Mas, a infraestrutura das cidades - fato comum em todo o país - não é a única preocupação dos moradores, principalmente os do Vale do Açu. Fissuras gigantes estão se formando na parede da barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves - maior reservatório hídrico do Estado, localizado em Itajá - desde os dois últimos invernos - 2008/2009.
O extensionista do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER) Samuel Júnior publicou no último domingo as mesmas fotos em seu blog, mostrando que o problema das fissuras na parede da barragem só se agravam. “Até hoje a erosão continua do mesmo jeito; nada foi feito. Fui neste domingo à barragem e constatei o fato”, disse Samuel.
Apesar de ter recebido, por duas vezes, a garantia dos engenheiros do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) de que o caso não é preocupante, ele acha que é preciso fazer uma intervenção urgente para sanar o problema antes que as chuvas “peguem para valer”. “Do jeito que está é que não pode continuar”, complementou o extensionista, que ensaia fazer uma campanha na região de Assú para mobilizar os serviços de recuperação da parede.
Engenheiro do Dnocs diz que falta dinheiro
Faltam recursos. Essa foi a explicação do engenheiro José Augusto Tostes, assessor da direção-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Segundo ele, no ano passado o órgão fez dois planos de trabalho. No primeiro, solicitaram ao Ministério da Integração Nacional verba da ordem de R$ 30 milhões para recuperação das paredes de barragens e açudes no Nordeste, entre elas a da Armando Ribeiro, mas a verba não foi liberada.
“O recurso não veio, mas soubemos que esse dinheiro foi encaminhado para os Estados; não sabemos se as administrações estaduais utilizaram essa verba para recuperação de barragens”, esclarece Augusto.
O outro plano de trabalho era recuperar todos os açudes que apresentam avarias na rota da transposição do rio São Francisco. Do total de R$ 10 milhões solicitados, R$ 400 mil seriam usados para a barragem do Açu. “O dinheiro não foi liberado por vários motivos; um deles foi a falta de tempo, já que concluímos o projeto já no final do ano passado”, disse o engenheiro.
Tostes informa que se o Dnocs não conseguir a liberação desse dinheiro, ainda poderá se valer dos recursos próprios, uma vez que emendou no Orçamento da União uma verba de R$ 1,5 milhão.
Quanto às fissuras na barragem Armando Ribeiro, José Augusto Tostes assegura que a situação não é preocupante e garante a estabilidade da parede do reservatório. “Para o Dnocs, todos esses problemas são preocupantes, mas nesse caso asseguramos a estabilidade”, conclui José Augusto Tostes.
“O recurso não veio, mas soubemos que esse dinheiro foi encaminhado para os Estados; não sabemos se as administrações estaduais utilizaram essa verba para recuperação de barragens”, esclarece Augusto.
O outro plano de trabalho era recuperar todos os açudes que apresentam avarias na rota da transposição do rio São Francisco. Do total de R$ 10 milhões solicitados, R$ 400 mil seriam usados para a barragem do Açu. “O dinheiro não foi liberado por vários motivos; um deles foi a falta de tempo, já que concluímos o projeto já no final do ano passado”, disse o engenheiro.
Tostes informa que se o Dnocs não conseguir a liberação desse dinheiro, ainda poderá se valer dos recursos próprios, uma vez que emendou no Orçamento da União uma verba de R$ 1,5 milhão.
Quanto às fissuras na barragem Armando Ribeiro, José Augusto Tostes assegura que a situação não é preocupante e garante a estabilidade da parede do reservatório. “Para o Dnocs, todos esses problemas são preocupantes, mas nesse caso asseguramos a estabilidade”, conclui José Augusto Tostes.
Diretor do Crea-RN alerta para o perigo de infiltração na fundação da barragem
O presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA-RN), Francisco Adalberto, disse que já tomou conhecimento da situação da Armando Ribeiro Gonçalves e afirmou que a obra tem um bom projeto de drenagem, mesmo assim alertou que, por se tratar de uma parede permeável, é necessário que exista uma manutenção constante.
“Por enquanto essas fissuras são naturais. Enviamos fiscalização, mas não tivemos retorno, o que nos deixa mais tranquilos, porque se fosse preocupante já teríamos sido avisados”, disse Adalberto. Mesmo assim, ele reconheceu a preocupação da população do Vale do Açu, explicando que, embora a erosão seja superficial, ela permite a infiltração da água até a fundação da barragem. “Isso, sim, é muito preocupante”, concluiu o diretor do CREA.
“Por enquanto essas fissuras são naturais. Enviamos fiscalização, mas não tivemos retorno, o que nos deixa mais tranquilos, porque se fosse preocupante já teríamos sido avisados”, disse Adalberto. Mesmo assim, ele reconheceu a preocupação da população do Vale do Açu, explicando que, embora a erosão seja superficial, ela permite a infiltração da água até a fundação da barragem. “Isso, sim, é muito preocupante”, concluiu o diretor do CREA.
Fonte: Jornal de Fato
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