliar com os técnicos do Idema se essa limpeza poderá ser feita agora. Do contrário, provavelmente teremos que aguardar até o final do período chuvoso”, afirmou o prefeito de Ipanguaçu.

A liberação do Idema ocorreu em um dia tenso em Ipanguaçu. Cansada de esperar os tramites burocráticos para a limpeza do trecho em questão do Rio Pataxó, parte da população do município, especialmente agricultores, resolveu protestar e fechou com troncos e pneus em chamas os acessos ao município na rodovia RN-118. Durante boa parte da manhã ninguém entrou ou saiu de carro de Ipanguaçu.



Formou-se na estrada uma longa fila. A polícia chegou rapidamente ao local, mas o movimento foi pacífico, não havendo registros de confusões ou prisões. O protesto só chegou ao fim quando o prefeito anunciou aos agricultores que havia recebido a autorização do IDEMA. “Esses agricultores tiveram diversos prejuízos causados pelas enchentes dos últimos anos. Alguns já amargam prejuízos por conta de alagamentos ocorridos esta semana, e acreditam que eles decorreram em função da não limpeza desse trecho do rio”, explicou o prefeito Leonardo Oliveira.

“Há anos que tentamos obter essa autorização junto ao governo do Estado. Em 2009 só nos foi autorizado limpar o trecho do Rio Pataxó que vai da comunidade Itú até a cerca de uma empresa. Realizamos essa limpeza dentro dos limites do orçamento da prefeitura e, nesse trecho, a água ainda não transbordou. Como a área não autorizada à época é de preservação ambiental, se mexêssemos na vegetação estaríamos cometendo um crime inafiançável”, completou o prefeito.

Limpeza do Pataxó é medida paliativa
Apesar de acalmar os ânimos dos agricultores ipanguaçuenses, a limpeza do Rio Pataxó é apenas uma medida paliativa. Mesmo que fosse realizada hoje, a cidade ainda continuarua correndo riscos de ser inundada caso o Rio Assú venha a transbordar. Como a sangria da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves pode acontecer a qualquer momento – o reservatório armazena hoje mais de 99% de sua capacidade – o risco de que o quadro atual se agrave nos próximos dias existe.


“Essa situação de ameaça à Ipanguaçu, que existe há várias décadas, só se resolverá definitivamente com a macrodrenagem do Rio Pataxó e a implantação de um dique no Rio Assú. Do contrário, só poderemos amenizar com realizações como a limpeza e a construção de desvios, como a parede que fizemos com recursos próprios e que desvia mais de 90% das águas do Pataxó que tentam invadir Ipanguaçu”, afirmou Leonardo Oliveira.

De acordo com informações da Defesa Civil e da Secretaria de Assistência Social de Ipanguaçu, as águas já desabrigaram aproximadamente 56 famílias e isolaram 11 comunidades: Santa Quitéria, Barra, São Miguel, Luzeiro, Cuó, Lagoa de Pedra, Itú, Picada, Porto, Salinas e Deus nos Guie.



A prefeitura e a Defesa Civil estão realizando a retirada dos móveis e demais pertences dessas famílias das casas invadidas pelas águas. A maioria preferiu se abrigar em casas de parentes. Até o início desta tarde pouco mais de 10 famílias estavam em abrigos municipais. “Todas as famílias estão recebendo assistência da prefeitura e da Defesa Civil, benefícios que vão de cestas básicas à assistência de saúde, por exemplo. Além disso, disponibilizamos canoas para o transporte em todas as comunidades isoladas. Estamos preparados para servir à população da melhor forma possível”, disse o presidente da Defesa Civil do município, Beto Rocha.




Texto/Fotos: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Ipanguaçu


Afiliada da Rede Globo no RN apresenta reportagem hoje sobre situação de Ipanguaçu


Uma equipe da InterTV Cabugi, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Norte, se deslocou até o município de Ipanguaçu com o objetivo de registrar em reportagem os transtornos causados ao município pelas águas do Açude Pataxó, que já desabrigaram cerca de 56 famílias.

A reportagem deve ir ao ar no RNTV 2ª edição, as 18h55.

Protesto para autorização de limpeza do rio Pataxó aconteceu em Ipanguaçu

Moradores do município de Ipanguaçu, distante a 210 Km da capital do estado, está passando por mais um ano o sofrimento com as causas das enxurradas que assolam o município.

