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LAUDO TÉCNICO
A edificação avaliada foi construída em 1760, no local onde já existia uma capela edificada em 1726. A fotografia 1 apresenta a vista frontal da igreja. Neste relatório serão apresentadas as principais manifestações patológicas que foram observadas na edificação em questão, as causas geradoras dos problemas, além de tratar das conseqüências quanto ao comprometimento das condições de utilização e segurança. A vistoria objeto do presente relatório, foi realizada no dia 01/07/2009, entre 10h30min e 12h30min, com o acompanhamento do Padre Francisco Canindé.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O surgimento de fissuras no estuque é um indicador de que a cobertura chegou a um ponto crítico de sua vida útil, e que não se pode garantir sua segurança, nem prever em que momento a cobertura poderá ruir. É possível que além do comprometimento da estrutura de madeira, devido à falta de manutenção e dos erros construtivos, algum outro fator externo tenha contribuído para desencadear o surgimento das patologias. Segundo informações, durante as festividades juninas, foram realizados shows na praça da igreja. Destaca-se que a vibração sonora pode ter desencadeado o surgimento das fissuras nas paredes e no forro de estuque. Ressalte-se que as fissuras são os sintomas de um problema que está acontecendo, apenas acelerado por fatores externos. A causa ou origem de tais sintomas já estava presente e iria ser desencadeado de toda forma em um momento difícil de precisar. Sugiro que um especialista em vibração sonora emita um parecer acerca do surgimento das patologias. Após a execução da estrutura de madeira, as trincas e fissuras presentes nas paredes deverão ser seladas, por meio de técnicas construtivas adequadas, de forma a garantir o fechamento das paredes. Recomendo que os serviços de recuperação necessários sejam feitos por empresa especializada e profissionais habilitados, de forma a garantir a correta execução e conferir responsabilidades técnicas aos profissionais envolvidos. Por fim, ante ao exposto, e considerando os riscos envolvidos e o tipo de utilização da edificação em estudo; considerando que não há como garantir que a atual estrutura de madeira que sustenta o telhado e o forro, já muito comprometida, não venha a desabar num momento futuro; e considerando ainda que o desabamento de uma estrutura desse tipo, quando vier a ocorrer, se dará de forma abrupta, a exemplo de outros casos semelhantes já registrados, impossibilitando a retirada de pessoas que possam estar no interior da edificação; recomendamos que a igreja seja imediatamente interditada e todas as atividades que nela se realizam sejam suspensas até que a estrutura do telhado seja totalmente refeita.
Engenheira Maria das Vitórias Vieira Almeida de Sá
FONTE: Caderno de Ocorrência - Jarbas Rocha
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