Uma invenção nascida no campus de Ipanguaçu do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) promete abrir novos horizontes para o acompanhamento da produção agrícola.
O projeto do professor de Informática Clayton Maciel e dos bolsistas Leandro Ismael e Islame Felipe (Alunos do 4º ano de Informática) desenvolveu o sistema SisCI, um sistema de tempo real para o controle e monitoramento remoto de irrigações através de celulares com acesso à Internet, tornando menos necessária a presença direta do proprietário agrícola no "campo" para manipular seu plantio. O professor Clayton Maciel destaca que o SisCI contribui, em suma, como solução de novas tecnologias na área agrícola e para tornar as irrigações mais eficazes e menos dispendiosas para técnicos, engenheiros, proprietários agrícolas entre outros. "Para acessar o sistema SisCI, basta o servidor do produtor estar conectado na rede corporativa do IFRN, acessar o link e fazer o login", explica o docente.
Os dados do sistema SisCI chegam de uma estação meteorológica cedida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e instalada no campus do IFRN de Ipanguaçu. É possível acessar informações sobre temperatura, velocidade do vento, umidade e até mesmo sobre a transpiração da planta, permitindo que o produtor saiba com precisão a necessidade de água de cada área de cultivo.
Os dados da estação são coletados num raio de 50 quilômetros e, atualmente, já são usados por inúmeras empresas que atuam na região do Vale do Açu. "Os dados da estação já chegam até os produtores. A diferença é que com o sistema SisCI, eles poderão acessar essas informações de dentro de uma sala ou até mesmo pelo celular", diferencia o professor.
O invento vai baratear o acesso a esse tipo de tecnologia. Hoje, para ter acesso a esse tipo de sistema, é preciso investir em torno de R$ 40 mil. Com o sistema SisCi, o investimento vai baixar para em torno de R$ 8 mil, segundo estimativa de Clayton Maciel.
Uma empresa de Mossoró já demonstrou interesse no produto, cujo software é patenteado pelo IFRN.
Pequenos produtores poderão acessar serviço
Para o presidente do Comitê Executivo de Fitossanidade do Rio Grande do Norte, Segundo Paula, o sistema desenvolvido no IFRN pode permitir que mais produtores possam acompanhar suas plantações de forma mais dinâmica. Segundo Paula relatou que os grandes produtores já contam com esse tipo de serviço, mas grande parte da cadeia produtiva ainda acompanha a produção na base do "olhometro". "O programa que existe hoje é muito caro e grande parte dos produtores não pode acessá-lo", argumentou.
Segundo Paula adiantou que pretende conhecer o produto e deixou em aberto a possibilidade de expô-lo na próxima edição da Expofruit (Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada). "Pretendo conhecer a invenção e, quem sabe, expô-la na nossa feira", declarou Segundo Paula.
Fonte: Jornal De Fato
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