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segunda-feira, 14 de março de 2011

Desastre no Japão pode ser o mais caro da história


Especialistas estimam que prejuízos materiais cheguem a R$ 166 bilhões 

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Damir Sagolj/ReutersDamir Sagolj/Reuters
Bombeiro japonês caminha entre escombros da cidade de Otsuchi, desvastada por terremoto e tsunami

O terremoto de 8,9 graus na escala Richter e os tsunamis que atingiram o Japão na última sexta-feira (11) podem ser responsáveis pelo desastre natural mais caro da história, estimou nesta segunda-feira (14) a consultoria internacional Eqecat, citada pela rede de TV americana CNN.
De acordo com a Eqecat, as perdas no país asiático podem chegar a R$ 166 bilhões (US$ 100 bilhões), incluindo R$ 33,2 bilhões (US$ 20 bilhões) em danos a residências e R$ 66,4 bilhões (US$ 40 bilhões) em danos à infraestrutura japonesa, como rodovias, ferrovias e portos. Apesar da magnitude do desastre, analistas dizem que essas estimativas ainda são "conservadoras e preliminares".

A Agência de Gerenciamento de Incêndios e Desastres do Japão informou que o número de prédios completa ou parcialmente destruídos chegou a 63.225 nesta segunda-feira.

Prevendo o temor dos investidores internacionais em um momento já delicado da economia local, severamente afetada pela crise econômica internacional, o Banco Central do Japão anunciou nesta segunda-feira planos de injetar o valor recorde de R$ 303 bilhões (US$ 183 bilhões) no mercado. Outros R$ 101 bilhões (US$ 61 bilhões) serão usados como garantia para fundos de risco.

Ainda assim, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou em baixa de 6,18% nesta segunda-feira, em seu primeiro pregão desde o terremoto seguido de tsunami que devastou o nordeste do país.

Os graves problemas nas centrais nucleares da região devastada alimentaram as preocupações sobre as consequências da catástrofe para o conjunto das empresas e da economia japonesa.

O governo japonês estima que a catástrofe tenha um impacto "considerável" na economia nacional e que serão necessários fundos colossais para financiar a reconstrução.
Para efeito de comparação, o terremoto e tsunami que devastaram partes do Chile em fevereiro de 2010 causaram prejuízos estimados em R$ 50 bilhões (US$ 30 bilhões).

Toyota paralisa produção até quarta 
A Toyota, o maior fabricante mundial de automóveis, anunciou nesta segunda-feira que a produção de suas unidades no Japão vai continuar paralisada pelo menos até a próxima quarta-feira (16).

A paralisação afeta as 12 fábricas da Toyota no Japão e reduzirá em 40 mil unidades sua produção prevista para março. A Toyota produziu em janeiro passado 234.045 carros no país, onde fabrica 38% de seus veículos. As ações da empresa caíram 7,7% nas primeiras horas de cotação na Bolsa de Valores de Tóquio.

Nesta segunda-feira também não abriram suas portas as fábricas de Honda, Nissan, Mitsubishi e Suzuki, outros grandes grupos do setor industrial, essencial para a economia japonesa. Várias dessas empresas asseguraram que era muito difícil continuar operando sem receber as peças necessárias.

O governo japonês fez um apelo para que a população economize a energia e autorizou cortes de eletricidade em rodízio de três a seis horas a partir de hoje diante do temor de falta de energia elétrica.
Mortos podem passar de 5.000
O número de mortos no terremoto de 8,9 graus seguido de tsunami pode passar de 5.000. A contagem é da agência de notícias japonesa Kyodo. Nesta segunda-feira, autoridades da Província de Miyagi encontraram 2.000 corpos.

A agência destaca a falta de precisão no número de vítimas. A contagem oficial é de 1.627. Somados os 2.000 corpos encontrados pelas autoridades da Província de Miyagi e os cerca de 300 achados em Sendai, mais as vítimas de outras localidades, o número de mortos pode passar de 5.000, segundo a agência.

Fonte: R7.com 


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