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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Potiguares padecem sem atendimento

Pacientes que procuram rede estadual de saúde vivem drama diante da greve dos médicos
O motoboy Diego Cláudio Silvestre, 20 anos, foi uma das vítimas da greve dos médicos que iniciou ontem no Rio Grande do Norte. O jovem sofreu um acidente de moto ontem pela manhã e se dirigiu até o Hospital Walfredo Gurgel para tirar um raio-x, mas não foi atendido. "Eu vim da Cidade Satélite até aqui bem cedo e eles disseram que só estavam fazendo atendimento de casos graves e me encaminharam para o Hospital da Polícia. Mas eu preciso de trabalho e não tenho tempo para me deslocar até lá. Eu sinto muita dor no abdômen e nos ombros e vou ter que passar o resto do dia assim", desabafa.


Várias pessoas esperavam ser atendidas ontem pela manhã na recepção do WG Foto: Carlos Santos/DN/D.A Press
Na rede pública de saúde do RN, apenas 30% do efetivo está a serviço no momento. Desses, cerca de 3,3 mil atendimentos clínicos são feitos diariamente, procedimentos suspensos com a greve. A rede fez 40.240 internações e 2.888.790 atendimentosde janeiro a novemrbo do ano passado, segundo dados da Sesap.

Na manhã de ontem equipes da diretoria do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed) fizeram um multirão pelos hospitais Santa Catarina, Maria Alice Fernandes, Giselda Trigueiro, João Machado, Walfredo Gurgel, Deoclécio Marques, Hemonorte e Centro de Saúde Reprodutivo para distribuir coletes e cartilhas de orientação para os cerca de 1,6 mil médicos que trabalham pelo estado. As principais reivindicações da categoria são a contratação de mais profissionais, melhoria nas condições de trabalho e de atendimento ao paciente, além de um reajuste salarial, de forma que o salário base passe de R$ 1.050 para R$ 7 mil para 20 horas semanais de trabalho.


Diego Cláudio procurou hospital para fazer radiografia, mas não foi atendido Foto: Carlos Santos/DN/D.A Press
Proposta
Segundo o presidente do Sinmed, Geraldo Ferreira, caso haja alguma proposta concreta por parte do governo, a categoria irá avaliá-la na quinta-feira (11). Ele informou que durante a greve somente os casos de urgência e emergência estão sendo atendidos nos 23 hospitais do RN. "Apenas um médico está atendendo nesses casos. Mas se houver algo que justifique a necessidade de outro profissional, a população não deve se preocupar pois todos estarão com os celulares ligados. Jáos procedimentos eletivos de consultas, cirurgias e exames não estão sendo realizados", afirma.


FONTE: Diário de Natal
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