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quarta-feira, 3 de junho de 2009

Mossoroense é uma das vítimas do voo 447.






França vai investigar as causas do acidenteParis,
São Paulo e Washington, 02 (AE) -


O governo francês conduzirá as investigações sobre as causas do acidente com o Airbus 330-200 da Air France, que fazia a rota do Rio de janeiro a Paris e caiu no Oceano Atlântico com 228 pessoas na madrugada da segunda-feira, 1º de junho. A informação partiu do ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim. Segundo ele, outros países poderão ajudar nas investigações. Segundo a Associated Press, Alain Bouillard, especialista que investigou o acidente com um Concorde na França em julho de 2000, foi nomeado chefe da comissão que investigará o acidente do voo 447.Nesta terça-feira, Jobim confirmou no Rio de Janeiro que aviões C-130 da Força Aérea Brasileira (FAB) localizaram mais cedo destroços do Airbus, que transportava 228 pessoas, a 1.200 quilômetros de Recife (PE), em alto mar. As chances de encontrar sobreviventes do desastre neste momento, disse em Paris o ministro dos Transportes da França, Jean-Louis Borloo, são "mínimas, mesmo inexistentes". Borloo disse que o Airbus 330-200 é um "dos aviões mais confiáveis" e que para a aeronave ter caído deve ter acontecido "uma sucessão de eventos extraordinários que possam explicar essa situação".O ministro da Defesa da França, Hervé Morin, disse que não existem sinais de que tenha ocorrido um atentado terrorista, mas também não descartou a hipótese."Não existe a menor dúvida de que os destroços são do avião da Air France", disse mais cedo Jobim. O ministro afirmou que a convenção da Organização de Aviação Civil Internacional da Organização das Nações Unidas (ONU) determina que as investigações sejam feitas pelo país de registro da aeronave, no caso a França.Os militares dos Estados Unidos se juntaram nesta terça-feira à busca por destroços do Airbus 330-200. O comando do sul dos EUA informou que um avião P-3C Órion, de patrulha naval, participará das buscas a partir da noite desta terça-feira, quando decolar do Nordeste do Brasil. Jose Ruiz, porta-voz do comando do sul das forças militares dos EUA, disse que o avião de patrulha naval foi enviado ao Brasil com tripulação de 21 pessoas, onde chegou nesta terça-feira, após ter partido de El Salvador.A aeronáutica brasileira também encontrou mais tarde nesta terça-feira outros destroços do avião, como fios e partes metálicas boiando sobre o mar. Não foi encontrado até agora nenhum sobrevivente e também nenhum corpo.MISSA EM PARIS Uma cerimônia ecumênica em homenagem às vítimas do acidente envolvendo o Airbus 330 da Air France no Oceano Atlântico será realizada amanhã (quarta-feira) na Catedral de Notre-Dame, em Paris, anunciou nesta terça-feira a companhia aérea em sua página na internet.De acordo com a Air France, a cerimônia começará às 16h locais (11h em Brasília). Os familiares e amigos das vítimas serão contactados individualmente pela companhia aérea, prossegue o comunicado.




Lula quer mais informações antes de decretar luto oficialBrasília, 02 (AE) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, em conversas por telefone com assessores, que não vai decretar luto oficial enquanto não receber da Aeronáutica e da Marinha informações mais precisas sobre o acidente do avião da Air France que fazia rota Rio-Paris, ocorrido na madrugada de segunda-feira (01). Segundo esses assessores, o presidente não deseja, com essa decisão, alimentar esperanças de que haja sobreviventes do acidente. Apenas pede cautela neste momento.Lula, que está em visita na Guatemala, disse que pretende participar de ato ecumênico em homenagem aos passageiros desaparecidos do voo AF 447 assim que retornar ao País. Assessores da Presidência da República dizem que há uma pressão para que o governo reconheça logo a morte dos passageiros e dos tripulantes do voo. Mas Lula prefere, primeiro, dar atenção ao trabalho desenvolvido pelas Forças Armadas. Nesta terça-feira (02), o presidente foi informado que foram vistos destroços que podem ser do Airbus a 650 quilômetros do arquipélago de Fernando de Noronha.




