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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Concurso deve ser feito até novembro

O Governo do Estado tem até o dia 20 de novembro próximo para realizar o concurso para professor da rede estadual de ensino. A decisão saiu depois de nova audiência de conciliação realizada na terça-feira, 13, na 4a. Vara da Fazenda Pública da comarca de Natal, entre o Ministério Público do Rio Grande do Norte e os representantes do Governo.
O Ministério Público exige que até o dia 12 de outubro seja contratada a empresa responsável pelo certame e que os aprovados já comecem a trabalhar no primeiro dia de aula do ano letivo de 2012. A Promotoria de Educação havia estipulado um prazo, anteriormente, em março, para que o concurso fosse realizado em maio. Como o termo não foi cumprido, o órgão buscou novo entendimento.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Rio Grande do Norte (SINTE), o Estado tem um déficit de 3.500 professores, o que vem dificultando a conclusão do ano letivo e deixando muitos alunos sem aula. Faltam professores em todos os setores, desde o ensino básico até o ensino médio, com maiores problemas nas disciplinas de Química, Física e Matemática. "Há mais de 10 anos não é realizado concurso para professor do 1° ao 5° ano. Esse setor funciona praticamente com professores contratados", disse o coordenador José Teixeira.

De acordo com ele, todos os dias são contratados professores para dar conta das aulas, no entanto praticamente no final do ano letivo 2011, ainda existem disciplinas sem professor em muitas escolas. "O concurso resolve a falta de professores", garante o coordenador.

A diretora da 15a. Diretoria Regional de Educação (DIRED), sediada em Pau dos Ferros, Maura Cavalcante Moraes de Sá, explica que o problema é muito maior do que apresentado. De acordo com ela, o governo Rosalba já fez, pelo menos, cinco convocações de temporários, mas não tem gente suficiente para ocupar as vagas.

O problema, segundo ela, é que as pessoas selecionadas são, geralmente, de lugares onde não existem vagas. "Esse é um quebra-cabeça difícil que precisa de uma análise muito apurada para que se tenha um diagnóstico completo", disse Maura.

No município de Alexandria, faltam professores de Química e Matemática. Em José da Penha, os dois substitutos que deveriam estar atuando nessas áreas desistiram de assumir as vagas após a convocação. Eles participaram de seleção pública para substitutos em 2010, mas como demoraram a ser chamados, alegaram outros compromissos.

Enquanto não é realizado concurso, a saída são os contratos temporários, horas suplementares e estagiários. À Regional de Pau dos Ferros foram disponibilizadas 30 vagas para estágio, mas, segundo Maura, a Secretaria Estadual de Educação mandou contratar quantos forem preciso. "Mesmo assim, não temos gente para ocupar esses espaços. As greves foram os maiores impeditivos", completou.

Fonte: Jornal DE Fato

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