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domingo, 15 de agosto de 2010

Nominuto pergunta: "Qual a sua proposta para a saúde no RN?"



Candidatos destacaram a construção de um novo hospital e melhorias no atendimento de urgência como as principais propostas.



Melhorar a saúde é melhorar a qualidade de vida das pessoas e por isso, o tema saúde foi escolhido como pergunta endereçada aos candidatos ao Governo do Estado esta semana. O Rio Grande do Norte possui atualmente um serviço de atendimento à população feito através de unidades básicas de saúde, hospitais de atendimento em urgência e emergência e unidades de pronto atendimento espalhadas no Estado.

Para apresentar o que cada candidato planeja para o setor, o 
Nominuto perguntou: "Qual a sua proposta para a saúde no RN?" e destaca as propostas e o foco de cada um, como por exemplo a construção de novos equipamentos para atender à crescente demanda. 

Leia a propostas dos candidatos:








Iberê Ferreira (PSB) - Na saúde tenho um compromisso que vem antes de qualquer outra coisa por sua própria urgência: a construção de um segundo pronto-socorro com capacidade de 350 leitos, a mesma universalidade de atendimento e a mesma capacidade do Clóvis Sarinho. Com isto vamos poder adotar uma modernidade em termos de administração hospitalar: dividir o atendimento em estruturas abertas e fechadas. Abertas para urgências e emergências; fechadas para a medicina de complexidade. Com duas estruturas de pronto-socorro deixaremos o Walfredo Gurgel cumprindo a sua missão de hospital geral. Vamos implantar Unidades de Pronto-Atendimento (UPAS), em São Gonçalo do Amarante, Ceará Mirim, Macaíba, São José de Mipibu, Santa Cruz, João Câmara, Canguaretama, Assú, Currais Novos, Caicó e Pau dos Ferros, mantendo parcerias com a União e os Municípios. Vamos estadualizar o Samu que prestará atendimento a todas as cidades do Estado. Os hospitais regionais serão reequipados. Vamos realizar concursos para contratar, qualificar e treinar pessoal de nível técnico e superior dentro das especialidades necessárias. Vamos expandir o serviço da Unicat com unidades de distribuição em cada região e implantar uma grande central de marcação de consultas. Vamos cuidar das pessoas que hoje já estão melhor alimentadas, mas ainda precisam de uma boa assistência médica. Precisamos da medicina curativa para ouvir e curar as queixas dos doentes, mas também precisamos de uma política eficiente de saúde preventiva e nutrição. 






Rosalba Ciarlini (DEM) - A Saúde do RN está longe de atender às necessidades da população. Mas é possível melhorar a qualidade da saúde pública do RN. Fiz isso quando estive no poder executivo e recebi um prêmio da Organização Mundial de Saúde pela implantação da primeira Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Brasil, que hoje serve de modelo para todo país. E Mossoró, durante minha gestão, teve a saúde municipal considerada pela OMS como a 13ª melhor do Brasil. O que sinto na saúde é que falta gestão, para melhorar e humanizar o atendimento. A maioria dos hospitais regionais está desestruturado. Há hospitais no interior onde há 10 anos não se realiza um parto. É um fato inaceitável. Já na capital, pretendo de imediato construir um novo hospital geral que funcionará na região Oeste de Natal. Vamos também apoiar a ampliação do Hospital dos Pescadores, em Natal. E construiremos o Hospital Escola materno-infantil de Mossoró, vinculado a UERN, para atender à demanda da região Oeste. Vamos criar o programa Município Nota 10, em que teremos metas de desempenho a serem cumpridas. Vamos premiar quem atingir essas metas, dar um selo de qualidade e os profissionais serão reconhecidos pelo mérito. Vamos implantar um programa itinerante, o Saúde em Movimento, para suprir a demanda reprimida com relação a cirurgias eletivas e a consultas em algumas áreas específicas. Enfim, priorizaremos a saúde como uma das principais necessidades básicas do cidadão. Nossos hospitais, nossas unidades de saúde, serão lugares de acolhimento das pessoas, e não de rejeição, como acontece hoje.







Carlos Eduardo (PDT) - A solução para o problema da Saúde no Rio Grande do Norte passa necessariamente por dois pontos: o aumento dos recursos e a capacidade de dialogar com os municípios. É preciso melhorar a prevenção, vigilância sanitária e atendimento em todos os níveis de complexidade e acabar com as desigualdades regionais. Nós vamos consolidar o processo regionalização do SUS e fortalecer o controle social dos conselhos de saúde. Vamos nos antecipar à regulamentação da Emenda 29 e aplicar 12% da nossa receita em gastos específicos para a Saúde. Daremos total apoio aos municípios para que eles assumam completamente o atendimento da atenção básica – inclusive com atendimento médico 24h -, executem o reconhecimento epidemiológico do seu território e exerçam as ações básicas de vigilância. Vamos estabelecer pactos com as prefeituras para construir e manter centros de diagnóstico, atendimento e procedimentos de média e alta complexidades nas regiões do estado. Mossoró, que ainda não possui maternidade pública, terá a sua maternidade. Vamos recuperar o salário dos profissionais de saúde, garantir a sua formação continuada e instituir uma política de incentivo ao atendimento no interior. Por fim, é preciso dizer que a Saúde não pode ser pensada isoladamente, mas inserida num planejamento de desenvolvimento humano com ações integradas na Educação, Infraestrutura, Saneamento Básico, Habitação e Transporte. Conheça as nossas propostas aqui www.carloseduardo12.com.br





