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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Foliões ignoram alerta de Gripe A

Mesmo com todos os alertas de que a gripe A (H1N1) seria disseminada com maior facilidade em aglomerações, o primeiro dia de Carnatal 2009 transcorreu como de costume. Poucos foliões aderiram ao uso de máscaras cirúrgicas. A cena mais comum era de casais que quando usavam as máscaras, devido ao barulho e o calor, em determinados momentos eram obrigados a retirá-la do rosto para conseguir conversar. A mensagem de Lane Cardoso, que abriu a 19ª edição do Carnatal com alguns minutos de atraso foi “Vamos namorar beijar na boca, mas com saúde”.

Rodrigo SenaPuxado pela banda Chiclete com Banana, o bloco Nana Banana foi o segundo a entra no corredor
Puxado pela banda Chiclete com Banana, o bloco Nana Banana foi o segundo a entra no corredor A banda Chiclete com Banana foi a segunda a entrar no corredor da folia, puxando a multidão do bloco Nana Banana. O vocalista Bel Marques escolheu o refrão “eu vou voar atrás desse amor, vou encontrar, seja como for, eu quero esse amor, eu  quero esse amor” para adentrar o corredor, por volta das 19h15. Nem a ameaça de chuva conseguiu atrapalhar a alegria do bloco. A irreverência e a animação tomaram conta da avenida nas cores vermelho e branco, escolhidas para o abadá.

Riscos

O sul mato-grossense Leonardo Pereira vem todos os anos para Natal e disse que não estava com medo de contrair o vírus dentro do bloco. “No meu Estado tem muito mais casos. Mas as meninas estão muito frescas, não querem beijar”, brincou ele. O português Florival Palma brincou o primeiro dia no camarote Donna Donna com a esposa. Ele disse que também não está preocupado em contrair a doença. “Tem gripe A na Europa inteira”, disse ele, que como a maioria dos presentes, não aderiu à proteção no rosto.

Além do bom exemplo de policias militares e bombeiros que faziam a segurança da festa com máscaras, os foliões da pipoca também se preveniram. Mesmo sendo uma minoria, as estudantes Marileide Nunes e Madalena Andrade não abriram mão da proteção na saída do corredor, local onde havia maior concentração de pessoas. “Pensei que nos blocos haveria mais gente com máscara. Este ano vai dar só para paquerar, nada de beijo em estranhos”, disse Marileide. As duas garantiram que iriam frequentar todos os dias de folia, como fazem todos os anos mas sempre seguindo as orientações do Ministério da Saúde.

Movimento

Amar é foi puxado por Jammil e mostrou mais um ano que o bloco é essencialmente de jovens. Jammil entrou na avenida relembrando os principais sucessos da carreira, como as músicas “É verão”, “Minha estrela” e outras. O bloco que é tradicionalmente acompanhado pelos foliões jornalistas e publicitários da cidade, Burro Elétrico, fechou a primeira volta dos blocos com a animação de Capilé. Sucessos baianos fizeram o repertório do bloco, como “Beijar na Boca” de Claudia Leitte e “Simbora” de Asa de Águia.

Já nas arquibancadas e camarotes o movimento de foliões foi pequeno. As arquibancadas estavam praticamente sem ocupação.

Camarotes têm problemas de última hora

A  poucos minutos do início do Carnatal os vistoriadores do Corpo de Bombeiros Militar realizavam mais uma vistoria nos camarotes da festa e encontraram algumas irregularidades nas estruturas. Em um camarote no início do corredor um estande de lanches pretendia utilizar um sistema de gás em cilindro para fritar hambúrgueres. Os vistoriadores proibiram e orientaram que fosse utilizado o sistema elétrico. “Caso não consigam fazer a mudança, somente a montagem dos lanches e venda poderá ser feita no estande. As frituras deverão ser feitas fora”, explicou o vistoriador Laurentino Alves.

No mesmo camarote os bombeiros identificaram ausência de sinalização de saída de emergência e de extintores em alguns setores. Nesses casos, os bombeiros orientaram que seja cumprida a norma, mas não bloqueiam o uso da estrutura. “Voltaremos em uma hora para verificar a sinalização”, disse o vistoriador.

No camarote seguinte, problema parecido: o local sinalizado como saída de emergência estava bloqueado com veículos. Uma segunda saída foi apresentada como de emergência, mas não estava sinalizada. Nesses casos, os bombeiros orientaram as mudanças, mas explicaram que não havia necessidade de bloquear a estrutura, porque não havia risco iminente de vida no local.

Fonte: Tribuna do Norte

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