Um bebê com três dias de nascido foi raptado na manhã de ontem do berçário da Maternidade Claudina Pinto, em Apodi. Uma mulher loira, identificada como Maria das Graças Soares Gomes, 31 anos, está sendo acusada do sequestro.
Segundo informações colhidas junto à polícia local, o fato se deu por volta das 7h30, quando a acusada chegou ao berçário onde estava a mãe da criança, Iáskara Katayane Silva de Góis Benevides, 32 anos, residente na cidade alta de Felipe Guerra, e começou a puxar conversa com ela, dizendo que estava na maternidade para fazer uma consulta de pré-natal, pois estaria gestante de cinco meses.
Na ocasião, segundo repassou o capitão Carvalho, comandante do destacamento da Polícia Militar da região, a desconhecida ganhou a confiança da mãe a ponto de ter pedido para que ela segurasse a recém-nascida enquanto ela se sentava na cama, pois havia feito cesárea e não podia se mexer muito.
O capitão disse que em um dado momento de sonolência da mãe, a raptora aproveitou para sair com a criança e sumir do local. A princípio a mãe pensou que teriam levado a menina para banhar, porém como não tardou para perceber que a filha tinha sumido da maternidade. "O alarme foi dado, a polícia acionada e imediatamente começamos a fazer diligências para localizarmos a sequestradora, fechando todas as saídas da cidade", disse Carvalho.
Com o sumiço da filha, os pais entraram em desespero e começava uma batalha contra o tempo, uma vez que fora do alcance materno a criança poderia sofrer consequências sérias, uma vez que não se alimentava de outra maneira, a não ser o leite materno, segundo contou o capitão Carvalho.
FIM DA ANGÚSTIA
Somente na parte da tarde a Polícia Militar localizou a recém-nascida. Foram seis horas de angústia e procura. Por volta das 13h30, através de informações de populares, a criança foi encontrada abandonada enrolada em um pano sujo e dentro de uma sacola de papel, abandonada em um muro de uma casa sem moradores, na rua José Martins Vasconcelos, no bairro Lagoa Seca.
A polícia prendeu a acusada do sequestro, por volta das 16h, em sua própria casa, na zona rural. Familiares disseram que ela aparenta ter distúrbios mentais. A mulher afirma estar grávida de cinco meses e que o filho era dela. Ela poderá responder por sequestro e cárcere privado.
Criança sequestrada é devolvida aos braços da mãe em Apodi
Após seis horas de procura, a história da recém-nascida raptada do berçário em Apodi terminou com um final feliz para mãe e filha.
De acordo com Iáskara Katayane, as horas longe da filha foram as mais longas de toda a sua vida. Desde o momento do sumiço, não teve paz e passou a se pegar com Deus para que a filha aparecesse. "Foi muito triste e angustiante, não desejo isso para nenhuma mãe. É muito desesperador você pensar que uma filha sua possa estar por aí em braços alheios, totalmente indefesa, mas graças a Deus tudo deu certo", contou Iáskara.
A experiência vivida em seu terceiro parto foi a pior que já sofreu. Iáskara quer agora aproveitar para se dedicar aos filhos. "Agora só quero receber alta e voltar para casa. Só quero esquecer o que passou e me dedicar a minha família, que agora está completa, graças a Deus", disse.
Fonte: O Mossoroense
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