As enchentes que atingiram o Rio Grande do Norte no início de 2008, aliadas aos problemas na economia mundial ao longo do ano, provocaram queda na produção do setor de fruticultura no estado. Com isso, a produção agrícola do estado totalizou mais de R$ 684 milhões naquele ano, passando a representar 0,5% do total do Brasil em 2008, enquanto em 2006 a produção agrícola norte-rio-grandense representava 0,7% da brasileira. Este e outros aspectos do setor foram divulgados através do estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), denominado Produção Agrícola Municipal (PAM) 2008, que investigou 64 produtos da agricultura nacional. Em 2008, o Rio Grande do Norte deixou de ser o principal produtor nacional de melão, após ter sido superado pelo Ceará. Naquele ano, a produção local foi de 100.584 toneladas da fruta, representando uma queda de 59,04% em relação ao que o estado havia produzido em 2006, quando o total foi de 245.555 toneladas. A redução no valor negociado foi ainda maior no período, uma vez que em 2006 havia sido negociado mais de R$ 138 milhões dois anos depois o total de R$ 53 milhões, caracterizando uma queda de 61,5%. Com o aumento dos investimentos, para atender à crescente demanda pelo álcool combustível, a cana-de-açúcar passou a ser o principal insumo produzido no estado. A produção de cana chegou a mais de R$ 145 milhões, correspondendo a 21,20% do total do valor da produção do estado, com uma área colhida de 65.894 hectares. De acordo com o analista sênior do IBGE, Ivanilton Passos, mercado interno é o grande responsável pela demanda do etanol, com o incremento dos carros bicombustíveis. O estado de São Paulo continua sendo o maior produtor nacional, concentrando 59,8% da produção nacional, com um total de 386,1 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Os quatro produtos que se destacaram no Rio Grande do Norte, após a cana, foram mandioca, abacaxi, melão e banana. Em 2008, foram produzidas 572 mil toneladas de mandioca, mais de 91 milhões de frutos de abacaxi, 100 mil toneladas de melão e mais de 115 mil toneladas de cachos de banana, em todos os municípios norte-riograndenses. A análise revela ainda que a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas no RN, entre os anos de 2007 e 2008, mostrou variação positiva de algodão, milho, feijão e arroz, ao mesmo tempo em que houve redução nas culturas da mamona e do sisal. Essa diminuição é atribuída a problemas anteriores relacionados ao escoamento da produção, além dos contratempos já citados, que atingiram as culturas como um todo.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
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