Por lei, até 100 metros da maior margem da Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, no Vale do Açu, não é permitida qualquer construção, mas segundo reportagem do JORNAL DE FATO publicada ontem, na realidade o quadro é de total desrespeito à natureza e ao patrimônio público ao longo do reservatório. São inúmeros currais, balneários, restaurantes, bares e curtumes. Existe até uma vila com mais de 100 casas e algumas ilhas são ocupadas ilegalmente.
Apesar de sua importância econômica e social, segundo a pesquisadora Andréia Lessa, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN), e Graça Azevedo, do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (IDEMA), a Armando Ribeiro começa a apresentar indícios de contaminação em decorrência dos esgotos residenciais, industriais e atuação predatória em suas margens e também nas ilhas. "Registramos mortandade de peixes em 2011 numa área da barragem", diz Graça Azevedo.
Em Jucurutu, existem currais, balneários e até um matadouro público do município nas margens do reservatório. Em São Rafael, tem três curtumes (beneficiando couro animal) e algumas construções. Já em Itajá, a questão é muito grave. Nas margens, existe uma vila com mais de 50 casas com nome de Araras. Tem bares, restaurantes e balneários nas margens. Dentro da barragem existem pelo menos quatro ilhas ocupadas ilegalmente, conforme o servidor do Dnocs Geraldo Margela, de Assú.
Por Cesár Alves – Jornal De Fato
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