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terça-feira, 6 de agosto de 2013

Classe média avança mais

São Paulo (AE) – A renda familiar per capita da classe média brasileira saltou 50% entre 2001 e 2011, passando de R$ 382 ao mês para R$ 576. Os dados estão no quarto caderno Vozes da Classe Média, preparado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República. O grupo considerado como classe média tem renda familiar per capita entre R$ 291 e R$ 1.019. 

Aldair Dantas
Ao ano, a evolução da renda per capita foi de 2,9 por cento no geral e de 4,2 por cento para a classe média


Ao mesmo tempo, de acordo com o subsecretário de Ações Estratégicas da SAE, Ricardo Paes de Barros, a renda per capita familiar mensal no total de todas as classes sociais cresceu 33% no período, ao sair de R$ 591 para R$ 783. “Hoje, a classe média tem 47 milhões de trabalhadores, dos quais 54% são assalariados no setor privado. O futuro da classe média depende muito do emprego assalariado no setor privado”, apontou. Ao ano, a evolução porcentual da renda per capita foi de 2,9% para o total das famílias e de 4,2% para a classe média de 2001 a 2011.

O subsecretário apontou ainda que, atualmente, 62% dos trabalhadores com carteira assinada pertencem à classe média. “O impacto de ter emprego com carteira é enorme para uma família deixar a classe baixa e passar para a classe média”, disse Barros, em divulgação do estudo em São Paulo. O Vozes da Classe Média mostra ainda que, enquanto 19% dos trabalhadores no País pertencem à classe baixa, apenas 10% dos empregados formais fazem parte desse grupo de renda.

Empregos

Em 95 páginas, o estudo traz no prefácio um artigo do ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, no qual ele destaca que, só no período de 2004 a 2011, foram gerados no país 2,095 milhões de empregos, indicando taxa média de crescimento de 5,8% ao ano. Os dados citados pelo ministro são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

O Vozes da Nova Classe Média salienta que o aumento da renda per capita se deve em parte às novas oportunidades de trabalho e também à “crescente generosidade das transferências públicas”. Em 2011, a renda per capita alcançava R$ 591 por mês, valor que subiu para R$ 783, em 2011.

De acordo com o estudo, o número de postos de trabalho cresceu 20% no período com ampliação de 16 milhões de vagas, passando de 76 milhões em 2001 para 92 milhões em 2011, o que consequentemente levou a uma queda na taxa de desemprego. Como a população em idade ativa também aumentou em velocidade semelhante à de ofertas de emprego, em 19%, a taxa de ocupação ficou estável em 60%.

A maioria das novas oportunidades no mercado de trabalho foram para assalariados, tanto em empresas públicas quanto no setor privado. Neste último, o número de assalariados aumentou 38%. Paralelamente, houve uma melhoria das condições de contratação com a expansão do emprego formal. A quantidade dos assalariados sem carteira diminuiu em quase um milhão.

Apesar dessas melhorias, o levantamento mostra que ainda é alta a rotatividade no mercado de trabalho brasileiro.

Tribuna do Norte

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