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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Encenação do nascimento de São João Batista acontece amanhã



Após a inauguração da biblioteca pública, previsto para as 19h30min, acontece a encenação do nascimento de São João Batista, apresentado pelo grupo de teatro da Secretaria de Cultura.

O último ensaio antes da apresentação de amanhã aconteceu hoje no teatro. O grupo é dirigido por Nilberg Alcântara, professor de teatro do município.

A apresentação acontecerá no Palco Nossa Senhora de Lourdes.

Após dez anos, população de Ipanguaçu voltará a contar com uma Biblioteca Pública


Como forma de incentivar a leitura, promover conhecimentos e preencher uma lacuna de mais de dez anos, a prefeitura de Ipanguaçu inaugura no próximo sábado (25) a biblioteca Municipal Manoel Nunes Filho. A conclusão do importante prédio público foi possível graças a parceria com o Governo Federal, através do Ministério da Cultura.

“Há mais de 10 anos a única biblioteca municipal de Ipanguaçu foi desativada. Desde então a população convivia com essa carência. Toda uma geração cresceu, se alfabetizou e não teve a oportunidade de contar com uma biblioteca à sua disposição. O hábito da leitura precisa ser estimulado. É, até mesmo, uma forma de manter nossas crianças e jovens distantes do mundo das drogas. Agora, escreve-se um novo momento no livro da história de Ipanguaçu”, afirmou o prefeito Leonardo Oliveira.

Segundo o secretário de Cultura e Turismo de Ipanguaçu, Fernando Neto, a biblioteca conta com um acervo de mais de três mil livros, e leva o nome do professor da rede estadual Manoel Nunes Filho, reconhecido por sua prestação de serviços à comunidade e incentivador da educação do município.

A inauguração está programada para às 19:30, com o projeto “Caravana da leitura” e um recital de cordel apresentado por estudantes. Haverá ainda outras manifestações culturais, tais como quadrilhas juninas e a encenação do nascimento de São João Batista, apresentado pelo grupo de teatro da Secretaria de Cultura.

Na sequência, às 22 horas, inicia-se uma grande festa Junina, com as Bandas Traquinos do Forró, Deixe Cum Nós e A’Rapaziada.

Comidas típicas: As delícias de São João

Pamonha, canjica, milho verde, bolo preto, arroz doce. O mês em que se comemora o dia de São João é a época certa para se fartar dessas delícias e, em alguns pontos da cidade, as comidas típicas são disputadas. Maria da Conceição da Costa, de 54 anos, conhecida como Dona Mocinha, que o diga. Proprietária de uma barraca na Rota do Sol, ela conta que chega a ter confusão na fila para comprar sua famosa canjica. "No dia de São João mesmo, a gente não dá conta da demanda, forma uma fila enorme aqui e às vezes dá até briga", conta.



Vendas de "Dona Mocinha", na Rota do Sol, triplicam durante o mês de junho Foto :Ana Amaral/DN/D.A Press
Dona Mocinha mantém o ponto de vendas durante todo o ano, mas diz que o movimento no mês de junho é três vezes maior que nos outros meses. "Quem compra uma ou duas pamonhas normalmente, no São João compra 10", diz. O fato se comprova na quantidade de milho que ela compra por mês. Em junho, são cerca de 3 mil espigas. Nos outros meses, o número cai para mil por mês. 

Para a dona de casa Ana Roberta da Silva, 35, que organiza uma grande festa de São João todos anos em sua casa, as delícias de Dona Mocinha são o tempero perfeito."Não dá para comprar essas coisas em qualquer lugar. Aqui a gente sabe que é de qualidade. O bolo de milho é bom demais, as crianças adoram. Para a festa de São João lá de casa ser perfeita não pode faltar as delícias da Dona Mocinha".




Fonte: Diário de Natal

Damião afirma apoiar o prefeito Leonardo

Informações chegam ao nosso blog que o ex-candidato a vereador em 2008, Damião do Arapuá do PMN, se uni ao grupo do prefeito Leonardo Oliveira, junto com a sua família.


Outras informações dão conta, que vem muita gente por ai.

