A um ano e meio do fim de seu mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que já “sente saudade” do cargo. A declaração foi feita nesta terça-feira (9) durante o lançamento do programa PAC da Drenagem, que prevê a liberação de R$ 4,7 bilhões em obras cidades afetadas por enchentes.
Ao falar a prefeitos e governadores, muitos deles ainda no primeiro mandato, Lula disse que eles deveriam acelerar projetos para resolver questões relacionadas à ocupação de áreas de risco. “Isso não é problema meu, eu já estou terminando meu mandato. Eu ‘tô’ a um ano, a um ano e meio [do fim do mandato]. Já ‘tô’ com saudade.”
Na solenidade, Lula fez um apelo aos prefeitos e governadores para que façam projetos para obras, para gerar empregos. “Não tenho outro jeito para a gente sair dessa crise mais rápido se a gente não fizer investimentos e obras mais rápido.”
Ele chegou a defender que mesmo obras suspeitas de superfaturamento não deveriam ser paralisadas. Segundo o presidente, “o custo de paralisar uma obra por sete meses é maior que do que o valor que a pessoa entende que a obra estava superfaturada”.
Em seu discurso, o presidente criticou o que chamou de ”Estado ficalizador”, sobre ações judiciais que muitas vezes interrompem obras no país.
O PAC da Drenagem lançado nesta terça pelo presidente Lula vai atender 109 municípios de 18 estados e deve favorecer inclusive as cidades das regiões Norte e Nordeste que ainda enfrentam transtornos causados por enchentes há quase três meses.
Os municípios atendidos terão obras para construção de galerias pluviais, “piscinões” e sistemas de drenagem. Em agosto, o governo prevê a liberação de mais R$ 3 bilhões para obras para melhoria do sistema de abastecimento de água e de saneamento básico em cidades com mais de 50 mil habitantes.
Durante o lançamento do programa, o presidente também se disse “triste” com o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que recuou 0,8% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com os últimos três meses de 2008.
Dilma ausente
A grande ausência no lançamento do programa foi a da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). “A Dilma, uma das engenheiras e arquitetas do programa, não pôde comparecer porque está em casa descansando”, disse o presidente. Lula não fez referência se a ausência da ministra estava relacionada ao tratamento contra o câncer a que ela se submete.
Fonte: G1
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