Por Paulo de Sousa/Diário de Natal
Revoltados, detentos depredaram unidades prisionais em Natal Parnamirim, Caicó e Mossoró
Bastaram 15 minutos de atraso na saída para o banho de sol dos 200 detentos do pavilhão 2 da Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP) para que uma rebelião fosse iniciada no local ontem pela manhã. Revoltados, os presidiários arrancaram todas as 18 grades que fechavam as celas desse setor, por temerem que a demora gerasse o fim da visita íntima, que aconteceria excepcionalmente ontem. Policiais da Companhia de Guarda e agentes penitenciários do Grupo de Operações Especiais (GOE) do sistema prisional tiveram que intervir no motim. A entrada das mulheres dos presos desse pavilhão foi proibida, gerando novo tumulto do lado de fora da unidade prisional. O diretor do PEP, Robson Gomes, afirma que os presos terão que ficar soltos dentro do pavilhão por até uma semana, até que os reparos sejam feitos.
Em Parnamirim, presos arrancaram todas as grades das celas e ficarão soltos Foto: Paulo de Sousa/DN/D.A Press |
O diretor do PEP conta que o motim começou por volta das 6h15 de ontem. "Os agentes estavam se preparando para retirar os detentos para o banho de sol e fazer a limpeza dascelas para as visitas íntimas. No entanto, houve um pequeno atraso que acabou provocando a revolta dos presos". Assim, os presidiários passaram a quebrar as grades de todas celas do setor. A situação somente foi contornada com a entrada de equipes da Polícia e do GOE.
Depois de contidos os ânimos dos detentos, foi feita uma revista nas celas e a retirada das grades quebradas. Uma faca artesanal foi encontrada em um dos compartimentos. O diretor da unidade diz que, com a depredação, os 200 custodiados no setor terão que ficar soltos no local. "Vamos reforçar, a princípio, somente as grades da entrada do pavilhão e do portão que dá acesso à quadra. Consertar todos os danos causados deve demorar ainda uma semana, no mínimo". O reforço policial será redobrado pela Companhia de Guarda até o fim dos reparos.
Batalhão de Choque cercou entorno do CDP da Zona Norte Foto: Carlos Santos/DN/D.A Press |
Robson Gomes afirma que os agentes têm trabalhado para identificar os detentos que lideram esse tipo de ação no PEP. "Temos quatro suspeitos, mas ainda precisamos de provas para responsabilizá-los". Ele revelaque a capacidade do presídio é de 344 custodiados, mas o local abriga 498. A superlotação, segundo o diretor, acaba gerando temores constantes na sua equipe. "Essa é uma prova de que basta um pequeno motivo para provocar motins".
Do lado de fora do presídio, várias esposas e namoradas de detentos aguardavam, desde o início da manhã de ontem, para fazer a visita. A princípio, o procedimento foi cancelado pelo diretor. No entanto, devido a uma série de tumultos feitos por elas, Robson Gomes decidiu por liberar que as mulheres dos presos no pavilhão 1 entrassem.
Do lado de fora do presídio, várias esposas e namoradas de detentos aguardavam, desde o início da manhã de ontem, para fazer a visita. A princípio, o procedimento foi cancelado pelo diretor. No entanto, devido a uma série de tumultos feitos por elas, Robson Gomes decidiu por liberar que as mulheres dos presos no pavilhão 1 entrassem.
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