Vergonha que não tenho de ser nordestina

Cultivado entre os cascalhos do chão seco e as cercas de aveloz que se perdem no horizonte, cresceu, forte e robusto, o meu orgulho de pertencer a esse pedaço de terra chamado Nordeste.
Sou nordestina. Nasci e me criei no coração do Cariri paraibano, correndo de boi brabo, brincando com boneca de pano, comendo goiaba do pé e despertando com o primeiro canto do galo para, ainda com os olhos tapados de remela, desabar pro curral e esperar pacientemente, o vaqueiro encher o meu copo de leite, morninho e espumante, direto das tetas da vaca para o meu bucho.
Sou nordestina. Falo oxente, vôte e danou-se. Vige, credo, Jesus-Maria e José! Proseio com minha língua ligeira, que engole silabas e atropela a ortoépia das palavras. O meu falar é o mais fiel retrato. Os amigos acham até engraçado e dizem sempre que eu “saí do mato, mas o mato não saiu de mim”. Não saiu mesmo! E olhe: acho que não vai sair é nunca!
Sou nordestina. Lambo os beiços quando me deparo com uma mesa farta, atarracada de comida. Pirão, arroz-de-festa, galinha de capoeira, feijão de arranca com toucinho, buchada, carne de sol… E mais uma ruma de comida boa, daquela que, quando a gente termina de engolir, o suor já está pingando pelos quatro cantos. E depois ainda me sirvo de um bom pedaço de rapadura ou uma cumbuca de doce de mamão, que é pra adoçar a língua. E no outro dia, de manhãzinha, me esbaldo na coalhada, no cuscuz, na tapioca, no queijo de coalho, no bolo de mandioca, na tigela de umbuzada, na orêa de pau com café torrado em casa!
Sou nordestina. Choro quando escuto a voz de Luiz Gonzaga ecoar no teatro de minhas memórias. De suas músicas guardo as mais belas recordações. As paisagens, os bichos, os personagens, a fé e a indignação com que ele costurava as suas cantigas e que também são minhas. Também estavam (e estão) presentes em todos os meus momentos, pois foi em sua obra que se firmou a minha identidade cultural.
Sou nordestina. Me emociono quando assisto a uma procissão e observo aqueles rostos sofridos, curtidos de sol do meu povo. Tudo é belo neste ritual. A ladainha, o cheiro de incenso. Os pés descalços, o véu sobre a cabeça, o terço entre os dedos. O som dos sinos repicando na torre da igreja. A grandeza de uma fé que não se abala.
Sou nordestina. Gosto de me lascar numa farra boa, ao som do xote ou do baião. Sacolejo e me pergunto: pra quê mais instrumento nesse grupo além da sanfona, do triangulo e da zabumba? No máximo, um pandeiro ou uma rabeca. Mas dançar ao som desse trio é bom demais. E fico nesse rela-bucho até o dia amanhecer, sem ver o tempo passar e tampouco sentir os quartos se arriando, as canelas se tremelicando, o espinhaço se quebrando e os pés se queimando em brasa. Ô negócio bom!
Sou nordestina. Admiro e me emociono com a minha arte, com o improviso do poeta popular, com a beleza da banda de pífanos, com o colorido do pastoril, com a pegada forte do côco-de-roda, com a alegria da quadrilha junina. O artista nordestino é um herói, e nos cordéis do tempo se registra a sua história.
Sou nordestina. E não existe música mais bonita para meus ouvidos do que a tocada por São Pedro, quando ele se invoca e mete a mãozona nas zabumbas lá do céu, fazendo uma trovoada bonita que se alastra pelo Sertão, clareando o mundo e inundando de esperança o coração do matuto. A chuva é bendita.
Sou nordestina. Sou apaixonada pela minha terra, pela minha cultura, pelos meus costumes, pela minha arte, pela minha gente. Só não sou apaixonada por uma pequena parcela dessa mesma gente que se enche de poderes e promete resolver os problemas de seu povo, mentindo, enganando, ludibriando, apostando no analfabetismo de quem lhe pôs no poder, tirando proveito da seca e da miséria para continuar enchendo os próprios bolsos de dinheiro.
Mas, apesar de tudo, eu ainda sou nordestina, e tenho orgulho disso. Não me envergonho da minha história, não disfarço o meu sotaque, não escondo as minhas origens. Eu sou tudo o que escrevi, sou a dor e a alegria dessa terra. E tenho pena, muita pena, dos tantos nordestinos que vejo por aí, imitando chiados e fechando vogais, envergonhados de sua nordestinidade. Para eles, ofereço estas linhas.
Sheila Raposo – Jornalista
Postado por Robson Pires

 
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