O senador Garibaldi Filho aproveitou a sessão de ontem em homenagem aos 100 anos do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs) para destacar a necessidade de melhorar o aproveitamento das águas da barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em Assu. Em discurso durante a sessão, ele explicou aos demais senadores e aos convidados que a Armando Ribeiro Gonçalves acumula 2 bilhões e 400 milhões de metros cúbicos e que “com águas perenizadas pela barragem, o perímetro irrigado do Baixo-Açu está projetado para irrigar 6 mil hectares, dos quais 2 mil já estão implantados”.
“Mas meus senhores, olha aqui, quantos anos faz que essa barragem foi construída? Faz mais de 20 anos. Quantos mil hectares teriam que ser irrigados? No início, falava-se em 6 mil hectares e só irrigaram 2”, afirmou. E criticou: “Então, se o Nordeste era uma prioridade – como diziam muito aqueles que passaram pelos governos sucessivamente – prioridade não se faz assim”.
Na opinião do senador, mesmo com a melhora que a gestão de recursos hídricos obteve a partir da edição da Lei das Águas (9.433 de janeiro de 1977), o cenário poderia estar melhor do que o atual. E citou um exemplo: “Há um estratégico açude do Rio Grande do Norte para se construído, que ajudará no controle de cheias do Rio Piranhas-Açu, que é o açude, o reservatório e a barragem de Oiticica, que, até agora, não foi construído”. O senador fez questão de deixar claro que suas críticas não estavam dirigidas ao Dnocs, nem ao diretor do órgão, Elias Fernandes, mas sim à forma como o Nordeste é tratado pelos governos.
Fonte: Tribuna do Norte
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