Chegava à tarde desta quinta-feira, dia 28, mais de 56 famílias desabrigados ou desalojados que estão sedo assistidas pela prefeitura de Ipanguaçu e pela Defesa Civil do município em decorrência das águas do Açude Pataxó, que chegam a algumas localidades da cidade e invadem um número crescente de casas desde a última segunda-feira (25).

A comissão de Defesa Civil do município estiveram reunidos na manhã de hoje na Secretaria de Assistência Social, com o propósito de levantar as informações oficiais em que se encontra o município. Terminada a reunião foram apresentada a situação real em que se encontra, os bairros Ubarana, Manoel Bonifácio e Maria Romana, a situação esta se agravando já que os desabrigados passam de 56 famílias, deixando mais de 10 comunidades rurais ilhadas, com acesso somente por canoas.

Levando em consideração o agravo da situação a comissão encaminhou oficio recomendando ao prefeito municipal que seja decretado estado de emergência.

O prefeito Leonardo Oliveira recebendo a recomendação assinará esta tarde o decreto de emergência do município.

Protesto
Mas ainda na manhã de hoje, agricultores e moradores das áreas afetadas realizam um protesto na RN/118 nos dois sentidos da cidade (entrada e saída do município). Pneus, troncos, tratores e outros veículos interditaram a RN como forma de protesto contra a empresa de fruticultura no município. Chegava à quase 3km o congestionamento.
Os manifestantes dizem que a realização do protesto é contra a não autorização do IDEMA, por parte da limpeza da mata ciliar no rio pataxó.

“O IDEMA autorizou a Prefeitura limpar próximo a Finobrasa, só que a partir das terras das da empresa não houve autorização, com isso a água chega com uma velocidade grande não conseguindo passar porque o leito esta obstruído, como também uma passagem molhada que atrapalha ainda mais” afirmavam diversos agricultores e moradores que já foram afetados.

Os protestos acabaram por volta do meio dia, quando o Prefeito Leonardo Oliveira esteve na Finobrasa, conversando com os responsáveis para uma conversa sobre a situação.

Decidido
O secretario de Recursos Hídricos, o vice-governador Robson Farias, ainda está tarde enviará técnicos para vistoriar o local para decidirem se há como realizar a limpeza no trecho na firma.









Faltam 20 centímetros para Barragem Armando Ribeiro sangrar


Defesa Civil se prepara para possível ocorrência de inundação. Bombeiros realizaram mapeamento das áreas de risco e abrigos temporários.



Foto: Vlademir Alexandre
O Vale do Açu está em estado de alerta, pois, de acordo com informações da Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh/RN), faltam apenas 20 centímetros para a Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves começar a sangrar.

O reservatório tem 62 km de extensão e um paredão de 3,5 km, onde os três sangradouros medem juntos outros 600 metros. Quando ele transborda significa que o reservatório passou dos 2,4 bilhões de metros cúbicos de água, podendo até chegar a 3,2 bilhões.

Por esse motivo, a Defesa Civil do Estado está a postos para uma possível inundação. O sistema de alerta já foi preparado pelas autoridades de Assu, além do mapeamento das áreas de risco e o cadastramento dos abrigos temporários.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil do Estado, o coronel Josenildo Acioli do Corpo de Bombeiros do Estado, o primeiro passo foi dado e que fica a cargo da Defesa Civil do município é supervisionar e emitir o alerta.

“Eles estão a postos, para uma situação de inundação, porém, até o presente momento não foi emitido nenhum sinal de alerta. Caso seja necessário, nós daremos todo o suporte necessário para ajudar a população local”, explica o coronel.

Fonte: Nominuto.com

Fátima reivindica medidas estruturais que acabem com enchentes em Ipanguaçu


Da redação do DIARIODENATAL.COM.BR

Em discurso feito na manhã desta quinta-feira(28) no plenário da Câmara dos Deputados, a deputada Fátima Bezerra relatou a situação de calamidade pública em que se encontra o município de Ipanguançu, devido as enchente. “Segundo o prefeito Leonardo Souza, até ontem cerca de 40 famílias foram removidas de suas residências. Problema idêntico ao ocorrido em 2009, quando o nível do rio Pataxó também subiu, expulsando a população de suas casas, arrasando plantações e destruindo fazendas de criação de camarão, que ao lado da fruticultura é umas das principais riquezas daquela região”, explicou.

“Agora, volta esse antigo problema e, no momento, essas famílias, os agricultores, os fruticultores e carcinicultores, enfim toda a população, carece da atenção do poder público e espera ações concretas dos governos federal e estadual no sentido de que sejam tomadas providências de caráter estruturantes que possam evitar esses desastres”, afirmou.

