O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), precisará de mais 60 dias para concluir o cadastramento total das famílias que vivem dentro da Área de Preservação Ambiental (APA) de Jenipabu. O diretor do Núcleo de Unidades de Conservação do Instituto, Flávio Henrique Cunha, afirmou que o número de edificações na área da APA era estimado em 500. Até hoje, porém, já foram catalogados mil imóveis entre residências e pousadas erguidas em área dunar protegida por lei. A decisão judicial sobre o destino das famílias e das construções poderá sair no primeiro semestre de 2012, quando o estudo do Idema for concluído. Há mais de 10 anos, o processo de desocupação da APA Jenipabu corre na Justiça de Extremoz.
Alberto LeandroA expectativa dos técnicos que fazem o recadastramento era de encontrar 500 imóveis na área. Já encontraram mais de mil construções
"Nosso prazo inicial era de dois meses. Mas diante da quantidade de edificações que encontramos dentro da APA, decidimos prorrogar o estudo para que o resultado seja o melhor possível", ressaltou Flávio Cunha. Ele acredita que toda a parte de campo seja concluída em dezembro e, até o início de janeiro, o relatório final seja entregue ao Ministério Público Estadual e à Comarca de Extremoz. O levantamento colhe informações acerca das condições socioeconômicas das famílias, há quantos anos estão instaladas no locas, se a residência é fixa ou de veraneio.
Muitas das construções dispõem de um documento avalizando a propriedade da terra. "Entretanto, isto não significa de que as construções podem ser feitas na área de dunas", explicou Flávio. Numa decisão assinada pela juíza da Comarca de Extremoz, Ana Karina de Carvalho, o Idema poderia realizar "demolições de construções novas, consideradas como tais aquelas realizadas após o dia 18 de maio de 1995, data da publicação no Diário Oficial do Decreto Estadual nº 12.620, cujo artigo 5º, considera a APA como área non aedificandi".
A família da dona de casa Marleize dos Santos foi uma das cadastradas pelo Idema recentemente. A casa foi construída na área dunar há cerca de 16 anos. A compra do terreno custou R$ 80 à época. "Eles nos disseram que iriam cadastrar todas as casas e enviarão um relatório para a Promotoria de Extremoz. A juíza é quem irá decidir o que vai acontecer conosco", disse Gledson Alysson dos Santos.
Quem aguarda pelo cadastro é o autônomo José Jerônimo. Sua casa foi erguida no meio das dunas do Parque Ecológico de Jenipabu. Ele se apossou do terreno e não dispõe de documentos que comprovem a regularidade do imóvel. "Sou consciente de que me apossei da área. Quero sim sair e ir para um imóvel regular", afirmou. Ele não dispõe de água encanada na casa e, recentemente, o fornecimento de energia elétrica foi cortado.
A água consumida pelos moradores das residências construídas nas dunas é extraída do subsolo, através de bombas de sucção. O acesso às casas é difícil e, em algumas delas, somente buggys ou veículos com tração nas quatro rodas, conseguem chegar. Nenhuma delas é saneada.
Muitas das construções dispõem de um documento avalizando a propriedade da terra. "Entretanto, isto não significa de que as construções podem ser feitas na área de dunas", explicou Flávio. Numa decisão assinada pela juíza da Comarca de Extremoz, Ana Karina de Carvalho, o Idema poderia realizar "demolições de construções novas, consideradas como tais aquelas realizadas após o dia 18 de maio de 1995, data da publicação no Diário Oficial do Decreto Estadual nº 12.620, cujo artigo 5º, considera a APA como área non aedificandi".
A família da dona de casa Marleize dos Santos foi uma das cadastradas pelo Idema recentemente. A casa foi construída na área dunar há cerca de 16 anos. A compra do terreno custou R$ 80 à época. "Eles nos disseram que iriam cadastrar todas as casas e enviarão um relatório para a Promotoria de Extremoz. A juíza é quem irá decidir o que vai acontecer conosco", disse Gledson Alysson dos Santos.
Quem aguarda pelo cadastro é o autônomo José Jerônimo. Sua casa foi erguida no meio das dunas do Parque Ecológico de Jenipabu. Ele se apossou do terreno e não dispõe de documentos que comprovem a regularidade do imóvel. "Sou consciente de que me apossei da área. Quero sim sair e ir para um imóvel regular", afirmou. Ele não dispõe de água encanada na casa e, recentemente, o fornecimento de energia elétrica foi cortado.
A água consumida pelos moradores das residências construídas nas dunas é extraída do subsolo, através de bombas de sucção. O acesso às casas é difícil e, em algumas delas, somente buggys ou veículos com tração nas quatro rodas, conseguem chegar. Nenhuma delas é saneada.
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Tribuna do Norte
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