Ramon Nobre
Da Redação do Jornal De Fato
A confiança demonstrada durante a votação nas eleições para o cargo de novo reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) se fez valer nas urnas. Com 42% dos votos, o ex-pró-reitor de Graduação da universidade, José Arimatéa de Matos, foi eleito na última sexta-feira para substituir Josivan Barbosa no cargo de reitor, durante os próximos quatro anos na Ufersa. Inclusive, Arimatea fez parte da equipe de Josivan durante a sua gestão.
O professor Ricardo Leite ficou na segunda posição, com 30% dos votos válidos, enquanto Roberto Pordeus ocupou a terceira colocação, com 28%. A posse do novo reitor ainda não tem data definida.
Para oficializar o nome de José de Arimatea como o novo gestor da Ufersa, é preciso que o Conselho Universitário e o Ministério da Educação aprovem o nome e definam assim a data para a posse. A previsão para que o processo protocolar aconteça e para que Arimatea se oficialize como o reitor da universidade está previsto para o mês de agosto.
O nome de José Arimatéa garante a continuidade de ações promovidas pelo atual reitor, Josivan Barbosa. O vencedor da eleição faz parte da equipe de auxiliares de Josivan Barbosa. Ele havia deixado a pró-reitoria de Graduação, neste ano, para disputar o pleito interno na universidade. Abaixo, o novo reitor da universidade fala dos desafios e das ações que pretende realizar na Ufersa.
Estudantes realizarão protesto
Apesar de ter sido eleito com a maioria dos votos, José de Arimatea não convenceu a classe estudantil da Ufersa. O peso dos professores na votação é quase três vezes maior que o voto dos alunos: 70% contra 15%, respectivamente. Por conta disto, um grupo de estudantes da universidade realizará um protesto na manhã da próxima quinta-feira, na reitoria da Ufersa, com o objetivo de demonstrar a indignação perante as eleições. "O protesto é aberto e pacífico. Contará com a caracterização em preto dos alunos como um sinal de luto pela democracia. Levaremos faixas e apresentaremos um documento com anexos para a gestão. Enviaremos para o Ministério da Educação também", explicou Stefferson Lucas, que esta à frente da mobilização.
Stefferson comentou ainda que a rejeição ao novo reitor na universidade é grande. "A maioria dos alunos julgam-no arrogante. Não investiu na campanha voltada para os alunos. Tem o apoio da atual gestão e do maior departamento da universidade, que lhe deu convicção que seria eleito desde o início. Desta forma, os alunos preferiram os outros dois candidatos, fato esse comprovado pelo percentual de aprovação nos campus Central e Caraúbas, onde obteve 15% e 0% respectivamente", disparou.
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