Especialista da OMM rejeita tese de que raio derrubou aviãoGenebra, 2 (AE) - A região do Atlântico entre o Brasil e África é um dos locais com menor índice de informações meteorológicas do planetaO alerta é de Herbert Puempel, chefe da divisão de aeronáutica da Organização Mundial de Meteorologia (OMM), que destaca porém que dificilmente apenas um fator - como um raio - tenha levado o avião da Air France a uma eventual queda. Segundo ele, há uma preocupação que mudanças climáticas gere no futuro um número cada vez maior de problemas para aviões. A OMM se reunirá amanhã em Genebra com representantes do Comando da Aeronáutica para saber como é que a entidade responsável pelo monitoramento do clima no mundo pode ajudar nas investigações. Puempel, um dos maiores especialistas em questões relacionadas ao clima e condições de voo, confirmou à reportagem que dois aviões que passaram pela mesma rota que faria o Airbus da Air France naquela noite emitiram automaticamente informações meteorológicas ao sistema de computação da entidade. Mas os jatos - ambos da Lufthansa - não estavam equipados para passar informações sobre turbulência. Apenas dados sobre a qualidade do ar e outros dados foram repassados. Hoje, a OMM confirmou que o avião da Air France não fazia parte do sistema que automaticamente registra turbulências ou qualquer outra informação meteorológica. "É uma região difícil do globo, afetada por uma convergência das frentes no hemisfério norte e sul", afirmou Puempel. "As tempestades costumam ser de alta intensidade. Mas, hoje, a única forma de saber a situação da região é por meio de satélites e de aviões que passam pelo local Isso ainda não está sendo suficiente para que possa ter todas as informações necessárias sobre tempestades", disse.



Um mossoroense no voo 447

Esdras MarchezanDa Redação.

O pesquisador Soluwellington Vieira de Sá:

Mossoroense embarcou no voo 447.


Quando viu na manhã de segunda-feira, 1º, a logomarca da empresa aérea Air France estampada nas emissoras de televisão, a sobrinha do pesquisador de petróleo mossoroense Soluwellington Vieira de Sá, 40 anos, lembrou que a imagem era a mesma da etiqueta colada na bagagem do tio, que no sábado, 30, havia saído de Baraúna com destino ao Rio de Janeiro, para pegar um voo no domingo, 31, rumo à capital da França. Minutos depois, veio a confirmação de que a lembrança não era apenas coincidência: Soluwellington Vieira era um dos 228 ocupantes do voo 447 da Air France.De Paris, o mossoroense pegaria outro voo com destino ao Cairo, no Egito, onde começaria mais uma temporada de 45 dias em alto-mar, fazendo pesquisas em busca de petróleo a serviço da empresa Grant Geophysical Brasil, na qual Soluwellington trabalhava havia cinco anos e dez meses.A confirmação da presença dele no voo foi feita à família ainda na manhã de segunda-feira por funcionários da Grant. Desde então, ninguém tira os olhos da televisão na casa onde moram os pais dele, no sítio Juremal, em Baraúna. Quando souberam da notícia, os pais do pesquisador, Solon Henrique de Sá, 81 anos, e Francisca Vieira de Sá, 69 anos, passaram mal e tiveram de ser atendidos no hospital da cidade.Ontem, a mulher dele, Regiene Rocha de Sá, e o irmão Solon Henrique Júnior embarcaram em um voo em Natal com destino ao Rio de Janeiro, onde se juntaram aos demais familiares dos passageiros do voo 447 que estão em um hotel, por conta da Air France, para receber informações sobre as buscas à aeronave.O sábado passado marcou o último dos 20 dias de folga do pesquisador, aproveitada com os pais, os irmãos, a mulher e as duas filhas - uma de oito e outra de quatro anos de idade. "Sempre que ele vinha de folga ele aproveitava para ficar com a gente. É tanto que ele alugou a casa onde ele morou com a família por muito tempo, em Areia Branca, para vir morar aqui em Baraúna, perto dos pais da gente", disse Solange Vieira de Sá, irmã de Soluwellington.No domingo, por volta das 17h, ele fez o último contato com alguém da família. Por telefone, falou com a mulher e disse que já estava no Aeroporto Internacional Tom Jobim, esperando a hora do embarque no Airbus da Air France. "Ele sempre ligava do aeroporto, antes de entrar no avião", disse a sobrinha Valeska Maia. Às 19h30 o voo partiu.Nascido em Mossoró, Soluwellington Vieira de Sá morou mais de 15 anos na cidade de Areia Branca, com a mulher e as duas filhas. A busca por cursos na área de petróleo e gás dotou o mossoroense de uma experiência que abriu oportunidades de trabalho em empresas da área.Com um grupo de mais seis amigos - todos de Areia Branca -, Soluwellington ingressou na Grant para atuar no ramo de pesquisa de prospecção de petróleo no litoral brasileiro e, mais recentemente, no Egito.