Fátima Bezerra lembrou que já existem recursos do Ministério da Integração para o desassoreamento do rio Pataxó. Afirmou, também, que a construção de diques resolveria, por definitivo, o problema das enchentes em Ipanguaçu. Por fim, a deputada fez um apelo à governadora Rosalba Ciarline e o ministro da Integração, Fernando Bezerra, para que tomem as providências estruturais que protejam a população de Ipanguaçu e região das recorrentes enchentes.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Prefeitura e Defesa Civil abrigam famílias atingidas pelas águas do Açude Pataxó

No início da tarde de hoje (27) já chegava a 35 o número de famílias assistidas pela prefeitura de Ipanguaçu e pela Defesa Civil do município em decorrência das águas do Açude Pataxó, que chegam a algumas localidades da cidade e invadem um número crescente de casas desde a última segunda-feira (25).

De acordo com a Defesa Civil de Ipanguaçu, os bairros atingidos até esta tarde são dois: Maria Romana e Ubarana. A maioria das famílias que precisaram deixar suas casas optou por abrigar-se em casas de parentes, em áreas não alagadiças ou em municípios vizinhos. Por enquanto, apenas cinco famílias estão em abrigo da prefeitura do município, localizado na comunidade do Baldum. “A prefeitura e a Defesa Civil realizou o transporte de todas as famílias para o abrigo municipal ou para as casas de seus parentes, bem como retiramos de suas casas os seus móveis e demais pertences, todos devidamente armazenados até que esta situação se resolva”, informou Beto Rocha, presidente da Defesa Civil local.

A prefeitura de Ipanguaçu também está realizando triagens com essas famílias, através de diversas secretarias como as de Saúde, Educação e Assistência Social. O objetivo é dar a melhor assistência possível a esses cidadãos nesse momento de dificuldades. “Estamos cadastrando os dados de cada uma dessas famílias, de modo a permitir que essas crianças compareçam às suas aulas e que as famílias tenham todo o acompanhamento de saúde necessário, inclusive de psicólogos, se necessário. Além disso, todas receberão benefícios, como cestas básicas”, afirmou a secretária de Assistência Social Cristina Oliveira.

A preocupante situação de Ipanguaçu pode se agravar. Segundo previsão da Emater, as chuvas na região do Vale do Açu devem se estender até o mês de junho, com picos de precipitações ocorrendo até o mês de maio. Vale resaltar que entre janeiro e abril deste ano já choveu no município mais de 635 milímetros, pouco menos que o volume registrado no mesmo período em 2009, ano em que ocorreu a última grande enchente na região.

Além da sangria do Açude Pataxó, que aumentou mais de 56% de ontem para hoje, os ipanguaçuenses estão também preocupados com a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, que deve sangrar até o final da semana. “Faltam cerca de 34 centímetros para a sangria da Barragem. A nossa expectativa é que ela ocorra nos próximos dois ou três dias”, afirmou Fernando Santana, chefe do escritório local da Emater.

Com o transbordamento da Armando Ribeiro Gonçalves, agrava-se imediatamente o quadro em Ipanguaçu, com as águas podendo chegar inclusive ao Centro da cidade.

“Quadro poderia ser pior”, diz prefeito
As enchentes em Ipanguaçu têm causa conhecida: o assoreamento do Rio Pataxó. No entanto, apenas nos últimos dois anos começaram a ser tomadas providências no sentido de evitar esses transtornos. “Uma importante obra foi a construção, com recursos próprios do município, de uma parede com mais de 70 metros de extensão em 2009, que tem barrado mais de 90% das águas do Rio, redirecionando-as para outro ponto. Não fosse essa realização, a situação poderia ser bem pior neste momento”, apontou o prefeito Leonardo Oliveira.

Na visão do gestor municipal, o governo estadual tem sido omisso em relação ao município. “Foi elaborado um projeto de macrodrenagem do Rio Pataxó que resolveria esses problemas, no entanto o governo do Estado não deu prosseguimento. Dessa forma perdemos mais que esses importantes recursos financeiros: perdemos a preciosa oportunidade de trazer paz para o povo da nossa terra”, declarou.

O vice-governador do Estado, Robinson Faria, que também responde pela secretaria de Recursos Hídricos do RN (SEMARH), afirmou que anunciará em breve uma posição em relação aos problemas vividos por Ipanguaçu. “Estamos a par de toda a situação, que já dura anos a fio. Ipanguaçu foi um dos primeiro casos que tratamos na SEMARH. A questão é seria e demanda tempo, planejamento e recursos”, disse esta manhã.

 
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