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domingo, 26 de julho de 2009

Tráfico de droga no Sertão tem ligação com as FARC


O Ministério Público (MP) apresentou, ontem, denúncia na Comarca de Santa Luzia, a 261,2 km da capital, contra 15 pessoas presas na operação ‘Conexão Sertão’, acusadas de participar de uma quadrilha especializada em narcotráfico no Sertão paraibano e com fortes indícios de participação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), no encaminhamento da droga.
O dossiê ‘Conexão Sertão’ levantado pela Polícia Federal (PF) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) revela a existência de uma organização criminosa de grande influência no comércio de drogas ilegais procedentes da Colômbia e da Bolívia no Sertão paraibano. O esquema, que tinha como principal substância vendida a cocaína em forma de crack, ocorria articulado com diversos estados brasileiros que abasteciam a região.

O material, que a reportagem de O Norte teve acesso com exclusividade, revela que a cidade de Patos funcionava como sede do esquema que abastecia os municípios paraibanos de Sousa, Itaporanga, Santa Luzia, Cajazeiras, bem como em Caicó, no Rio Grande do Norte.

As conversas do grupo demonstram que a droga vendida era de boa qualidade, associando o produto à gíria “Capa de Revista”. Pelo esquema de tráfico internacional de drogas, a cidade de Patos é apontada um dos principais pontos na rota de cocaína, com uma estrutura montada em local reservado aos criminosos com contas a prestar à Justiça: a Penitenciária de Segurança Máxima de Patos, onde traficantes presos e com longa ficha criminal comandavam o comércio de cocaína através de um disque droga nas dependências da unidade. Todas as ações eram praticadas por ordem de Silberto Pereira Morais. Ele fazia contatos através de telefones celulares e acertava com outros presos estratégias para montar uma rede de distribuição com o maior número possível de pessoas em várias cidades do Sertão da Paraíba.

De acordo com a PF, o empresário José Oberon Laurentino de Souza, conhecido como “Dedé Oberon”, era quem comandava todo esquema de compra e repasse de toneladas de cocaína adquirida junto às Farc. O relatório da PF e que ensejou com a prisão de 15 pessoas com base em parecer do Ministério Público de Santa Luzia, revelou que detentos recolhidos ao Presídio Regional de Patos tinham muitas regalias em função da facilitação mantida pelo diretor da unidade, o tenente da Polícia Militar, Olímpio.

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