A atitude desesperada do aluno L.V., 15 anos, do Colégio Marista, que pulou do primeiro andar da escola na manhã de ontem, despertou uma discussão em Natal e na internet sobre o bullying nas escolas. O termo bullying - utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica praticados por um indivíduo ou grupo causando dor e angústia - chegou a ocupar o topo da lista dos assuntos mais comentados no Twitter em Natal. Apesar da diretoria do Marista não confirmar o motivo que levou o adolescente a pular do primeiro andar do prédio, colegas e pai de outros alunos comentaram, em entrevista ao Diário de Natal, que L.V. seria vítima de bullying na escola. Foi registrado um boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia e o delegado Elivaldo Bezerra Jácome será o responsável pela investigação.
A mãe de uma estudante do 9º, que preferiu não se identificar, contou que o clima foi de desespero entre os alunos que não sabiam exatamente o que tinha acontecido e ficaram impossibilitados de sair da sala de aula até o término da perícia. Segundo ela, era de conhecimento de todos que o adolescente sofria bullying no colégio, já que o garoto era "perseguido" há muito tempo dentro dos limites da escola. "Como mãe eu estou muito triste com essa situação porque o Marista é um colégio religioso, que sempre dá palestras e procura passar para os estudantes um conteúdo de respeito ao próximo", disse.
Na internet as especulações eram muitas, mas ninguém sabe de fato o que levou o adolescente a pular. Logo após o acidente, um dos estudantes, postou mensagens em seu Twitter (@GeraldoCLeao) que apontam para a suspeita de bullying. "@heitorteixeira_ @_tacyanac @juliatinoco_ Disseram q teve um pessoal q começou a xingar (...) acho q foi por isso", "@heitorteixeira_ Acho que juntou tudo na cabeça dele, ele começou a pensar só nas coisas ruins e aconteceu isso". O twitter identificado por Comissão Marista escreveu a mensagem "Bullying: uma brincadeira que acaba em lágrimas. #PrédeMaisRespeitoeConsciência.
Investigação
Para o delegado Elivaldo Jácome, responsável pela investigação do caso, "ainda é muito cedo para fazer qualquer afirmação, nós vamos iniciar as primeiras investigações", disse. O promotor da infância e juventude, Leonardo Dantas Nagashima, informou que a princípio o MP não irá tomar nenhuma medida em relação a esse caso específico e esclareceu que a promotoria de educação realiza palestras acerca do tema violência escolar.
Professores têm que estar atentos
Fonte: Diária de Natal/Fernanda Zauli
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