Casal planejava viajar a Fernando de NoronhaO último contato do Airbus da Air France foi feito quando a aeronave passava pela região do arquipélago de Fernando de Noronha. A área é a mesma onde as autoridades brasileiras concentram as buscas aos destroços do avião.Para o mossoroense Soluwellington Vieira, o local onde as autoridades acreditam ter acontecido a queda da aeronave era um "sonho de consumo" agendado para se realizar. Com várias milhas aéreas acumuladas por causa das viagens a trabalho que fazia durante todo o ano, o mossoroense pretendia aproveitar alguma das próximas folgas do trabalho para viajar com a mulher para o arquipélago e conhecer as belezas naturais."Ele já tinha dito que ia aproveitar as milhas aéreas para viajar até Fernando de Noronha com a mulher. Por coincidência do destino foi exatamente onde ele e os outros (passageiros) sumiram com o avião", conta, segurando as lágrimas, uma das irmãs do pesquisador.




Acidentes anteriores vitimaram potiguaresSeis potiguares estavam entre as vítimas dos dois últimos grandes acidentes aéreos ocorridos no espaço brasileiro.Em 29 de setembro de 2006, 155 pessoas morreram depois de um Boeing 737-800 da Gol Linhas Aéreas, que fazia o voo 1907, entre Manaus (AM) e o Rio de Janeiro (RJ), se chocar com um jatinho Legacy e cair na zona rural do município de Peixoto Azevedo (MT). Entre as vítimas estavam os irmãos Lavoisier Maia e Maria Zilda Maia, que eram do município potiguar de José da Penha e moravam em Manaus. Os dois estavam vindo à cidade natal para participar da festa da padroeira, quando morreram no acidente.No dia 17 de julho de 2007, um avião da TAM Linhas Aéreas, com 176 passageiros, não conseguiu pousar corretamente no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), e explodiu depois de atingir um depósito de cargas da TAM. Entre os mais de 200 mortos estavam o empresário potiguar Ivanaldo Cunha, 51 anos, sua mulher Zenilda Otília, 44 anos, e os dois filhos do casal, Caio Felipe, 13 anos, e Ana Carolina, 10 anos. A família morava em Natal e retornava de uma viagem de férias a Gramado (RS), quando morreu no acidente.



Apenas 4 minutos para o desenlace da tragédia
Bruno Tavares e Daniel
GonzalesDa Agência Estado

São Paulo, 02 (AE) - As mensagens automáticas recebidas pela sede da Air France, em Paris, indicam que a tragédia do voo 447 da Air France se desenhou em apenas 4 minutos. O primeiro sinal de um possível problema a bordo chegou às 23h10 (hora de Brasília) do domingo (31), dando conta de que o piloto automático do Airbus A330-200 havia se desconectado. As mensagens seguintes apontam para uma sucessão de graves panes em alguns dos principais computadores do jato. O último alerta foi emitido às 23h14: "cabin vertical speed" (cabine em velocidade vertical, na tradução do inglês). A informação final, dizem investigadores militares, pode ter duas leituras: queda livre ou uma repentina despressurização da cabine. Como a tripulação do A330 não fez qualquer tentativa de comunicação por rádio e nem a companhia recebeu outros alertas, o mais provável é que esse seja um "indício técnico" de que o avião caiu no Oceano Atlântico.A sequência de mensagens, obtidas pela reportagem, começou às 23 horas, 20 minutos antes do horário previsto para o Airbus ingressar no espaço aéreo do Senegal, na costa oeste da África. Por meio do sistema Acars (sigla em inglês para Sistema de Comunicação e Reporte), a tripulação informou por escrito à companhia aérea que atravessava uma área sobre cumulus nimbus - área de instabilidade formada por nuvens carregadas de eletricidade, no interior das quais ocorrem rajadas de ventos e tempestades com possibilidade de relâmpagos. Até então, não havia nada de anormal.Dez minutos depois, o Acars dispara uma mensagem automática indicando que o piloto automático havia se desconectado. A ação pode ter sido uma iniciativa dos pilotos ou dos próprios sistemas do avião, que "devolvem" os controles para a tripulação sempre que detectam falhas críticas, como uma divergência de cálculos entre o piloto e o copiloto automáticos. Imediatamente, outra mensagem informa que o fly-by-wire (sistema eletrônico de controles das superfícies móveis do avião) passou para o regime de alternative law - um dos estágios da intrincada rede de "proteção por envelopes" dos modelos Airbus.




