Desde 2011 quando os moradores da comunidade quilombola de Picada, localizada no município de Ipanguaçu, foram qualificados no curso para a produção de artesanato com a fibra da bananeira, os integrantes vêm gerando renda e melhorado a vida de suas famílias.
Está semana, por exemplo, eles que também integram a Associação Renascer dos Artesãos, fundada logo após os cursos, foram convidados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para ministrarem o oficinas durante o VI Jamboree Nacional Escoteiro, que reúne além de escoteiros de todo o Brasil também grupos de outros país. O encontro acontece até este sábado (17) no acampamento montado no Parque Aristófanes Fernandes, na cidade de Parnamirim/RN.
Emerson Emanuel, 26, é presidente da associação e fala que o trabalho que esta sendo levado a outras cidades do estado além de outras partes do Brasil, prova o inicio do reconhecimento do trabalho produzido pela comunidade. “É o começo do resultado do trabalho que começou lá em 2011, quando a Secretaria de Assistência Social levou o curso para nós moradores. Hoje estamos expondo nosso trabalho em outros estados, como da última vez que estivemos em Campina Grande, além, claro, de expandir a comercialização para diversos estados”, fala Emanuel.
Antes mesmo de a comunidade ser reconhecida como remanescente quilombola, o governo municipal vem investindo na qualificação em busca de melhorar a qualidade de vida e consequentemente a renda familiar dos moradores da localidade.
Instruídos e qualificados na área do artesanato, os moradores usam a fibra da bananeira encontrada em abundância na cidade, para confecção e produção artesanal de bolsas, pastas, abajures, entre outros produtos decorativos com a matéria-prima da bananeira.
Ele ainda fala que a renda das famílias tem melhorado a cada dia, hoje a renda familiar dos artesões tiveram um acrescimento extra de 30% a mais. “Se existe gestores preocupados como tem em Ipanguaçu, muita coisa mudaria, porque há uma preocupação em ensinar a pescar e não dá o peixe. Porque isso é um investimento na vida de muitos, que acreditam em um futuro melhor para as nossas famílias”, reitera o artesão.
Com ajuda de interpretes, os artesões ensinaram durante as oficinas além dos escoteiros brasileiros, aos mexicanos, americanos, chilenos e portugueses.
Para a Secretária municipal do Trabalho, Habitação e Assistência Social, Cristina Oliveira, fala que a participação dos artesões da comunidade de Picada nas feiras de artesanatos pelo Brasil e hoje compartilhando os conhecimentos com outras culturas e pessoas provam o caminho certo do trabalho desenvolvido no município, “temos acreditado na emancipação de nosso povo, e fortalecido com ações diretas. Com ações articuladas com as secretarias de educação e a cultura, na qual temos conquistado cada vez mais resultados que nos alegra quando vemos um projeto como este caminhando pelo país a fora”, frisa à secretária.
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