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domingo, 11 de abril de 2010

Um concorrente para o nosso cajueiro



O cajueiro de Pirangi, reconhecido internacionalmente como o maior cajueiro do mundo, pode estar correndo o risco de perder o trono para uma árvore de 200 anos localizada no povoado de cajueiro da praia, no litoral do estado do Piauí. Pelo menos é o que prega o secretário de Turismo do município piauiense de Luis Correia, o também jornalista Alcide Filho. Ele está alardeando a descoberta do novo cajueiro pelos quatro cantos da internet inclusive com vídeos no Youtube. Alcide coloca em xeque a majestade do cajueiro potiguar, reivindicando para o Cajueiro Rei, como é conhecido no povoado piauiense, o título de "Maior Cajueiro do Mundo".

Para justificar a tese, ele se utiliza de informações extraoficiais de que o cajueiro de Pirangi vem de uma família de 13 troncos diferentes, enquanto que o do Piauí vem apenas de uma árvore. Além disso, ele se refere a uma medição precisa que foi feita pelo engenheiro agronômo Wellington Rodrigues de Souza com o GPS geodésico constatando um tamanho de 8.810 metros quadrados, enquanto o de Pirangi só alcança cerca de 8,5 mil metros quadrados. Outra informação fornecida pelo secretário é de que um exame de DNA, identificando a família das 13 árvores mães, estaria sendo guardado a sete chaves para não prejudicar o turismo em Natal.

"Por isso, o cajueiro do Piauí, que tem uma única origem, passa a ser o rei, o maior cajueiro do mundo e vamos chamá-lo a partir de agora de Cajueiro Rei do Piauí. O maior do mundo. Quem quiser que prove o contrário", defendeu com empolgação o apresentador. Para ele, a intenção é usar o exemplo do Rio Grande do Norte e transformar a árvore em um ícone para o turismo sustentável no Piauí, florescendo a qualidade de vida, negócios e educação ambiental, assim como fez o povo potiguar.

Segundo o presidente da Associação dos Moradores de Pirangi do Norte (AMOPIN), Francisco Cardoso, que há 1 ano e 8 meses é responsável pela manutenção e administração do cajueiro de Pirangi, nunca foi feito exame de DNA no cajueiro, mas existem estudos que comprovam que se trata de um único tronco-mãe, uma única árvore. "Essa informação de DNA é pura fantasia, isso é coisa de quem desconhece a história do cajueiro. Já está comprovado que o Rio Grande tem o maior cajueiro do mundo, o que lhe garantiu um espaço no Livro dos Recordes e que será novamente confirmado quando ganharmos o título de 'maior ser vivo frutífero do planeta'. Para isso, já estamos consultando biólogos para solicitar a inclusão no Guiness Book", completou Cardoso.
FONTE: Diário de Natal
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