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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Gabinete Civil tem vazio insanável; secretário é 'estafeta'


AnselmoLiteralmente, o professor universitário e chefe do Gabinete Civil do Estado – José Anselmo Carvalho – virou "estafeta" do líder, ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM).
Seu papel, na prática, é ficar num incansável leva-e-traz de documentos para Carlos ver e proceder deliberações, diretamente da Residência Oficial do Governo do Estado, nas proximidades da sede do Idema – bairro de Morro Branco – Natal.

Anselmo é "ponte" na diarquia Rosalba-Carlos
Estava escrito nas estrelas que Anselmo ficaria deslocado no Gabinete Civil. Por sua natureza, essa é uma pasta mais política do que técnica. Sempre exige enorme jogo de cintura do seu ocupante, além de profundo conhecimento das idiossincrasias de cada "liderança" ou áulico do poder.

Ele, certamente, não se encaixa nesse perfil. Por isso, José Anselmo teve seus poderes destituídos em grande parte, numa tentativa do rosalbismo de suprir a lacuna deixada pelo ex-secretário Paulo de Tarso Fernandes – que pediu demissão no ano passado.

O próprio Paulo exasperou-se um sem-número de vezes em sua cadeira giratória. Sobravam-lhe conhecimento técnico e respeitabilidade, mas sem qualquer identidade com a grande maioria dos aliados ou pretensos aliados do governo.

O Gabinete Civil continua sendo um problema insanável para o governo. Mais um.
Tudo bem diferente do que acontecia quando a atual governadora e mulher de Carlos era prefeita de Mossoró (três gestões). O marido tinha uma sala contígua à sua no Palácio da Resistência e tratava dos rumos do governo ali mesmo. Sem evasivas.

No Governo do Estado, essa "diarquia" (poder regido por duas pessoas) teve que ser deslocada parcialmente para a Residência Oficial. A presença de Carlos na própria Governadoria, trabalhando ao lado ou em nome da mulher, soou estranho aos costumes da política de Natal.

Em face – também – dessa situação, é que José Anselmo praticamente deixou de ser secretário-chefe do Gabinete Civil para cumprir a missão de estafeta. Trabalha para juntar essas duas partes do poder, marido e mulher.

É um ASG com salário diferenciado, visto que o verdadeiro secretário passou a ser Galbi Saldanha, que adotou a maior parte de suas prerrogativas.

Por essa e por outras, o Governo Rosalba Ciarlini continua andando em círculos. Sem rumo, sem prumo.

Do blog de Carlos Santos

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