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quarta-feira, 15 de abril de 2009

DEPUTADO DEVOLVE 21 MIL REAIS A CÂMARA POR USO DE PASSAGENS AÉREAS


O deputado federal Fabio Faria (PMN-RN) devolveu nesta terça-feira R$ 21,3 mil à Câmara dos Deputados como ressarcimento pelo uso de sua cota de passagens aéreas para pagar viagens de atores e de amigos. Faria é ex-namorado da apresentadora Adriane Galisteu, cuja mãe, Ema Galisteu, também teria recebido passagens.


Em ofício encaminhado à Mesa Diretora da Câmara, o deputado anexou recibos do depósito, feito às 15h09.
Em nota, o deputado disse que “as falhas pontuais já constatadas foram devida e prontamente corrigidas, com o consequente reembolso à Câmara”.


Ele afirmou ainda que tomou “a iniciativa de determinar um reexame de todos os itens de despesa” de seu gabinete, “incluindo a questão da emissão de passagens aéreas”.
A informação sobre o uso das passagens pelo deputado foi divulgada nesta terça-feira (14) pelo portal Congresso em Foco.
Entre os atores beneficiados estariam Kayky Brito, Sthefany Brito e Samara Felippo, da TV Globo, que teriam viajado para participar de micareta (carnaval fora de época) em Natal, em 2007.


A assessoria de imprensa de Adriane Galisteu informou que a apresentadora não tinha conhecimento da procedência das passagens.


“Adriane namorou o Fábio por três meses. Quando você ganha um presente do namorado, não pergunta a procedência do dinheiro”, disse o assessor, Nelson Sacho.
A assessoria de Samara Felippo afirmou que a atriz não vai se pronunciar sobre o assunto. A assessoria confirmou ainda que Samara foi à micareta de Natal, convidada pela organização do evento.


A assessoria de Kayky e Stephany Brito informou que uma ex-empresária acertou passagens e hospedagem dos atores para o evento. Sempre que participam de um evento, de acordo com a assessoria, os atores recebem passagem e hospedagem.



  • Câmara


Mais cedo, depois de Faria admitir em nota ter usado a cota, o terceiro-secretário da Câmara, deputado Odair Cunha (PT-MG), responsável pela distribuição das passagens áreas aos deputados, afirmou que o parlamentar só seria investigado caso alguém fizesse uma denúncia formal à Corregedoria da Câmara.
Segundo Cunha, o caso não deve alterar o atual sistema de distribuição de passagens aos parlamentares.

“Quem tem de dar explicação pelo uso da verba (em caso de denúncia) é o parlamentar. Este é um tema encerrado na Mesa Diretora. O parlamentaré responsável pelo gasto. Não vamos voltar à Mesa com este assunto”, afirmou.


Atualmente, os deputados recebem a verba para pagamento de passagens e não são obrigados a comprovar as viagens nem a revelar os nomes dos passageiros.
Fonte: G1

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