No termo de interrogatório, Gilmar da Montana diz que entregou R$ 1 milhão ao senador potiguar
A divulgação, ontem, por parte das redes sociais, do termo de interrogatório do empresário Gilmar de Carvalho Lopes, proprietário da Montana Construções, até então mantidas em sigilo, do processo da Operação Sinal Fechado, trouxe novidades para o caso, que foi deflagrado pelo Ministério Público no fim de novembro do ano passado.
Senador, citado por Gilmar da Montana, teria recebido R$ 1 milhão do consórcio. Foto: Monique Renne/CB/D.A Press |
De acordo com o documento, datado de 24 de novembro de 2011, e assinado por Gilmar e pelos promotores de Defesa do Patrimônio Público Eudo Rodrigues Leite e Rodrigo Martins da Câmara, o senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, teria recebido em seu apartamento do Morro Branco, o advogado George Olímpio, acusado de comandar o esquema de corrupção no programa de inspeção veicular do Detran. Nesse encontro, ainda segundo o termo de interrogatório, estavam presentes Carlos Augusto Rosado, marido da governadora Rosalba Ciarlini, que teria testemunhado o recebimento, por parte do senador,de R$ 1 milhão destinado à campanha eleitoral de 2010.
O nome de José Agripino não constou originalmente da denúncia, porque o Ministério Público não tem competência para investigar o senador. Por isso, o depoimento de Gilmar foi encaminhado à Procuradoria Geral da República, em Brasília. Desde então, as investigações estão a cargo do procurador geral Roberto Gurgel.
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Paulo Nascimento/Diário de Natal
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