Os técnicos do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (IDEMA), apoiados por agentes federais e da Polícia Militar, fecharam os balneários do Açude Itans, em Caicó, além de aplicar multas de até R$ 160 mil por desobediência.
A fiscalização do Idema e Ibama tem o respaldo da Procuradoria da República e da Justiça Federal, com sede em Caicó, e tem como objetivo evitar a poluição do reservatório que abastece a cidade. A área do Açude Itans pertence ao Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), com escritório em Assú. "Aquelas áreas é tudo do DNOCS", afirma Geraldo Magela.
O trabalho de fiscalização das áreas do Dnocs ocupadas irregularmente vai se estender também aos açudes Armando Ribeiro Gonçalves, no Vale do Açu, e Gargalheiras, em Acari. Para cada região, existe uma situação distinta. Em Caicó, além dos balneários que recebiam grande quantidade de pessoas nos finais de semana, também existiam até criações de porcos. Todos foram retirados por determinação da Justiça.
O trabalho do Ibama foi duramente criticado pelo deputado federal João Maia, do PR. Segundo ele, o superintendente do Ibama, Alvamar Queiroz, está apenas querendo aparecer com a fiscalização. Ele quer a mobilização da classe política do Seridó para reabrir os balneários. Entretanto, os fiscais do Ibama, Idema, com respaldo da Procuradoria da República, são todos contra. Dizem que a missão é proteger os reservatórios de água doce da poluição. "Só pode construir e assim mesmo com muitas restrições, em áreas distantes, 100 metros da margem da maior sangria", explica Geraldo Magela.
Jornal De Fato
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