Comissão Especial da Câmara dos Deputados aprova a Lei Geral da Copa. Agora, o Projeto será encaminhado ao Plenário para dar o aval e em seguida enviado ao Senado para só então seguir à sanção presidencial.
O texto aprovado vai liberar o consumo e venda de bebidas alcoólicas nos estádios, durante a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014, além de permitir meia-entrada para idosos e a reserva de 300 mil ingressos populares para estudantes e beneficiários de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. A previsão é que os ingressos populares sejam vendidos a US$ 25,00 (cerca de R$ 43).
O deputado Vicente Candido (PT-SP), relator da comissão, lamentou que o tema da liberação de bebidas tivesse tomado tanto espaço nas discussões, visto que sete das doze cidades que sediarão a copa proíbem a venda de bebidas alcoólicas e enquanto o Estatuto do Torcedor não é claro nessa proibição.
Já os outros parlamentares, defenderam a liberação por entender que a vedação prevista no Estatuto do Torcedor precisa ser rediscutida. Outro ponto que causou muita discussão foi em releção à responsabilização do governo por qualquer incidente ou acidentes de segurança nos eventos.
O texto foi aprovado por 15 votos a 9 pelos deputados. A Federação Internacional de Futebol (Fifa) e o governo pretendem ver a proposta definitivamente aprovada até abril.
A aprovação da Lei Geral da Copa era requerida pela Fifa, que pediu diversas vezes pressa na resolução do tema. O secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, chegou a fazer uma declaração que os organizadores precisavam levar um "chute no traseiro" para realizar os preparativos.
Por conta disso, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, pediu à Fifa que Valcke não fosse mais o interlocutor da entidade com o governo. No entanto, Jérôme pediu desculpas e disse que foi mal interpretado.
Por Lara Paiva
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