A Tribuna do Norte também destacou a seca no interior do Rio Grande do Norte se agrava e os reservatórios de água estão perdendo dia após dia as reservas do líquido tão precioso para o abastecimento. Do total de 23 reservatórios que a Companhia de Abastecimento e Esgotos do RN (Caern) utiliza para o abastecimento de água das cidades do interior, metade está com nível abaixo de 20% do total da capacidade.
Esses 11 reservatórios são responsáveis pelo abastecimento de 19 cidades, que somam uma população de 196 mil 129 habitantes, segundo Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outros sete reservatórios mantêm um nível entre 20% e 40% do total da capacidade. E apenas cinco estão com reserva acima de 40%.
Os dados são do levantamento realizado pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), que também confirma que somente dois destes reservatórios estão com o nível acima de 50%.
São o açude Rodeador, que abastece os municípios de Rafael Godeiro e Umarizal, e a lagoa do Bonfim, responsável por abastecer Boa Saúde, Bom Jesus, Campo Redondo, Coronel Ezequiel, Ielmo Marinho, Jaçanã, Japi, Lagoa d’Anta, Lagoa de Pedras, Lagoa de Velhos, Lagoa Salgada, Lajes Pintadas, Monte das Gameleiras, Passa e Fica, Rui Barbosa, Santa Cruz, Santa Maria, São Bento do Trairí, São José do Campestre, São Paulo do Potengi, São Pedro, São Tomé, Senador Eloi de Souza, Serra Caiada, Serra de São Bento, Serrinha, Sítio Novo e Tangará.
De acordo com a coordenadora da Gerência de Recursos Hídricos da Semarh, Joana Darc Freire de Medeiros, algumas medidas devem ser adotadas pela pasta para minimizar a queda dos volumes dos reservatórios. Joana Darc citou como possíveis ações: a diminuição da vazão de água nas comportas e a restrição do uso do líquido retido para o consumo humano, não permitindo a utilização para atividades com a irrigação, por exemplo. As previsões meteorológicas apontam para um inverno abaixo da média no interior do Rio Grande do Norte, o que prejudica ainda mais a situação dos reservatórios do Estado. Com a escassez de chuvas, não há reposição e aumenta a perda de água pela evaporação, além do que já se perde para o abastecimento das cidades.
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