i

sábado, 15 de outubro de 2011

Dilma afirma que Brasil não pagará pela crise

presidenta_DilmaBrasília - Ao discursar ontem (14) em Porto Alegre, a presidenta Dilma Rousseff disse que o Brasil não irá pagar por uma crise financeira gerada por outros países e que é preciso ter a "humildade de cooperação" com os que estão enfrentando o problema.

"Não, não vamos deixar que o Brasil pague por uma crise que não é dele", destacou durante o discurso de assinatura do Plano Brasil sem Miséria com governadores da Região Sul.

A presidenta citou o Fundo Monetário Internacional (FMI), ao lembrar que o país passou de devedor a credor do fundo e disse que possivelmente o Brasil terá maior participação na instituição e, assim, não aceitará que alguns critérios que foram impostos pelo FMI ao Brasil, no passado, sejam impostos a outros países.

Dilma reiterou também que a maior arma do país para enfrentar a crise é a força do mercado interno. "Como nossa raiz está no nosso mercado interno, nossa capacidade de resistência é muito elevada", disse.

Na avaliação de Dilma, países que enfrentam dificuldades financeiras passam por processo semelhante ao da dívida brasileira, a partir de 1982. "Vivemos nossa crise da dívida soberana e aprendemos muito com o que foram duas décadas sem crescimento."

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o programa vai buscar retirar 716 mil pessoas da miséria no Sul do país. Os três estados da região - Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina - têm 61% da população mais pobre concentrada na área urbana.

Presidenta busca estreitar relações com a África e ÍndiaNa primeira viagem à África, a presidenta Dilma Rousseff busca estreitar a cooperação com o continente e também com a Índia, ao participar, na terça-feira (18), da 5ª Cúpula do Ibas - grupo que reúne Índia, Brasil e África do Sul. Na agenda da próxima semana, também estão encontros com empresários brasileiros que investem na África. Ela visita três países: África do Sul, Moçambique e Angola.

Em Pretória, capital política da África do Sul, os três países vão tratar de projetos de cooperação. "Os governos da Índia, do Brasil e da África do Sul dão prioridade à cooperação Sul-Sul, com o objetivo de gerar contribuições efetivas no combate à desigualdade e a exclusão social", explicou o porta-voz da Presidência, Rodrigo Baena.

Ao final, os três presidentes divulgam comunicado conjunto. Dilma também irá se reunir com o presidente da África do Sul, Jacob Zuma.

O segundo país que Dilma vista é Moçambique, na quarta-feira (19). Na capital Maputo, ela se reúne com o presidente Armando Guebuza e se encontra com empresários brasileiros que vivem em Moçambique. Atualmente, o país africano é o maior beneficiário da cooperação brasileira, com destaque para as áreas de saúde, educação, da agricultura e de formação profissional.

O último destino será Angola, na quinta-feira (20). Em Luanda, Dilma terá encontro com o presidente angolano, José Eduardo Santos, seguido de reunião com a participação de ministros. Ela estará também com as ministras de estado angolanas.

Os laços brasileiros com a Angola decorrem de o Brasil ter sido o primeiro país a reconhecer o governo independente angolano, em 1975. O país é um dos principais parceiros comerciais do Brasil na África. O Brasil investe em Angola, principalmente no setor da construção civil e nas áreas energética e de exploração mineral.

Ainda estão em negociação acordos de cooperação técnica com os governos de Moçambique e de Angola. Com esse último, no combate ao tráfico de drogas, geologia e minas e de Previdência Social.
Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Nenhum comentário:

 
Design by Wordpress Theme | Bloggerized by Free Blogger Templates | Macys Printable Coupons