O volume ainda é pequeno e apenas “lava” os mais de 50 metros do sangradouro, porém o filete de água que jorra desde o final da tarde de sexta-feira da barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em Itajá, é suficiente para decretar o início da festa do “inverno” no Vale do Açu.
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Curiosos, pescadores, turistas, estudantes e comerciantes seguiram, desde as primeiras horas desse sábado, para ver de perto a sangria do maior reservatório do Estado, com capacidade para 2,4 bilhões de metros cúbicos de água. Embora a barragem esteja completamente cheia, as águas só ultrapassam o sangradouro graças às pequenas ondas formadas pelo vento.
Ainda assim o espetáculo da correnteza sobre as pedras é motivo de alegria para todos. “Tenho vindo aqui diariamente acompanhar o nível. Ontem (sexta-feira) de manhã faltavam uns 18 centímetros e à tarde só uns seis. Agora é essa felicidade e vai ser assim enquanto continuar sangrando”, aponta o aposentado Jorge Ferreira da Silva, de 73 anos.
Ele espera um ano de muita fartura na agricultura da região e, pelo fato de a sangria ter ocorrido bem mais tarde que em 2008 e o “inverno” não estar sendo tão rigoroso, o aposentando não acredita que verá as cenas de destruição causadas pelas enchentes do ano passado.
Há 12 meses, a região vivia um estado de calamidade, com milhares de pessoas sendo expulsas de suas casas pelas inundações e as plantações se perdendo debaixo d’água. Foi a segunda maior desde a inauguração da barragem, no início dos ano 80.
No entorno da barragem, porém, não tem havido motivo de preocupação nos últimos meses, somente de expectativa.
Fonte: Tribuna do Norte
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