Dançarina veio para o Brasil passar férias com as amigasSão Paulo, 02 (AE) - Uma médica e dançarina da conceituada companhia irlandesa Riverdance era uma das passageiras do voo AF 447 da Air France que desapareceu na noite de domingo quando ia do Rio para Paris. Eithne Walls, de 29 anos, veio ao Brasil para aproveitar duas semanas de férias com as amigas da época de faculdade, as também médicas Aisling Butler, de 26 anos, e Jane Deasy, de 27. As duas também estavam no avião.Eithne era dançarina artística e de competições. Ela ganhou medalhas em eventos na Irlanda e também no exterior. Em 2000, Eithne entrou para o Riverdance, companhia musical irlandesa que se tornou famosa pelos rápidos movimentos do tronco realizados pelos seus dançarinos, enquanto os braços e pernas pouco se mexem nas evoluções.Eithne permaneceu quase cinco anos no elenco principal da companhia e participou de apresentações no Music City Hall, em Nova York, em Xangai e nas principais cidades europeias. Ela também ficou um ano em cartaz na Broadway, em Nova York, e outra temporada no Gaiety Theatre, em Londres. A dançarina deixou o elenco principal da companhia para estudar Medicina na Universidade Trinity, onde se formou em 2007 No entanto, ela ainda praticava dança nas horas vagas e permanecia realizando espetáculos periodicamente com o Riverdance. Atualmente, ela atuava no Hospital dos Olhos e Ouvidos de Dublin.Foi na faculdade que Eithne conheceu as amigas que viajaram com ela para o Brasil, onde ficaram por duas semanas. Jane Deasy era médica também em Dublin, e Aisling Butler vivia na cidade de Roscrea. HARPISTADe acordo com o jornal turco "Hurryet", também estava no avião da Air France a harpista profissional Fatma Ceren Necipoglu, uma dos expoentes da música clássica da Turquia e professora da Universidade da Anatólia, a principal do país. A música tinha 37 anos e já havia realizado mais de 60 concertos em todo o mundo. A publicação afirma que Fatma veio ao Rio para a realização do 4º Festival de Harpa do Rio e iria retornar rapidamente ao seu país, pois esta é a temporada de exames finais na universidade.




Tempo ruim atrapalha buscas por avião da Air FranceParis, 02 (AE) - Mares tempestuosos e muitas nuvens atrapalhavam as buscas nesta terça-feira pelos destroços do voo 447, da Air France. A aeronave, com 228 pessoas a bordo, desapareceu na madrugada de segunda-feira no Oceano Atlântico.Até agora, não foram encontrados sinais do Airbus, que partiu do Rio de Janeiro na noite de domingo e seguiria até Paris. Um porta-voz militar francês, Christophe Prazuck, disse que o mau tempo dificultava as buscas nesta terça-feira, com nuvens pesadas forçando os aviões de busca a voarem muito baixo e limitando o campo de visão.Prazuck notou ainda que, mesmo se o local da queda for localizado logo, o trabalho das equipes de resgate será árduo. Ele lembrou que a região subaquática é bastante íngreme.O ministro francês de Transportes, Dominique Bussereau, previu uma investigação "muito longa" do caso, que poderia levar "vários dias, várias semanas, vários meses"."Deve ter havido uma sucessão extraordinária de eventos para poder explicar essa situação", disse nesta terça-feira o ministro da Ecologia, Jean-Louis Borloo, que também trata de temas relativos a transporte. Segundo o ministro, a chance de se encontrar sobreviventes agora são "muito, muito pequenas, mesmo não existentes".






Navio-patrulha chega aos destroços hoje


Está prevista para as 9h de hoje a chegada do Navio-Patrulha "Grajaú", subordinado ao 3ª Distrito Naval ao ponto onde foram encontrados os possíveis destroços da aeronave da Air France. O local fica a 1.000km da capital potiguar e a 100km dos arquipélagos São Pedro e São Paulo.De acordo com o capitão-tenente Henrique Afonso de Lima, o navio conta com 30 tripulantes, sendo um deles médico. O principal objetivo do navio é o resgate de possíveis sobreviventes.As outras duas embarcações, de Salvador e Maceió, que participam da missão de resgate, devem chegar logo depois do Navio-Patrulha "Grajaú".Na Base Área de Natal (Bant), a manhã de ontem foi movimentada. Aeronaves francesa e americana chegaram a Natal para ajudar na busca pelos destroços do avião da Air France, que desapareceu no último dia primeiro de junho. A previsão é de que essas aeronaves partissem para Fernando de Noronha por volta das 3h de hoje.De acordo com informações da assessoria de imprensa da Bant Natal, a aeronave P3 Orion, da Marinha Americana vai ajudar na patrulha e identificação de salvamento. Cerca de 21 tripulantes americanos estavam no equipamento, que veio de El Salvador e pousou em Natal por volta das 11h de ontem.O equipamento Falcon 50, da Marinha Francesa, pousou em Natal por volta das 10h30. Informações extraoficiais dão conta de que sete tripulantes franceses estavam na aeronave. A Falcon 50 possui um censor capaz de identificar destroços de aviões. Um helicóptero Blackhawk, da Força Aérea Brasileira está de prontidão na Bant. Ele só levantará vôo para Fernando de Noronha no caso de resgate de vítimas ou destroços.Mas até a manhã de ontem a única informação confirmada pelo Comando da Aeronáutica foi de que a aeronave R-99 6751 que decolou de Fernando de Noronha (PE) às 22h35 (horário de Brasília), para realização de varreduras com utilização do radar de abertura sintética, identificou por volta de 01h00 da terça-feira materiais metálicos e não metálicos flutuando no oceano.Por volta das 06h49 (horário de Brasília), aeronaves C-130 avistaram uma poltrona de avião, pequenos pedaços brancos, uma bóia laranja, um tambor, além de vestígios de óleo e querosene.