Bartô Moreira (PRTB) - Um dos maiores problemas que a população menos favorecida enfrenta hoje no RN é a falta de assistência. Não existe uma política de preocupação eficaz com esse sistema, no entanto as pessoas permanecem nos corredores dos hospitais e morrendo sem atendimento. É necessário que se crie mecanismos de incentivos para os trabalhadores dessa área, qualificando servidores, e dando-lhes os valores que merecem financeiramente. Nós pretendemos implantar um sistema inovador pensando no futuro, construindo hospitais de alta, média e pequena complexidade em todas as regiões do estado, para atender os municípios daquelas regiões, inclusive com atendimento pediátrico e obstetra, só assim desobstrui os hospitais da Capital. Vou criar centros de atendimento odontológico, para atender com eficiência a nossa população. Criaremos um sistema de atendimento através de hospitais privados, fazendo convênios, com a obrigatoriedade de atendimento imediato desde que o hospital de atendimento não tenha capacidade de absolver o paciente. Implantar o sistema de atendimento vinte quatro horas(24hs) em unidades de saúde de todos os municípios do Rio Grande do norte, através de parcerias com as prefeituras e com a iniciativa privada de saúde de cada município de acordo com suas potencialidades. Criação de um hospital geriátrico, com atendimento especifico para tratamento de idosos, bem como estabelecer a criação do sistema fisioterapeuta da família, onde profissionais atendam pacientes em sua residência. Esse o nosso projeto para saúde do nosso estado.




Simone Dutra (PSTU) - A situação da saúde pública no RN é de descaso e abandono. Apesar do crescimento econômico, isto não se reverteu para que o Estado tivesse uma saúde de qualidade para população. Ao contrário, a destruição dos serviços públicos, junto com a ausência de investimentos na saúde, revela índices de mortalidade e aumento do número de doenças no Estado. No RN a média de mortalidade materna é de 60 óbitos para 100 mil nascidos vivos, três vezes maior do que a taxa tolerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A mortalidade infantil é de 33 por mil nacidos vivos, a 5ª maior taxa do Nordeste. Os hospitais regionais no interior estão sucateados e não há centros de exames e assistência especializados, concentrando o atendimento na capital. Nos hospitais é constante a falta de medicamentos, alimentos, sabão, papel, álcool, hipoclorito, reagentes para exames, equipamentos, leitos e profissionais. A falta de leitos de UTI faz com que pacientes graves morram todos os dias. Faltam cerca de 4 mil profissionais de saúde na rede estadual. A maioria dos serviços de saúde do RN funciona hoje com a superexploração dos servidores por meio de banco de horas. Grande parte dos recursos do SUS vão para a rede privada de saúde através da compra de serviços, principalmente nos exames e assistência especializadas, uma vez que o Estado não dispõe de uma rede própria de média e alta complexidade que atenda à demanda da população. Para modificar a realidade da saúde, propomos: um sistema de saúde público e estatal, contra as terceirizações e privatizações; triplicar as verbas para a saúde investindo no mínimo 6% do PIB nacional; descentralização da média e alta complexidade com a criação de Centros de Terapia e Diagnóstico estatais em Natal e interior. 





Sandro Pimentel (PSOL) - No RN, todos os hospitais regionais atendem precariamente. Os últimos governantes irresponsavelmente transferiram a gestão de diversos hospitais para prefeituras, sem qualquer competência para administrar. Nossa saúde está na UTI. Defendemos o fortalecimento do SUS. Converteremos a saúde pública como prioridade do nosso governo. Ampliaremos a contratação de médicos e equipe de enfermagem. Estabeleceremos a carga horária de 30h para a enfermagem. Lutaremos incansavelmente pela aprovação da EC 29 que garante orçamento da união em no mínimo 10% para a saúde. Todos os parlamentares do RN têm sido contrário, absurdo. Nosso foco principal será a prevenção. Construiremos mais dois hospitais exclusivos para pacientes que sofrem de distúrbios psíquicos de comportamento, com atendimento por 24 horas. Teremos serviço especializado no tratamento da dependência química sintonizado com as últimas tendências mundiais em desintoxicação química. O dependente não será tratado como marginal, mas como doente. Construiremos leitos especiais para a fase de desintoxicação, incluindo redução de danos e reinserção social. Construiremos dois Centros de Referência a Saúde do Idoso (CRESI) que serão tratados com exclusividade e não como indigentes, como ocorre no governo atual. Construiremos uma unidade estatal de produção de medicamentos. Desenvolveremos políticas que garantam os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, incluindo na rede estadual as condições para a realização do aborto legal, com atendimento humanizado, acompanhamento psicológico e assistência social, e o acesso a contraceptivos gratuitos, sobretudo à pílula do dia seguinte. Todos os recursos públicos destinados à saúde serão direcionados ao setor público, com isso fortaleceremos e ampliaremos o sistema público atual. Vamos estimular os servidores através do PCCS, de modo a garantir não apenas melhorias salariais, mais também atendimento prioritário a saúde e Qualidade de Vida no Trabalho. 


Fonte: Nominuto.com/Por Marília Rocha

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