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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Prefeitura de Ipanguaçu realiza entrega de certificados de curso de qualificação a remanescentes quilombolas

Determinação, mãos hábeis e orientação de profissionais capacitados. A união desses fatores culminou na tarde desta quarta-feira (03) na entrega dos certificados do curso de artesanato com a fibra da bananeira promovido pela Prefeitura de Ipanguaçu, município do interior do Rio Grande do Norte, para moradoras da Picada, comunidade remanescente de quilombo distante 07 quilômetros do centro da cidade.

O curso integra um conjunto de ações da Prefeitura que tem por objetivo capacitar as famílias do município para que possam gerar, por conta própria, renda e empregos de forma sustentável. Os recursos vêm do governo Federal, através do programa Bolsa Família. Foram 60 horas de aulas ministradas pelo Instituto Valer, uma ONG que já trabalha com esse tipo de produção na região do Vale do Açu. A produção engloba desde simples portas-copo à bolsas, tapetes e abajures.

“Estamos sendo reconhecidas pelos nossos valores, primeiro como remanescente quilombola no ano passado, condição na qual eu me reconheço, e agora com esse curso. Eu vou investir no artesanato, e agradeço muito pela oportunidade que foi oferecida à gente”, disse a jovem Francimaria Santos da Costa, de 23 anos, visivelmente emocionada.

De acordo com a secretária de Assistência Social, Cristina Oliveira, essa não é a primeira turma que é capacitada para esse tipo de trabalho no município, e não será a última. “A nossa expectativa é de que essas mulheres possam iniciar o trabalho com o artesanato, que tem um custo pequeno para a produção. E além de complementar a renda dessas famílias, o artesanato pode ser considerado como terapia ocupacional. Outra turma já formada tem vários casos de sucesso, por isso, pretendemos replicar essa experiência em breve”, diz a secretária.

Para o prefeito Leonardo Oliveira, a valorização das fibras naturais é um processo muito importante, que agrega valor a um produto da terra. "Em nossa região a bananeira é abundante e é bom que possa fornecer matéria prima para o artesanato. Essa atividade acaba por gerar trabalho e renda a um grupo considerável de pessoas. Vamos continuar investindo nas famílias para que elas possam criar seu próprio sustento, principalmente sem que precisem sair de suas comunidades”, afirma o prefeito.

Participaram da solenidade de entrega dos certificados, além do prefeito e da secretária de Assistência Social, o presidente da câmara de vereadores, Tunefis Morais; o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Jaires Azevedo; a representante da ONG Valer, Aparecida Liberato; a coordenadora do CRAS, Célia da Silva; e a projetista Glória Josefa, entre outros.

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