Gabinete de crise pode ser montado em NatalDurante a tarde, o movimento na Bant continuou intenso. Há uma expectativa de que um gabinete de crise seja montado na capital potiguar, devido à posição geográfica da cidade. Dois coronéis da Aeronáutica poderiam desembarcar em Natal na noite de ontem, vindo de Brasília e Recife, para a implantação do grupo de gerenciamento. É possível ainda que em Natal seja implementada uma base do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), caso possíveis destroços sejam recolhidos e trazidos para a Bant. Os primeiros vestígios do acidente podem ser recolhidos na manhã de hoje, com a chegada de navios da Marinha Brasileira à área de buscas. Todas as informações estão sendo disponibilizadas à imprensa a partir do setor de Comunicação Social da Aeronáutica em Brasília. Para lá foram mandadas as fotografias trazidas por um avião Hércules C-130, que pousou na pista da Bant por volta das 15h. Porém, a FAB não confirma a captura de imagens de destroços do Boeing A330 da Air France. Por volta das 17h um outro avião da FAB, também C-130 voltou de Fernando de Noronha. A aeronave passou toda a manhã sobrevoando as áreas de buscas, e retornou a Natal para que os homens pudessem descansar. Por volta das 19h, a Aeronáutica divulgou uma nota oficial informando que as buscas iriam continuar por toda a madrugada, com três aviões Hércules. A movimentação na Bant também foi intensa por causa do números de repórteres que passaram o dia de ontem por lá. Vários profissionais de veículos de alcance nacionais e internacionais estiveram no terminal de passageiros da base. As notícias eram enviadas pela internet e telefone, para que fossem publicadas quase que em tempo real. A última expectativa da noite era para o retorno dos repórteres à base aérea durante a madrugada. Para a decolagem de uma aeronave americana, que deveria partir para Fernando de Noronha por volta das 3h30.




Radioamador dá a notícia do encontro dos destroços em primeira mãoFernando de Noronha, 02 (AE) - Ele deu nesta terça-feira (02), em primeira mão e ao vivo, a notícia da localização do que seriam os primeiros destroços do AF 447. A FAB depois oficializou a informação. André Sampaio, radioamador premiado e considerado pessoa decisiva para a Ilha de Fernando de Noronha por sua participação em salvamentos de pessoas em mais de 20 desastres aéreos e marítimos nos últimos 20 anos, agiu como de costume. A diferença, segundo ele, é que, em vez de dar entrevista para a TV Golfinho (local), falou para jornalistas de todo o País - que divulgaram a notícia para o mundo.Ainda um tanto assustado com a repercussão do vazamento de uma notícia que os militares não pretendiam divulgar naquele momento - por volta das 7h30, hora de Brasília (8h30 em Noronha) -, André Sampaio não quis mais falar com a imprensa. A Aeronáutica, que já lhe deu a mais alta condecoração que um civil pode receber, a Medalha Santos Dumont, em 2004, teria lhe pedido para silenciar. Em entrevista à reportagem, ele não confirmou a reprimenda. O fato é que, depois de ter divulgado a conversa captada entre as tripulações de dois Hércules C-130 que faziam buscas, juntamente com um avião Casa, não teve acesso a nenhuma outra comunicação. Na conversa, tripulantes disseram ter visto pequenos destroços, mancha de querosene e um objeto que poderia ser uma poltrona, 153 km a noroeste do arquipélago de São Pedro e São Paulo, numa distância de cerca de 800 km do Arquipélago de Fernando de Noronha.






FONTE: Jornal de Fato

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