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sábado, 30 de janeiro de 2010

Turismo rural

Um povoado fascinante no meio do sertão


Dona Maria Igrácia, moradora nascida e criada na comunidade do Luzeiro, no município de Ipanguaçu.

“A vida aqui é uma beleza”, diz sorridente dona Maria Igrácia de Oliveira, viúva de 86 anos bem vividos na calmaria de Luzeiro onde moram cerca de 100 famílias. Espontânea, nossa entrevistada confessa que come de tudo e mesmo assim, o coração é saudável igualmente ao de seus 13 bisnetos.  

No local, fartura é o que não falta. Nos quintais das casas são cobertos por umbuzeiros, mangueiras, bananeiras, goiabeiras, coqueiros, cajueiros e tantos outros. O povoado no pé da serra pouco desbravada é um dos pontos referenciais de uma cidade que começa a ter consciência de suas possibilidades turísticas.

O sítio que já teve casa de farinha dispõe hoje de escolas, igreja, posto de saúde, quadra de esportes, energia, água encanada e serviço de telefonia. Se há alguém que acredita na prosperidade do Luzeiro, é pessoa é dona Irani Frutuoso, uma das filhas de Igrácia. Pedagoga com formação em Teologia, Administração e Letras, conhece bem o que é melhor para o povoado.



Por ora, Irani luta para não fecharem a escola que há décadas funciona no lugar. Ainda nos contou que o nome da localidade que antes era Cuó, foi ela que mudou para Luzeiro. “Um nome bonito em homenagem a uma antiga moradora que se chamava Maria do Luzeiro”. Explica.



Porta de entrada para o turismo



A cidade reconhece seus antepassados. Na área urbana tem um bairro chamado Maria Romana, em homenagem a uma jovem virtuosa e trabalhadora que foi degolada com uma navalha pelo seu marido, embaixo de um pé de juazeiro.

Para incrementar o excursionismo rural nesse pedaço de sertão, o prefeito da cidade, Leonardo Oliveira (PT) já pensa em executar investimentos em um memorial ou santuário com trilha para o alto da serra do Cuó/Luzeiro.

Pelo que a reportagem colheu, a população do local acha isso uma excelente idéia e mostra otimismo  quanto aos benefícios que o turismo trará para o desenvolvimento e a divulgação do belo lugar que certamente ainda será notícias em muitos jornais e revistas.     

Acesso fácil no corredor do vale

Na estradinha de barro que sai da RN 118 até o Luzeiro, grandes plantios de bananeiras fazem parte da paisagem. No meio do caminho está a passagem molhada por onde correm as águas do sangradouro do açude Pataxó. 
   
Cuó e Luzeiro não estão em área de risco e não tem perigo de serem alagadas, mas ficam ilhadas durante as enchentes devido ao rio Pataxó. São dez quilômetros assoreados por bancos de areia cobertos por uma vegetação que não permite o escoamento da água no leito normal.
 
Ipanguaçu é cercado por dois rios: Açu e Pataxó. Para evitar inundações ade existe uma solução que é fazer o desassoreamento dos mananciais. O trabalho já foi iniciado, mas não concluído. 

Escrito por Toni Martins.

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